sábado, 7 de janeiro de 2012

Mensagem para pais e mestres - início de ano

Tudo o que é feito pela criança tem mais significado para ela.

Datas comemorativas do calendário nacional - Janeiro



JANEIRO
1 Dia da Confraternização Universal1 Dia Mundial da Paz
2 Dia da Abreugrafia5 Criação da 1ª Tipografia no Brasil
6 Dia de Reis
6 Dia da Gratidão
7 Dia da Liberdade de Cultos
8 Dia do Fotógrafo
9 Dia do Fico (1822)
9 Dia do Astronauta
14 Dia do Enfermo
15 Dia dos Adultos
15 Dia Mundial do Compositor
20 Dia do Farmacêutico
20 Dia do Brinde
20 Dia do Museu de Arte Moderna do RJ
21 Dia Mundial da Religião
24 Dia do Aposentado
24 Dia da Previdência Social
24 Dia da Constituição
24 Instituição do Casamento civil no Brasil
25 Dia do Carteiro
25 Fundação de São Paulo
25 Criação dos Correios e Telégrafos no Brasil (11/maio Integração do Telégrafo no Brasil )
27 Dia da Elevação do Brasil Vice-Reinado (1763)28 Dia da Abertura dos Portos (1808)29 Dia do Jornalista
30 Dia da Saudade
30 Dia do Portuário
30 Dia Nacional das Histórias em Quadrinhos
30 Dia da Não-Violência
31 Dia Mundial do Mágico
31 Dia do lançamento do 1º Satélite EUA (1958)

Antes que seus filhos cresçam



Há um período em que os pais vão ficando órfãos de seus próprios filhos. É que as crianças crescem. Independentes de nós, como árvores tagarelas e pássaros estabanados, elas crescem sem pedir licença. Crescem como a inflação, independente do governo e da vontade popular, entre os estupros dos preços, os disparos dos discursos e os assaltos das estações. Crescem com uma estridência alegre e às vezes, com alardeada arrogância.
Mas não crescem todos os dias, de igual maneira; crescem de repente. Um dia sentam-se perto de você no terraço e dizem uma frase com tal maturidade, que você sente que não pode mais trocar as fraldas daquela criatura.Onde é que andou crescendo aquela danadinha, que você não percebeu? Cadê aquele cheirinho de leite sobre a pele? Cadê a pazinha de brincar na areia, as festinhas de aniversário com palhaços, amiguinhos e o primeiro uniforme do maternal?
A criança está crescendo num ritual de obediência orgânica, desobediência civil. E você agora está ali, na porta da discoteca, esperando que ela não apenas cresça, mas apareça. Ali estão muitos pais, ao volante, esperando que saiam esfuziantes sobre patins, cabelos soltos.
Entre hamburguers e refrigerantes lá estão nossos filhos, com o uniforme de sua geração: incômodas mochilas da moda nos ombros nus, ou, então, com a blusa amarrada na cintura. Está quente, achamos que vão estragar a blusa, mas não tem jeito, é o emblema da geração.
Pois ali estamos, com os cabelos já embranquecidos. Esses são os filhos que conseguimos gerar apesar dos golpes dos ventos, das colheitas das notícias e das ditaduras das horas. E eles crescem meio amestrados, observando muitos erros.Há um período em que os pais vão ficando órfãos dos próprios filhos.
Não mais os colhemos nas portas das discotecas e festas, quando surgiam entre gírias e canções. Passou o tempo do balé, do inglês, da natação e do judô. Saíram do banco de trás e passaram para o volante das próprias vidas.
Deveríamos ter ido mais à cama deles ao anoitecer, para ouvirmos sua alma respirando conversas e confidências entre os lençóis da infância e os adolescentes cobertos, naquele quarto cheio de adesivos, posters, agendas coloridas e discos ensurdecedores. Não, não os levamos suficientes vezes ao maldito Play Center, Shopping, não lhes demos suficientes hamburguers e cocas, não lhes compramos todos os sorvetes e roupas merecidas.
Eles cresceram sem que esgotássemos neles todo o nosso afeto.
No princípio subiam a serra ou iam à casa de praia entre embrulhos, bolachas, engarrafamentos, natais, páscoas, piscinas e amiguinhos. Sim, havia as brigas dentro do carro, disputa pela janela, pedido de chicletes e sanduíches, cantorias infantis. Depois chegou a idade em que viajar com os pais começou a ser um esforço, um sofrimento, pois era impossível largar a turma e os primeiros namorados. Os pais ficaram, então, exilados dos filhos. Tinham a solidão que sempre desejaram, mas, não de repente, morriam de saudades daquelas pestes.O jeito é esperar. Qualquer hora podem nos dar netos. O neto é a hora do carinho ocioso e estocado não exercido nos próprios filhos e que não pode morrer conosco. Por isso os avós são tão desmesurados e distribuem tão incontrolável afeição. Os netos são a última oportunidade de reeditar nosso afeto.
Por isso é necessário fazer alguma coisa a mais, antes que eles cresçam