terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Tô de férias

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Biscoitos de Natal

Por Livia Amaral
Ingredientes

•100 g de manteiga sem sal e em temperatura ambiente (massa)
•100 g de açúcar mascavo
•300 g de farinha de trigo
•1 pitada de sal
•1 colher (chá) de fermento em pó
•1 colher (chá) de canela
•1/4 colher (chá) de cravo em pó
•1 colher (chá) de 1-2 pimenta do reino
•2 ovos batidos
•4 colheres (sopa) de mel
•300 g de açucar para glacê
•3 colheres (sopa) de água
Modo de preparo

•Pré aqueça o fogo a 170°C.
•Por para bater na batedeira ou no processador a farinha de trigo, a manteiga, o açúcar mascavo, o fermento em pó, a canela e a pimenta do reino.
•Bata saparadamente os ovos com o mel e acrescente esta mistura naquela outra que está sendo preparada na batedeira ou processador.
•Quando a massa se tornar mais firme, retire da batedeira e faça 2 bolas e as envolva com papel filme e leve-as à geladeira.
•Deixe-as na geladeira por 20 minutos, abra a massa (com um pouco de farinha de trigo), que deve ser fina e com o cortador retire os biscoitos e faça um furo no alto de cada uma para que assim possa pendurar na árvore.
•Asse os biscoitos por 10 a 15 minutos e quando retirar e os mesmos esfriarem começe a decora-los com o glacê (feito com o açúcar e a água) e com bolinhas pratiadas comestiveis.

Bolo de Árvore de Natal para crianças

Ingredientes
Bolo
10 ovos
300 g de açúcar
250 g de farinha
50 g de cacau em pó de boa qualidade
Papel vegetal para forrar a forma
Manteiga para untar a formaCreme
250 g de manteiga
250 g de açúcar
50 g de cacau magro em pó
2 claras
Modo de preparo
Unte com manteiga uma forma de 40 x 20 cm.
Forre com papel vegetal e volte a untá-la novamente.
Depois, peneire conjuntamente a farinha com o cacau e em uma taça, bata as gemas com o açúcar até obter uma gemada forte e volumosa.
À parte, bata as claras em neve e adicione aos poucos, com cuidado a gemada, alternando com a mistura de farinha e cacau anteriormente peneirada.
Coloque na forma e leve para assar em forno médio.
Depois retire e deixe esfriar.
Creme
Amasse a manteiga com o açúcar e o cacau até obter um creme.
Junte em seguida as claras e bata muito bem.
Depois de frio, desenforme o bolo e retire o papel.
Com uma faquinha bem afiada, recorte a árvore de natal, besunte com o creme, e com uma seringa munida de bico frisado, recorte.
Pode completar em volta com um cordão de chantilly e amêndoas prateadas.

Crianças e Natal




As melhores memórias do Natal não se devem resumir à abertura dos presentes, afinal o Advento prolonga-se durante muito mais tempo e pode estar recheado de muitos momentos especiais para mais tarde recordar. Envolver as crianças nas preparações natalícias é uma excelente maneira de lhes incutir todo o espírito mágico desta quadra.

Decorar a árvore. Não há melhor tradição familiar do que a decoração da árvore de Natal, começando pela escolha do pinheiro ou da montagem da árvore artificial. Na hora de enfeitar, deixe que os miúdos ajudem a escolher as decorações a pendurar ou então incentive-os a uma sessão de trabalhos manuais. Existem muitas ideias para elaborar ornamentos de Natal feitos à mão: pintar pinhas; fazer pipocas e colocá-las seguidas num fio que possa circundar a árvore; enfeitar bolas simples com brilhantes; confeccionar bonecos de neve, renas e pais natais em feltro para depois serem colados em molas de roupa em madeira (fáceis de prender à árvore); colorir desenhos que depois possam ser recortados e exibidos em vários locais da casa.

O valor de um postal. Embora os tradicionais postais de Natal têm dado lugar aos telefonemas, e-mails e SMS, é sempre bonito receber uma mensagem natalícia na caixa do correio. Juntamente com a pequenada, elabore uma lista de familiares e amigos a quem querem enviar postais e mãos à obra! Se comprarem postais convencionais dê preferência àqueles vendidos por instituições de solidariedade social (e aproveite para explicar às crianças que estão a ajudar outros com o simples acto de comprar e enviar postais) e escrevem a mensagem em conjunto para depois cada membro da família assinar. Em alternativa, façam vocês mesmos com recurso a algumas folhas de cartolina, marcadores, recortes de imagens alusivas ao Natal retiradas de revistas ou os sempre populares desenhos para colorir. Divirtam-se!

Pequenos rituais. Para tornar cada dia que antecede a noite de Consoada e o dia do Natal ainda mais memoráveis, estabeleça pequenos rituais para manter viva a chama natalícia. Todos os dias quando chegarem a casa, deixe o seu filho acender as luzes da árvore, colocar mais um presente debaixo da mesma, acrescentar um novo ornamento feito em casa ou na escola, abrir mais um quadradinho no seu calendário de Advento, espreitar a caixa de correio para ver se chegaram postais (leiam-nos em conjunto, exibindo-os depois no frigorífico, sobre a lareira ou então pendure uma pequena corda e afixe os postais com molas da roupa). A contagem decrescente para os dias 24 e 25 de Dezembro será igualmente inesquecível.

Prendas de palmo e meio. A célebre carta escrita ao Pai Natal com o pedido de presentes não pode ser esquecida! Aproveite para fazer ainda outra lista com os seus miúdos: a quem é que eles querem oferecer uma prenda este ano? Vá com eles às compras, adquirindo pequenas lembranças ou incentive-os a confeccionarem as suas próprias prendas, incluindo o embrulho e a etiqueta. À medida que cada prenda vá ficando pronta, deixe-os colocá-la debaixo da árvore de Natal.

Cozinha com cheirinho a Natal. Cozinhar com crianças é muito didáctico e elas adoram! Existem centenas de receitas de Natal que pode aproveitar para experimentar com os seus pequenos ajudantes, por isso, não guarde os doces apenas para os dias 24 e 25 de Dezembro. Para além dos sabores e aromas natalícios, não se esqueça de vestir a rigor a sua cozinha, utilizando as toalhas, guardanapos e louça com motivos da quadra nas semanas do Advento. Porquê guardar tudo isso para usar numa ou duas refeições? Afinal, o Natal é ou não é uma festa? Aproveite para a prolongar o máximo possível… é só uma vez no ano!

Música para os nossos ouvidos. Neste Natal, estimule todos os sentidos – os olhos retêm todas as formas e cores da quadra, as mãos trabalham e decoram com prazer, o nariz absorve os aromas inconfundíveis da época e a boca prova delícias sazonais. Só faltam os ouvidos, por isso, sempre que estiver em casa – a cozinhar, a decorar, a brincar – ponha música de Natal a tocar a alto e a bom som, cante e dance com os seus filhos! Quando estiverem cansados, aproveitem para ver filmes de Natal … ai que saudades!

Para mais tarde recordar. Não guarde a máquina fotográfica e de filmar apenas para os dias 24 e 25 de Dezembro – aproveite para registar outros momentos como a decoração da árvore de Natal, o embrulho de presentes, a confecção de receitas natalícias na cozinha, os miúdos a cantarem “Jingle Bells” a plenos pulmões… Será divertido visionarem estas fotografias e vídeos com a família toda reunida na noite de Consoada, por exemplo.

Até para o ano. Chegado o Ano Novo e normalmente depois da noite e dia de Reis (5 e 6 Janeiro) chega a hora de guardar tudo. Envolva os seus filhos no adeus ao Natal, com a arrumação dos ornamentos (peça-lhes para enfeitar uma caixa de cartão para guardar as novas decorações), dos postais, na desmontagem da árvore ou na plantação do pinheiro no vosso jardim. Escrevem notas de agradecimento ou telefonem a quem enviou prendas às crianças mas não esteve presente nos dias de festa. Passada a época natalícia, façam uma escolha das melhores fotos, imprimam e organizam um álbum de Natal.

Mais sugestões natalinas

Espero que gostem! Se divirtam! E deixem fluir a criatividade de nossas crianças.

Porta balas

Rena porta cartões

Sacolas de Natal

Fantoches de Natal

Plaquinha do Papai Noel

Rena no prato de papel

Bota natalina

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Sugestões de lembrancinhas natalinas

Sei que muitas de vocês procuram sugestões de atividades, lembrancinhas, etc para desenvolver para as crianças. Não gosto muito da ideia de presenteá-las ou à suas famílias com algo estereotipado por isso, sugiro que elas possam desenvolvê-las a ponto de dar significado a estas, sabendo que suas produções terão ainda mais valor afetivo. Por este motivo também, não coloco moldes, pois espero que cada um possa dar suas contribuições diferenciando as produções e as enriquecendo ainda mais do que já estão. Com isso, os professores poderão avaliar vários aspectos do desenvolvimento da criança a partir da elaboração de propostas como estas. Diante disso, seguem algumas sugestões, porém como exemplos para desenvolver com elas e para elas. Bom trabalho! E Feliz Natal a todos!


Papai Noel de porta

Árvore de Natal reciclada

Cartões bonecos de neve

Cartão Papai Noel Carimbo de mão

Bloquinho de Natal

Saco surpresa de Natal

Árvores com pirulitos

Capas de portfólio

Seguem abaixo algumas sugestões para capas de portfólio. esepro que gostem!

Capa pipa

Capa menino flamenguista

Capa menina flamenguista

Pasta Menina azul

Modelos em caixas

Modelo sacola caranguejo

Modelo sacola Menina lendo

Modelo sacola Menino lendo

Afinal de contas
É NATAL
Bate o sino pequenino em nossos corações!
Afinal de contas :È Natal!
De todas as datas, com certeza, esta é a mais bela.
No Natal o ser humano esquece de suas dificuldades
E se enche de bondade e esperança.
Que maravilha seria viver num mundo
onde o espírito do Natal
Estivesse sempre presente
no coração dos homens.
Gostaria de desejar muita
Paz, muito amor, muita alegria
E tudo aquilo que você mais deseja.
Que possamos desfrutar de uma vida de muito
Amor e harmonia.
E que nesse ano que está vindo,
você possa alcançar todos os seus objetivos

e nunca esquecer daquele que nunca te esquece: Jesus Cristo.
Feliz Natal!
E que muitas coisas boas venham junto
com o próximo ano de 2012!



Desejos de Natal

Estatuto de Natal




Art. I: Que a estrela que guiou os Reis Magos para o caminho de Belém, guie-nos também nos caminhos difíceis da vida.

Art. II: Que o Natal não seja somente um dia, mas 365 dias.

Art. III: Que o Natal seja um nascer de esperança, de fé e de fraternidade.

Parágrafo único: Fica decretado que o Natal não é comercial e sim, espiritual.

Art. IV: Que os homens, ao falarem em crise, lembrem-se de uma manjedoura e uma estrela, que como bússola, apontem para o Norte da Salvação.

Art. V: Que no Natal, os homens façam como as crianças: dêem-se as mãos e tentem promover a paz.

Art. VI: Que haja menos desânimos, desconfianças, desamores, tristezas. E mais confiança no Menino Jesus.

Parágrafo único: Fica decretado que o nascimento de Deus Menino é para todos: pobres e ricos, negros e brancos.

Art. VII: Que os homens não sigam a corrida consumista de "ter", mas voltem-se para o "ser", louvando o Seu Criador.

Art. VIII: Que os canhões silenciem, que as bombas fiquem eternamente guardadas nos arsenais, que se ouça os anjos cantarem Glória a Deus no mais alto dos céus.

Parágrafo único: Fica decretado que o Menino de Belém deve ser reconhecido por todos os homens como Filho de Deus, irmão de todos!

Art. IX: Que o Natal não seja somente um momento de festas, presentes.

Art. X: Que o Natal dê a todos um coração puro, livre, alegre, cheio de fé e de amor.

Art. XI: Que o Natal seja um corte no egoísmo. Que os homens de boa vontade comecem a compartilhar, cada um no seu nível, em seu lugar, os bens e conquistas da civilização e cultura da humildade.

Art. XII: Que a manjedoura seja a convergência de todas as coordenadas das idéias, das invenções, das ações e esperanças dos homens para a concretização da paz universal.

Parágrafo único: Fica decretado que todos devem poder dizer, ao se darem as mãos: - FELIZ NATAL!!!

Natal chegando!!!!!!!

___________________Paz
__________________União
_________________Alegrias
________________Esperanças
_______________Amor.Sucesso
______________Realizações★Luz
_____________Respeito★harmonia
____________Saúde★..solidariedade
___________Felicidade ★...Humildade
__________Confraternização ★..Pureza
_________Amizade ★Sabedoria★.Perdão
________Igualdade★Liberdade.Boa-.sorte
_______Sinceridade★Estima★.Fraternidade
______Equilíbrio★Dignidade★...Benevolência
_____Fé★Bondade_Paciência..Gratidão_Força
____Tenacidade★Prosperidade_.Reconhecimento
- ¨.•´¨) . ×`•.¸.•´× (¨`•.•´¨). ×`•.¸.•´× (¨`•.-
- ¨.•´¨) . ×`•.¸.•´× (¨`•.•´¨). ×`•.¸.•´× (¨`•...“:)

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Mensagem da semana



“Daqui a cem anos, não importará o tipo de carro que eu conduzi, o tipo de casa em que morei, quanto dinheiro tinha depositado no banco, nem que roupas vesti.
Mas o mundo pode ser um pouco melhor porque eu fui importante na vida de uma criança...”

A avaliação na Educação Infantil


Chegando fim de ano, nos preocupamos com os relatórios e os portfólios, instrumentos mais adequados de avaliar nossas crianças na Educação Infantil. Mas, apesar de nosso empenho em dedicar este momento para produções ricas e agradáveis aos olhos, precisamos nos atentar que o foco não deve estar nas palavras bonitas dos relatórios ou nas capas diferentes e criativas dos portfólios.
Devemos nos ater a impressionar os pais e familiares com as descobertas e conquistas das crianças e não com os "frufrus".
Para isso, deixo aqui algumas indicações de como avaliar corretamente neste segmento:

• Observar e compreender o dinamismo presente no desenvolvimento infantil é fundamental para redimensionar o fazer pedagógico. Essa compreensão influenciará diretamente na qualidade da interação dos professores com a infância.

• O conhecimento de uma criança é construído em movimento de idas e vindas, portanto, é fundamental que os professores assumam seu papel de mediadores na ação educativa. Mediadores que realizam intervenções pedagógicas no acompanhamento da ação e do pensamento individualizado infantil.

• Ainda hoje, na prática cotidiana, é comum, não só na Educação Infantil, como nos demais níveis de ensino, os avaliados serem só os alunos. É necessário que a clássica forma de avaliar, buscando “erros” e “culpados", seja substituída por uma dinâmica capaz de trazer elementos de crítica e transformação para o trabalho.

• Nesse processo, todos – professores/recreadores, coordenação pedagógica, direção, equipe de apoio e administrativa, crianças e responsáveis – devem sentir-se comprometidos com o ato avaliativo.

• Para focar o olhar em como se avalia, sugere-se atenção aos pontos abaixo, nos espaços de Educação Infantil:
Análises e discussões periódicas sobre o trabalho pedagógico.
Estas ações são realizadas nos encontros periódicos. Elas fornecem elementos importantes para a elaboração e reelaboração do planejamento. Igualmente importante é dar voz à criança. Nesse sentido, a prática de avaliar coletivamente o dia-a-dia escolar, segundo o olhar infantil, traz contribuições fundamentais e surpreendentes para o adulto educador, ao mesmo tempo que sedimenta a crença na concepção de criança cidadã.

Observações e registros sistemáticos.
Os registros podem ser feitos no caderno de planejamento, onde cada professor/recreador registra acontecimentos novos, conquistas e/ou mudanças de seu grupo e de determinadas crianças, dados e situações significativos acerca do trabalho realizado e interpretações sobre as próprias atitudes e sentimentos.
É real que, no dia-a-dia, o professor/recreador não consiga registrar informações sobre todas as crianças do seu grupo, mas é possível que venha a privilegiar três ou quatro crianças de cada vez e, assim, ao final do período, terá observado e feito registro sobre todas as crianças.

Utilização de diversos instrumentos de registro.

Para darmos espaço à variada expressão infantil, arquivos contendo planos e materiais referentes aos temas trabalhados, relatórios das crianças e portfólios podem ser utilizados como instrumentos de registro de desenvolvimento.
O professor/recreador deve organizar um dossiê de cada criança, guardando aí seus materiais mais significativos e capazes de exemplificar seu desenvolvimento.
Também durante a vivência de um projeto de trabalho, cada grupo deve ter como meta a produção de um ou mais materiais que organize o conhecimento constituído acerca do assunto explorado. Assim sendo, o arquivo de temas é o dossiê do projeto realizado pelos grupos de uma mesma instituição.

Construção de um olhar global sobre a criança

A fim de evitar um ponto de vista unilateral sobre cada aluno, é fundamental buscar novos olhares:
- Recolhendo outras visões sobre ela.
- Contrastando a visão dos responsáveis com o que se observa na escola/creche.
- Conhecendo o que os responsáveis pensam sobre o que a escola/creche diz.
- Refletindo sobre o que a família pensa em relação aos motivos de a criança comportar-se de determinada forma na escola/creche.
- Ouvindo a família sobre como pensa que poderia auxiliar a criança a avançar em seu desenvolvimento.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Para comemora cozinhando

Que tal comemorar o Dia Nacional da Consciência Negra saboreando uma comida típica dos nossos maiores representantes negros, os africanos. Aposto que todos vão se deliciar.

Mafé - comida típica africana


Ingredientes:
• ½ kg de carne
• 250g de cenoura
• 250g de batata-doce
• 250g de batata
• 250g de mandioca
• ½ kg de amendoim torrado e moído
• 200g de extrato de tomate
• Louro, alho, sal e caldo de carne.
Modo de preparo:
• Corte a carne em pedacinhos, tempere e reserve. Corte os legumes em cubinhos. Em uma panela com óleo quente, cozinhe a carne por, mais ou menos, sete minutos. Acrescente alho a gosto, o extrato de tomate e o amendoim torrado com intervalo de dois minutos entre cada item. Tempere a gosto com caldo de carne e louro. Em seguida, acrescente a água e s legumes e mexa de vez em quando para não queimar e grudar no fundo da panela.

Sugestões - Dia da consciência negra


Capa do ábum sobre cultura afro brasileira

Página do álbum sobre cultura afro brasileira

Bonequinha negra com lã

Dia da consciência negra - Somos iguais.


Como brasileira,nordestina,baiana e barreirense, não poderia deixar de homenagear aqui todos os afrobrasileiros, inclusive eu, que mesmo tendo a pele branca, corre em minhas veias o sangue do negro, do escravo que antes esteve por estas terras lutando para demonstrar e comprovar que todos somos iguais.
O Dia Nacional da Consciência Negra é celebrado em 20 de novembro no Brasil e é dedicado à reflexão sobre a inserção do negro na sociedade brasileira. A semana dentro da qual está esse dia recebe o nome de Semana da Consciência Negra.
A data foi escolhida por coincidir com o dia da morte de Zumbi dos Palmares, em 1695. O Dia da Consciência Negra procura ser uma data para se lembrar a resistência do negro à escravidão de forma geral, desde o primeiro transporte de africanos para o solo brasileiro (1594).
Algumas entidades como o Movimento Negro (o maior do gênero no país) organizam palestras e eventos educativos, visando principalmente crianças negras. Procura-se evitar o desenvolvimento do auto-preconceito, ou seja, da inferiorização perante a sociedade.
Outros temas debatidos pela comunidade negra e que ganham evidência neste dia são: inserção do negro no mercado de trabalho, cotas universitárias, se há discriminação por parte da polícia, identificação de etnias, moda e beleza negra, etc.
O dia é celebrado desde a década de 1960, embora só tenha ampliado seus eventos nos últimos anos.

Mensagem da semana


...Na certeza do inesperado vamos
caminhando, entoando a canção que
pulsa em meio a consonâncias e
dissonâncias em nosso ser.
E por vezes, ou quase sempre,
durante esse percurso nos distraímos
com tal canção, e passamos a acreditar
veementemente que sabemos algo sobre
essa estrada.
Acreditamos que pelo
fato de termos percorrido alguns
quilômetros, já vimos todas as paisagens
e que por isso, podemos julgar, escolher,
controlar, comandar...
E enquanto
acreditamos nessas coisas, deixamos o
caminho passar, sem percebermos que é
somente no continuar dos passos, que
podemos - se despidos e atentos -
esbarrar na possibilidade de uma nova
imagem, ou de uma nova maneira de
rever todas as visões que tivemos e ainda
teremos no decorrer do trajeto.
Só assim poderemos ter a
chance de criar, formar, trans-formar e
talvez, sermos transformados num
instrumento divino, numa obra-prima
portadora de uma força visionária, capaz
de com um simples toque regar as
tímidas flores do "jardim secreto" que
encontra-se perdido no labirinto da
existência.
Enfim,
nesse eterno caminhar em busca de nós mesmos, em busca dos outros, em busca
de sabe lá o quê, nos deparamos a todo momento com os arabescos desse
intrincado artesanato, e sem sabermos exatamente o porquê, vamos portanto,
regendo e sendo regidos para a inevitável coda, sempre esperando, quem sabe, um
Gran Finalle...

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Colônia de Férias

Oi gente!
Estarei durante os dias 12 a 17 de Dezembro no Kstelo - espaço de festas em Barreiras, desenvolvendo uma Colônia de Férias muito especial. Teremos muitas brincadeiras, oficinas e atividades inovadoras.
Convido você, que tem filhos(as), sobrinhos(as), afilhados(as) para prestigiar nosso trabalho e proporcionar a eles(as), muita alegria e diversão.
Até lá.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Dia da bandeira

A atual bandeira do Brasil foi adotada em 19 de novembro de 1889, tendo suas cores e dimensões estabelecidas pelo decreto-lei número quatro, de 19 de novembro de 1889, sofrendo poucas alterações desde então. Tem por base um retângulo verde com proporções de 7:10, sobrepondo-se um losango amarelo e um círculo azul, no meio do qual está atravessada uma faixa branca com o lema nacional, "Ordem e Progresso", em letras maiúsculas verdes sendo a letra E central um pouco menor, além de vinte e sete estrelas brancas.

A atual bandeira nacional é a segunda republicana e o terceiro estandarte oficial do Brasil desde sua independência.

Bandeiras humanizadas


Porta retrato bandeira


Broche bandeira


Broche bandeira coração


Mascote nacional

Cidadania



Quando estamos nos aproximando de datas comemorativas como a da Proclamação da República, a palavra cidadania surge oportunamente com mais força do que em outros períodos do ano. Mas, o que é cidadania pra você?
É lembrar patriotismo? Lembrar de símbolos, datas? Ou é um compromisso diário com o seu semelhante e consigo mesmo?
Vejamos este texto abaixo, e que o mesmo sirva de inspiração para trabalhar ocm o nossos pequenos sempre, quano a vontade surgir, ou a necessidade ditar o momento.
Espero que apreciem.

Todas as pessoas têm garantidos os mesmos direitos, mas têm também obrigações a cumprir.
A vida em sociedade exige o cumprimento de certas regras, que são os deveres. Afinal, do mesmo modo que têm direitos, todas as pessoas têm também obrigações.
Respeitar as outras pessoas, suas escolhas e opiniões é uma delas. Discriminar alguém, seja qual for a razão, é considerado crime e pode ser até motivo de prisão.
Jogar lixo nos lugares apropriados, preservar a natureza e pagar impostos são deveres de todos nós.
Nosso planeta é muito grande e tem mais de 7 bilhões de pessoas, umas diferentes das outras.
Todos nós temos uma série de direitos para nos proteger e ao mesmo tempo deveres a cumprir.
Fazer valer nossos direitos e agir de acordo com nossos deveres é o que nos torna cicadãos. Mas o ser humano só chegou a essa situação à medida que foi percebendo que precisava viver junto com outras pessoas, em uma sociedade.
Algumas pessoas foram capazes de chamar a atenção do mundo para a importância do respeito aos direitos humanos. Suas conquistas mudaram a nossa história e ficaram como uma lição para ser aproveitada por todos.
Com suas ações, essas pessoas aceleraram os passos da humanidade em direção a uma vida melhor, combartendo a fome, a discriminação racial, a miséria e a guerra.

Betinho - O sociólogo Herbert de Souza, ou simplesmente Betinho, como ficou conhecido, foi o principal líder da campanha contra a miséria e a fome. O fator mais positivo dessa iniciativa, também chamada de Ação Solidária, foi mobilizar o Brasil inteveiro na doação de alimentos.


Martin Luther King -Pastor batista e líder do movimento pelos direitos das pessoas negras nos Estados Unidos.Em seus discursos, defendia a necessidade de conseguir o que se queria sem violência. Ele lutava pelos direitos da população negra, criticava as guerras,e também a indiferença da sociedade em relação aos pobres.Ele foi assassinado em 1968.



Nelson Mandela - discordava do apartheid, nome do sistema da África do Sul que dava vantagens aos brancos e impedia os negros de ter direitos políticos. Em 1964, foi condenado à prisão perpétua por ser contrário a essa situação. Mesmo na prisão, continuou lutando pelo fim da discriminação racial. Conseguiu ser libertado em fevereiro de 1990, e logo depois o apartheid teve fim. Em 1993, ganhou o Prêmio Nobel da Paze, em 1994, foi eleito presidente da África do Sul.


Gandhi - Mahatma Gandhi dedicou a maior parte de sua vida à independência da Índia em relação à Inglaterra. Ganghi era a favor da não-violência, tendo apoio da maioria dos indianos. Ele foi assassinado em 1948.

Mensagem da semana

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Revista Educação Infantil - Inclusão na Educação Infantil


Inclusão: Utopia possível na Educação Infantil

*Por Nayara Barrocal
Compreendendo a Inclusão
A inclusão é uma inovação na área de educação, especialmente na Educação Infantil, o que é transformador e muitas vezes, é preciso ser lembrado de que é possível fazer, mas para que isso ocorra é indispensável ser desvelado, para que possa ser compreendido por todos e aceito sem resistências. Para tanto conceber os avanços da inclusão na Educação Infantil é entender a relevância deste processo para o desenvolvimento pleno destas crianças desde a primeira infância de forma a lhe garantir um futuro mais justo, onde seja apresentado, um mundo igual para todos.
Incluir na Educação Infantil significa romper com o atual paradigma educacional, buscar um caminho para que a escola possa fluir, espalhando sua ação formadora por todos os que dela participam. E se o que pretendemos é que a escola seja inclusiva, é urgente que seus planos se redefinam para uma educação voltada para a cidadania global, plena, livre de preconceitos e que reconhece e valoriza as diferenças.
Com este novo paradigma, a visão assistencialista e de educação compensatória para as crianças que apresentam necessidades especiais é destruída, pois surge a visão do desenvolvimento integral que tanto se difunde neste segmento da educação, tornando a escola, um espaço de descobertas e conquistas nos âmbitos: psicológico físico, social e intelectual, bem como, atendendo às necessidades básicas das crianças (afetivas, físicas e cognitivas).
Ainda são poucas as escolas de Educação Infantil inclusivas, pois a maioria ainda integram as crianças achando que estão incluindo. A diferença entre integração e inclusão é muito grande, são coisas totalmente diferentes: No processo de integração os alunos têm de mudar para se adaptarem às suas exigências e na inclusão, a escola que se adapta ao aluno.
São muitas as preocupações envolvendo o espaço físico, formação de professores, adaptações, legislação, mas o processo de inclusão educacional não depende só destes aspectos, mas do mais importante de todos que é aceitar as diferenças das crianças que apresentam necessidades especiais, não só pelos demais colegas, mas por toda a comunidade escolar.
Os especialistas em inclusão afirmam que a escola, organizada como está, produz a exclusão. Os conteúdos curriculares são tantos que tornam alunos, professores e pais reféns de um programa que pouco respeita as particularidades e interesses das crianças. Além disso, existem as demais barreiras: falta de formação dos professores para atender estas crianças sem segregá-las, arquitetônicas( ausência de rampas, banheiros adaptados e recursos adaptáveis às necessidades de cada um), e acompanhamento de profissionais de áreas diversas que dão suporte ao trabalho pedagógico desenvolvido( saúde e assistência social). Isso ocorre não só com crianças com deficiência. A escola trabalha com um padrão de aluno e quem não se aproxima dele, é excluído.
Educação Inclusiva é muito mais do que a escola especial. Como tal, sua prática não precisa estar limitada a um sistema paralelo de educação, e sim fazer parte da educação como um todo, acontecendo nas escolas regulares e constituindo-se em mais um sinal de qualidade em educação. Na Educação Infantil, a inclusão tem grande importância, já que nesta etapa são oferecidas propostas que tendem a desenvolver a criança como um todo, portanto, que seja nesta, o primeiro contato da criança que apresenta necessidade especial com o mundo novo que a escola tem para te mostrar. Desta forma, o conhecimento acerca das particularidades do processo é imprescindível.
Impossível falar em Inclusão, sem falar das Leis
Um dos fatores primordiais para que a Inclusão Educacional ocorra de fato e de direito na Educação Infantil, é que os envolvidos na comunidade escolar, conheçam a Legislação Brasileira que ampara este processo, de forma a se embasar numa trajetória que diariamente construímos juntos. É importante lembrar que ainda existem muitas barreiras a serem quebradas para que o processo seja aceito, entendido e respeitado. Para tanto, é interessante fazer uma retrospectiva desta caminhada em torno do amparo legal.
Antes do século XX o sistema de educação no Brasil não contemplava o processo de inclusão, ao contrário, foi um período caracterizado pela exclusão. Mais tarde, surgiram as classes especiais localizadas em poucas instituições de ensino, onde só havia especo para a segregação das crianças especiais.
A partir da década de 50, as escolas especiais começam a surgir e posteriormente, classes especiais em todas as escolas regulares de ensino. Já na década de 70, as crianças puderam frequentar as salas regulares, porém ainda sem qualquer tipo de adaptação necessária ao atendimento especializado destas.
Antes de prosseguir, é relevante destacar que o Brasil tem uma importante legislação que contempla tal assunto e que merece ser apreciada. A Constituição Federal de 1988 estabelece, no artigo 208, III, que é dever do Estado garantir o atendimento educacional especializado, preferencialmente na rede regular de ensino. Essa lei é reforçada e amparada por leis posteriores: Estatuto da Criança e do Adolescente (1990), Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (1996) e Decreto n° 3.298, de 20 de dezembro de 1999.
Com o incentivo das Nações Unidas, na década de 90, passa-se a discutir com maior ênfase, a importância da inclusão educacional propriamente dita através das adaptações necessárias.
Este movimento mundial em torno teve como pontapé inicial a Conferência Mundial de Educação para todos na Tailândia em 1990, sendo implementado e complementado na Espanha, em 1994, por meio da Declaração de Salamanca.
A Declaração de Salamanca é o texto mais completo sobre Inclusão Educacional e o nosso país é signatário. Este apresenta uma estrutura de ação em Educação Inclusiva que define as linhas de ação a serem desenvolvidas enfatizando a Educação Infantil no processo. Determina ainda a reformulação das instituições educacionais em Escola para Todos, que têm como princípio orientador a inclusão de todo aluno, em seu contexto educacional e comunitário.
Atendendo a Declaração de Salamanca, a Educação Infantil deve ser implementada com uma Pedagogia voltada para a diversidade e necessidade específicas das crianças que apresentam necessidades especiais em diferentes contextos, não esquecendo de beneficiar a todos de forma igualitária.
A partir deste movimento a Inclusão Educacional tornou-se cada vez mais necessária e por isso, a implantação de políticas no segmento da Educação Infantil para alcançar tal objetivo, tornou-se ainda mais urgente, na qual se baseava em três vertentes: garantir o acesso e a permanência, com êxito, das crianças com necessidade especiais na Educação Infantil da rede regular de ensino; organizar e redimensionar os programas de estimulação precoce e das classes pré-escolares pertencentes às Instituições de educação especial; apoiar o processo de transição dos alunos atendidos anteriormente nos centros de educação especial para a rede regular de ensino, por meio de ações integradas de apoio à inclusão.
Sendo assim, é possível observar que implementações importantes foram feitas ao longo da história da Educação Inclusiva Brasileira e que mesmo assim registrou-se uma tímida evolução.
O modelo escolar antigo possuía uma visão assistencialista na Educação Infantil, rompendo com este e buscando atender as crianças que apresentam necessidades especiais com a Inclusão efetiva, conseguiremos alcançar o desenvolvimento de todas as crianças, considerando-a autônoma e capaz no ambiente em que está imersa.
Portanto a Inclusão de crianças que apresentam necessidades especiais na Educação Infantil segue as definições da Constituição no que diz respeito à importância que devemos dar a vivência destas com as demais crianças no intuito de favorecer seu desenvolvimento. O princípio fundamental da escola inclusiva é o de que todas as crianças devem aprender juntas, independentemente de quaisquer dificuldades ou diferenças que possam ter, e isso é o que concebe o princípio básico de toda Legislação Brasileira.
Atualmente, na legislação educacional (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional), a Educação Infantil é definida como a primeira fase da educação básica, que para os leigos no assunto, significa um período de brincar, de desfrutar do lúdico sem cobranças, para outros com mais conhecimento, a criança é vista como um sujeito ativo na construção do seu conhecimento e da sua cidadania.
Todo professor precisa conhecer a política educacional que orienta as ações no campo da educação inclusiva para que possam trabalhar de acordo com o que é legal e sabendo que está agindo amparado por pesquisas, análises e procedimentos indicados corretamente. Estes, podem ser facilmente encontradas no Plano Decenal de Educação para Todos (1993 – 2003), as metas são definidas no Plano Nacional de Educação (2001) e as orientações, nas Diretrizes Nacionais para Educação Especial na Educação Básica (2001) e no documento Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil – Estratégias e Orientações para a Educação de Crianças com Necessidades Educacionais Especiais (MEC, 2001).
Daí a importância ainda maior, de insistir em saber em que se baseia a inclusão das crianças que apresentam necessidades especiais na classe regular de ensino desde a primeira infância. Para saber mais acerca deste tema e de outros sub-temas, seguem sugestões de sites que ao serem visitados, acrescentarão mais informações.
Educação para todos
Ao longo da história o conceito de deficiência que foi sendo construído, certamente o foi na perspectiva de atender aos interesses daqueles que se apresentavam como eficientes. Isto não quer dizer que as diversas deficiências em si, não tiveram existência concreta. O que se pode constatar, é que o tratamento destas questões, durante o longo processo que a humanidade realizou em direção a maior humanização, poucas vezes privilegiou o atendimento a estas dificuldades apresentadas pelo corpo. Na sociedade em que vivemos poucas vezes, o homem foi visto como ser social, mas sim como ser físico, o que na maioria das vezes fazia a criança que apresenta necessidade especial ser isolada, pois de nada significava para a sociedade que estava inserida.
No âmbito da Educação Infantil, o panorama não era diferente, se a criança dotada de suas faculdades físicas e mentais perfeitas não eram aceitas como seres integrantes da sociedade educativa, imagine a criança que apresentava necessidades especiais.
É necessário lembrar que a Educação Infantil é uma etapa privilegiada para o avanço em direção aos objetivos da educação inclusiva e a infância é o melhor momento para se oportunizar a aprendizagem das diferenças, envolvendo-se também neste processo, pais, professores e sociedade em geral. Diante disso, as vantagens não são só oferecidas a estas crianças e suas famílias, mas a todos os envolvidos, inclusive a sociedade a qual pertence. Todos aprendem juntos através da interação mútua e solidária.
A Educação Infantil é um indispensável percurso a ser traçado pelas crianças em faixa etária adequada a este segmento por se tratar da mais interessante forma de socialização e escolarização que antecede o Ensino Fundamental. Desta forma, registra-se a sua importância diante da inserção das crianças nestes espaços coletivos de cuidado e educação. Para tanto, é interessante dizer que a inclusão torna-se cada vez mais necessária no sentido que a Educação Infantil, como 1ª etapa da Educação Básica, apresenta tantas oportunidades que favorecerão o desenvolvimento integral infantil.
Uma instituição educacional que acredita na inclusão deve ter o compromisso de proporcionar situações na rotina da escola que envolva o respeito, amor, cidadania, cuidar de si e do outro, aceitação, companheirismo e todos os valores necessários na formação de um cidadão. Mas, como destaque, devemos conhecer esta criança, suas particularidades para então, incluí-la com uma intencionalidade educacional.
A definição básica da criança que apresenta necessidade especial consiste em que esta apresenta uma necessidade especial na aprendizagem, podendo ser decorrente ou não de causa orgânica, ou ainda, ser resultado de um talento muito superior à média dos colegas das classes regulares de ensino. De forma legal, esta criança é aquela que apresenta “significativas diferenças físicas, sensoriais ou intelectuais, decorrentes de fatores inatos ou adquiridos, de caráter temporário ou permanente”, (Política Nacional de Educação Especial).
Portanto, a comunidade escolar precisa conhecer, antes de mais nada, quem são as crianças que apresentam necessidades especiais, para então melhor entender a relevância do processo. Para isso, é necessário fazer o diagnóstico educacional que consiste em utilizar recursos e procedimentos técnicos por profissionais que compões uma equipe multidisciplinar que avaliarão as crianças e destacarão as características de suas necessidades especiais, bem como poderão elencar causas e consequências destas de forma segura e que serão úteis para o desenvolvimento do trabalho na sala de aula inclusiva.
Sabe-se que podemos encontrar no Brasil diversas formas de se efetivar a inclusão educacional e que as adaptações são muitas, mas é ainda um problema regional, já que vivemos em um país com uma desigualdade social muito evidente e que de forma direta, atinge também as escolas. Diante disso, a partir dos diagnósticos educacionais realizados e das escolas e da realidade de cada instituição, pode ser sugerida a organização do Ensino Itinerante ( professor especializado visita escolas diferentes orientando os demais professores e também alguns alunos) e da Sala de Recursos (sala que conta com material e equipamentos especiais, utilizados por professor especializado que orienta os alunos a utilizá-los na construção do conhecimento). Tais propostas são apenas algumas daquelas que podemos inserir no dia a dia da escola inclusiva.
Outro recurso muito interessante e de grande valia, principalmente para as crianças menores é a Estimulação Precoce que tem como princípio básico a intervenção de uma equipe multidisciplinar no sentido de incentivar o desenvolvimento global da criança através das vivências, estratégias que enfocam os aspectos físico, sensório-perceptivo, motor, sócio-afetivo, cognitivo e da linguagem.
A construção de um ambiente inclusivo pressupõe a articulação de um coletivo de educadores e funcionários da escola de Educação Infantil, estendendo-se também às crianças, aos pais e à sociedade. O compromisso com uma moral voltada à construção de uma sociedade mais humana, em que as diferenças possam existir, deve refletir-se em ações concretas
Uma escola de Educação Infantil pautada na inclusão e que permita a convivência da comunidade, essa consciência da diversidade, possibilitará um preparo para a cidadania e um desenvolvimento humano muito maior para todas estas crianças, proporcionando a elas a garantia do cumprimento das leis vigentes, bem como do desenvolvimento integral da criança e consequentemente da conquista de um futuro mais justo nos diversos segmentos da sociedade a que pertence.
O professor precisa estar atento
Como dito anteriormente, a Educação Infantil enfrenta atualmente um grande desafio: a inclusão em creches e pré-escolas e esta realidade traz ao professor muitos sentimentos que envolvem receio, ansiedade, insegurança. Mas é necessário lembrar que tudo que é novo traz o medo, portanto conhecer o novo, implementá-lo, criar suas próprias receitas proporcionarão o sucesso deste processo.
Conhecendo melhor as peculiaridades de cada uma destas necessidades especiais é possível identificar a significância da luta pela inclusão que visa a inserção destas crianças na escola regular de ensino desde a Educação Infantil, tentando assim assegurar a elas melhores condições de vida e de crescimento, tendo em vista que suas limitações podem ser superadas, embora precisem de auxílio constante da escola, da família, da sociedade tão quanto antes for possível.
Infelizmente a inclusão de crianças que apresentam necessidades especiais ainda não é totalmente realizada na maioria das creches e pré-escolas brasileiras por falta de informação e de interesse das famílias, educadores, instituições educacionais e poder público. Milhares de crianças ainda são privadas de frequentarem uma classe regular de ensino e portanto, lhes são negados os direitos de conhecerem o conhecimento, partilharem amizades e desenvolverem o pensamento do coletivo de forma democrática. Diante disso, é necessário refletir sobre este panorama e compreender que incluir significa oferecer educação de qualidade para todos.
De acordo com o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil – Volume II, p. 13: “ o ingresso na instituição de educação infantil pode alargar o universo inicial das crianças, em vista da possibilidade de conviverem com outras crianças e com adultos de origens e hábitos culturais diversos, de aprender novas brincadeiras, de adquirir conhecimentos sobre realidades distantes.” Para a criança que apresenta necessidades especiais, este ingresso pode significar a vitória sobre a segregação, pois estando em contato com crianças “normais”, ela aprende o que vivencia e se torna parte fundamental deste mundo, no qual tudo parece desconhecido, mas também do qual necessariamente fará parte.
O RCNEI – Estratégias e orientações para a educação de crianças com necessidades educacionais especiais, definem que o paradigma anterior que propunha uma visão assistencialista, de educação preparatória deve ser rompido e precisamos enxergar a criança como pessoa autônoma, inserida num contexto sócio, histórico e cultural. Nesse contexto, prioriza-se a valorização da dimensão humana, da criança cidadã com seus direitos fundamentais e deveres garantidos, desde seus primeiros anos de vida.
Com a inclusão, a escola de Educação Infantil passa a ser um lugar comum em que se respeitam os alunos de acordo com suas individualidades e em que se torna um ambiente justo, onde estas crianças que apresentam necessidades especiais não serão mais categorizadas a qualquer pretexto. Mesmo que as crianças incluídas não consigam aprender os conteúdos previstos, que são também muito importantes, mas não podem ser o único objetivo da escola, há que se dar a estas crianças o direito à convivência na escola, entendida como espaço privilegiado da formação global . Uma pessoa em tais condições, precisa inquestionavelmente dessa convivência. Além disso, os conteúdos que não aprender numa escola que lhe proporcione um ambiente desafiador e que adote métodos de ensino adequados à diversidade, provavelmente não irá também aprender num ambiente segregado.
Na pedagogia da Educação Infantil, as crianças e as interações que estabelecem entre si e com os outros são o ponto de partida para a construção e reconstrução de uma cultura que está viva, é dinâmica, na qual o “corpo e movimento”, seus sentidos e significados são vistos e vividos como características especificamente humanas. Diante disso, podemos imaginar como se sente as crianças PNEE em contato com o mundo real da qual fazem parte, aprendendo a transpor as limitações e construindo um mundo adaptável a estas.
É importante também que recebam estímulos adequados para garantir a construção de sua autoconfiança e auto-estima, possibilitando às crianças estarem seguras para dar conta de suas necessidades especiais ou não, e as questões inerentes do seu próprio desenvolvimento.
A criança aprende por imitação, portanto elas aprenderão aquilo que lhe for proposto a partir do contato com a escola inclusiva. Quando se fala em benefícios que a inclusão traz, o primeiro pensamento que surge é o de que as crianças que apresentam necessidades especiais têm mais chances de se desenvolver integralmente. Esse senso de responsabilidade pelo bem-estar do outro é um exercício constante nas escolas inclusivas. É preciso que tenham o direito de serem diferentes quando a igualdade os descaracteriza e o direito de serem iguais quando a diferença os inferioriza.
Não há como agir com a criança pequena, sem considerar suas vontades, suas necessidades, seus medos, seus sentimentos. As mudanças substanciais em geral despertam ansiedade, daí a importância de um trabalho consciente e responsável da inclusão ainda na Educação Infantil.
O sucesso da aprendizagem está em explorar talentos, atualizar possibilidades, desenvolver predisposições naturais de cada aluno. As dificuldades e limitações são reconhecidas, mas não conduzem nem restringem o processo de ensino, como comumente se deixa que aconteça.
Entre os benefícios que os alunos das escolas inclusivas, desde a Educação Infantil, comumente relatam estão a descoberta de pontos em comum com pessoas que superficialmente parecem e agem de maneira muito diferente; ter orgulho em ajudar alguém a conseguir ganhos importantes aparentemente impossíveis; ter oportunidades para cuidar de outras pessoas; agir consistentemente baseados em valores importantes, como a promoção da igualdade, a superação da segregação ou a defesa de alguém que é tratado injustamente, etc.
As amizades conquistadas ao longo dos encontros na escola inclusiva, estão de fato no cerne de que todos precisamos uns dos outros. São nossas amizades que nos permitem ser membros ativos e protegidos da comunidade. As amizades ajudam as crianças que apresentam necessidades especiais a garantir que fazem parte da comunidade – em vez de apenas estar na comunidade – é uma realidade para todos, que pode ser construída a Educação Infantil, no ato da inclusão escolar.
As creches e escolas de Educação Infantil, dentro de sua atual e reconhecida função de cuidar e educar, não podem mais deixar de receber crianças que apresentam necessidades especiais, a partir de zero anos, oferecendo-lhes cuidados diários que favoreçam sua estimulação precoce.
A escola comum é o ambiente mais adequado para se garantir o relacionamento dos alunos com ou sem deficiência e de mesma idade cronológica, a quebra de qualquer ação discriminatória e todo tipo de interação que possa beneficiar o desenvolvimento cognitivo, social, motor, afetivo dos alunos, em geral.
Nessa nova perspectiva, a educação inclusiva assume as funções: social, cultural e política, garantindo dessa forma, além das necessidades básicas (afetivas, físicas e cognitivas) essenciais ao processo de desenvolvimento e aprendizagem, a construção do conhecimento de forma significativa, por meio das interações que estabelece com o meio. Essa escola promove a oportunidade de forma aberta, flexível e acolhedora.
Os benefícios da educação inclusiva são recíprocos. A criança tem o estímulo de superar o desafio da execução das tarefas comuns. E o aluno sem deficiências aprende a aceitar o diferente e a atender que há limite para tudo, até mesmo para ele próprio.
Incluir é indispensável, principalmente para melhorar as condições da educação, de modo que na escola possam formar futuros cidadãos mais preparados para viver a vida na sua totalidade, livremente, sem preconceitos, sem barreiras. Não podemos atenuar a situação, devemos buscar soluções, pois o nosso compromisso com o resgate de uma vida escolar de forma a evitar a marginalização, a evasão, a criança estigmatizada é tão grande quanto a paz que carregaremos em nossas consciências
É necessário compreender que a inclusão consiste em reverter a forma de pensar nestas crianças como os “coitadinhos “, e mostrar que a responsabilidade de incluir é de todos nós, membros da comunidade destas crianças . Não é só uma questão de recursos técnicos, mas principalmente na mudança de atitudes de toda a comunidade.

Revista Educação Infantil - Crianças especiais


Crianças que apresentam necessidades especiais: é preciso conhecê-las para melhor compreendê-las.

A Educação Infantil é o melhor momento de incluir crianças que apresentam necessidades educacionais especiais, mas para isso, o educador precisa conhecê-las para saber desenvolver com coerência sua prática pedagógica.
*Por Nayara Barrocal

Compreender a inclusão escolar desde a Educação Infantil como necessidade para toda a sociedade é fundamental já que esta atingirá todos os segmentos da comunidade e aquilo, que não era tido como “normal”, se torna riqueza para todos que de forma direta ou indiretamente, serão contemplados.
É necessário lembrar que a primeira infância é o melhor momento da vida das crianças que apresentam necessidades educacionais especiais, para aprenderem e ensinarem com as diferenças.
Tendo como base este princípio, a proposta inicial da inclusão destas crianças nas classes regulares de ensino pauta-se numa adaptação da realidade educacional a partir do conhecimento buscado acerca das principais recorrências em salas de aula para desta maneira, identificar melhor suas limitações e habilidades e assim, desenvolvermos nossas práticas pedagógicas.
Importante ressaltar porque o termo deficiência, tão conhecido e utilizado, inclusive pelos documentos oficiais, neste artigo é substituído por necessidades especiais. Não concordando com a idéia de que o deficiente quer dizer aquele que não é eficiente, e sabendo que o mesmo, possui de acordo com suas limitações, capacidades e habilidades, trocam-se os termos para melhor introduzir tal temática.
Sendo assim, a definição básica da criança que apresenta necessidade educacional especial consiste em que esta possui uma necessidade especial na aprendizagem, podendo ser decorrente ou não de causa orgânica, de caráter temporário ou permanente ou ainda resultado de um talento muito superior a média das outras crianças com a mesma faixa etária. Seguem abaixo as definições destas:

• Altas habilidades e superdotação - notável desempenho e elevada potencialidade em qualquer dos seguintes aspectos, isolados ou combinados: capacidade intelectual geral; aptidão acadêmica específica; pensamento criativo ou produtivo; capacidade de liderança; talento especial para artes; capacidade psicomotora.

• Autismo – transtorno de desenvolvimento caracterizado, de maneira geral, por problemas nas áreas de comunicação e interação, bem como por padrões restritos, repetitivos e estereotipados de comportamentos, interesses e atividades.


• Condutas Típicas – manifestações de comportamentos típicas de “portadores” de síndromes (exceto Síndrome de Down) e quadros psicológicos, neurológicos ou psiquiátricos que ocasionam atrasos no desenvolvimento e prejuízos no relacionamento social, em grau que requeira atendimento educacional especializado.

• Deficiência Auditiva - perda parcial ou total da audição, variando de acordo com o nível ou acuidade auditiva:
1. Moderada / leve - torna-se capaz de processar informações linguísticas pela audição, consequentemente, é capaz de desenvolver a linguagem oral.
2. Severa / profunda – apresenta dificuldades para desenvolver a linguagem oral espontaneamente, geralmente utiliza a Língua de Sinais.

• Deficiência Física /Motora – alteração completa ou parcial de um ou mais segmentos do corpo humano, acarretando o comprometimento da função física, abrangendo, dentre outras condições, amputação ou ausência de membro, paralisia cerebral, membros com deformidades congênitas ou adquiridas, exceto as deformidades estéticas e as que não produzam dificuldades para o desempenho das funções.

• Deficiência Intelectual ( antiga deficiência mental) – caracteriza-se por limitações significativas tanto no funcionamento mental como na conduta adaptativa, na forma expressa em habilidades práticas, sociais e intelectuais.

• Deficiência Múltipla – é a associação de duas ou mais deficiências primárias (intelectual, auditiva, física e visual), com comprometimentos que acarretam atrasos no desenvolvimento global e na capacidade adptativa.

• Deficiência Visual – é a perda total ou parcial, congênita ou adquirida, variando com o nível ou acuidade visual da seguinte forma:
1. Cegueira: é a perda total ou resíduo mínimo de visão que leva a pessoa a necessitar do Sistema Braile como meio de leitura e escrita.
2. Baixa visão ou visão subnormal: é o comprometimento do funcionamento visual de ambos os olhos, mesmo após tratamento ou correção. A pessoa com baixa visão possui resíduos visuais em grau que lhe permite ler textos impressos ampliados com uso de recursos ópticos especiais.
3. Surdo cegueira: é uma deficiência singular que apresenta perdas auditivas e visuais concomitantemente em diferentes graus, necessitando desenvolver diferentes formas de comunicação para que a pessoa surda cega possa interagir com a sociedade.

• Síndrome de Down – alteração genética cromossômica do par 21, que traz como conseqüência características físicas marcantes e implicações tanto para o desenvolvimento fisiológico (cardiopatias, obesidades e outros) quanto para a aprendizagem ( leitura, escrita linguagem oral).

• TDAH ou Hiperatividade – condição neurológica que caracteriza-se pela ausência de concentração, distração constante, desorganização, adiamentos, falta de autodisciplina, dificuldade de aprendizagem.
• Incluem-se ainda nesta perspectiva, as crianças com patologias que demonstram uma diminuição significativa da qualidade de vida: diabetes, câncer, AIDS.

Todo educador, comprometido com a inclusão escolar e com o desenvolvimento global de todas as crianças deve buscar o conhecimento acerca das necessidades educacionais especiais, para melhor entender o processo como um meio de promoção de melhores condições de vida para elas, caso contrário, negarão o direito destas crianças conhecerem o mundo, partilharem amizades e desenvolverem os pensamentos do coletivo de forma democrática.

Para saber mais:

Sites para pesquisas

WWW.comvida.org.br

WWW.cidadaoeficiente.com.br

WWW.deficienteeficiente.com.br

WWW.defnet.org.br

WWW.entreamigos.com.br



Indicações de leitura

A criança em desenvolvimento, Helen Bee, Artmed
Compreendendo a deficiência mental, Maria Teresa Egler Mantoan, Scipione
Autismos, Paulina Rocha, Esauta
Hiperatividade – Abram Topczewski, Casa do Psicólogo

Revista Educação Infantil - Estimulação precoce


Estimulação Precoce: indispensável na Educação Infantil na perspectiva de Inclusão

A estimulação precoce deve ser considerada indispensável na Educação, pois oferece às crianças que apresentam ou não necessidades educacionais especiais, experiências vivenciadas e aquisição de ferramentas importantes para o desenvolvimento infantil.
*Por Nayara Barrocal
A estimulação precoce consiste em um conjunto de atividades psico – afetivo - social que viabilizam o trabalho de forma lúdica e prazerosa nas diferentes áreas que apresentam maiores dificuldades ou defasagens no desenvolvimento infantil. Esta ocorre de forma a dar sentido a propostas de repetição de diferentes exercícios sensoriais que amplia a capacidade emocional e potencializa a habilidade intelectual das crianças.
O ponto de partida para esta modalidade de tratamento na área educacional é saber junto a família qual o diagnóstico de necessidade da criança e a partir daí propor situações adaptativas e estimulantes para que o desenvolvimento desta, possa ser obtido. Porém, muitas vezes, esta pode ser útil também no sentido de antecipar-se a possíveis danos.
Em algumas instituições, voltadas para o atendimento educacional especial a Estimulação é oferecida de forma multidiscilplinar, ou seja, com o acompanhamento de fisioterapeutas, fonoaudiólogos, psicólogos, assistentes sociais, psicopedagogos e pedagogos. Já nas escolas regulares, esta pode ser oferecida pelos profissionais disponíveis, o que não significa ter menos valor, pelo contrário, dentro das escolas de Educação Infantil, os educadores exercem, muitas vezes, sem ter o conhecimento de diversos aspectos contemplados por outras profissões, o que permite que os mesmos estejam aptos a desenvolver propostas que a Estimulação Precoce propriamente dita apresenta.
Nesta perspectiva, considera-se o potencial de cada criança em qualquer estágio de sua vida, porém é relevante destacar que quanto mais precoce, maiores serão as chances de progressos.
Seria impossível conceber a ideia de Inclusão na Educação Infantil, sem mencionar a importância da estimulação precoce neste processo, já que a mesma contempla a concepção que orienta o objetivo principal deste segmento: o desenvolvimento integral da criança. Sendo assim, a estimulação precoce caracteriza atividades que visam atingir o desenvolvimento global da criança, respeitando suas etapas e fortalecendo seus potenciais.
A estimulação é comumente utilizada em crianças prematuras com a finalidade de reverter ou diminuir danos que possam surgir, e mais educacionalmente registrando, nas crianças que apresentam necessidades educacionais especiais com o objetivo de potencializar sua capacidade afetiva, motora e cognitiva. Em ambos os casos, a intencionalidade da mesma está em contemplar o desenvolvimento integral da criança.
Sabemos que para uma criança que apresenta necessidades especiais a dificuldade para resolver problemas é muito presente, e isso, pode ocasionar a desistência delas em buscar alternativas de melhora para qualidade de vida. Sendo assim, a estimulação permitirá que esta, esteja incentivada a quebrar as barreiras e persistir em alcançar condições adequadas que as leve até as conquistas possíveis.
Com a estimulação precoce propriamente dita, poderão acessar atividades básicas da vida diária como alimentação, locomoção, higiene, vestuário, controle esfincteriano e assim, quanto mais conhecimentos e interesses elas tiverem, desfrutarão de novas aprendizagens, facilitando a construção destas e assim, poderão ser incluídas na escola e na sociedade com maior tranquilidade.
É importante mencionar que durante toda a proposta de estimulação as crianças, especialmente as que apresentam necessidades especiais não são obrigadas a aprender algo, mas sim aproveitar, valorizar seus conhecimentos e estimulá-las a fazer o uso destes em seu cotidiano através de uma rotina mais lúdica e prazerosa. Aprender aquilo que será útil em sua rotina diária através de brincadeiras, jogos, atividades lúdicas, estímulos sensoriais é um tanto utópico para os adultos, mas já para os pequenos, é totalmente concebível já que aprendizagem por meio da brincadeira se trata de algo inato, atingível para os pequenos.
O que define a importância da estimulação precoce desde a primeira infância é que a mesma reflete positivamente em todas as fases de desenvolvimento da inteligência humana, portanto é o período da vida em que o processo evolutivo se torna mais relevante, possível e significativo.
Para que possa ser útil neste processo, é necessário que o professor tenha um conhecimento específico acerca do desenvolvimento das crianças, características e especificidades de cada etapa, para então colocar em prática o que sabe de forma mais consistente. Neste caso, terá como codinome, facilitador. O papel deste na estimulação é de evocar a interação da criança a partir de recursos existentes, na formulação de perguntas, na organização de ideias, bem como no enriquecimento dos ambientes.
O trabalho do professor/facilitador visa fazer com que o desenvolvimento das crianças ocorra de forma completa, sem queima de etapa, ou seja, o educador precisa oferecer a toda criança na educação infantil vivências em suas etapas de desenvolvimento, uma de cada vez, tentando atingir os objetivos de cada uma de forma efetiva.
Neste sentido, vemos a relevância do planejamento na educação infantil, pois será o pontapé inicial para que as propostas sejam praticadas com objetivos claros e bem definidos.
Os materiais a serem utilizados deverão ser variados, aumentando-se gradativamente o seu grau de complexidade tais como: roupas preenchidas com enchimentos, almofadas com formas diversificadas, bastões, caixas táteis, bolas, arcos, fantoches, escovas de dentes, canudinhos, espelhos, músicas, brinquedos coloridos e sonoros, e mais uma infinidade de recursos a serem explorados. Tudo isso, promoverá a aprendizagem concreta acerca da linguagem, coordenação motora, socialização, dentre tantas outras.
Desta forma, todo este processo traz às crianças de forma geral, não só as atendidas diretamente, mas as demais crianças da turma e da comunidade escolar contemplada, experiências significativas, exploração de áreas e objetos, o descobrimento, o autocontrole, o brincar e a livre expressão, e consequentemente, o sucesso das atividades, resultando em crianças mais livres, independentes e saudáveis.
Na verdade, a estimulação precoce é um presente que nós, educadores e familiares oferecemos às crianças, pois é a chance que elas tem de se localizar no mundo a que pertencem de forma mais abrangente e significativa.


Algumas atividades desenvolvidas em momentos de estimulação precoce

Mural do vestuário – a criança Brinquedos sensoriais com material
reciclado.
aprende a fechar e abrir zíperes
e botões, amarrar cadarços, etc.


Caixas táteis: com texturas e com elementos do cotidiano das crianças.

Sugestões de leituras:
• Estimulação Precoce – inteligência emocional e cognitiva. Grupo cultural. Apresenta muitas sugestões de atividades práticas.
• Estimulação precoce para bebês. Laura Tisi. Editora Sprint. Localiza a criança que apresenta necessidades especiais no contexto da estimulação precoce.
• O nascimento da inteligência da criança. Jean Piaget. Editora Zahar. Retrata os períodos do desenvolvimento infantil de forma clara.

Revista educação Infantil - Alfabetização na escola inclusiva


Alfabetização na escola inclusiva: na diversidade todos aprendem juntos

Sabe-se que alfabetizar uma criança é apresentar o mundo a ela, e desta forma, esta poderá conhecê-lo, agir sobre ele, expressá-lo e até modificá-lo. Cabe ao professor, buscar os meios para a aprendizagem significativa e consistente.
*Por Nayara Barrocal

No contexto da inclusão de crianças que apresentam necessidades educacionais especiais, a alfabetização é um processo de construção de hipóteses sobre o funcionamento da leitura e da escrita. Isso nos permite entender que para aprender a ler e a escrever, esta criança deve participar ativamente da construção do seu conhecimento, além de enfrentar os desafios que surgirão e saber lidar com as situações, reflexões e aprendizagens.
Para que este processo ocorra de forma concisa e contemplando a perspectiva de letramento, é preciso lembrar que antes de chegar à escola, a criança já possui conhecimento sobre o mundo letrado e que todas elas, saberão informações deste, de formas diferentes, respeitando suas necessidades especiais educacionais.
Desta maneira, importante mencionar que não existe receita pronta para trabalhar com as crianças que apresentam necessidades educacionais especiais, mas a afetividade e o lúdico permeando este processo, garantirão a apropriação dos saberes necessários, contudo é preciso lembrar que elas possuem ritmos diferenciados e que precisam ser conhecidas, no que se refere a necessidade especial específica de cada caso, para posteriormente, serem avaliadas e direcionadas.
Os jogos, as brincadeiras, os textos retirados do cotidiano das crianças oferecerão o suporte necessário à aprendizagem acerca da leitura e da escrita e promoverá dentro da sala de aula, o ambiente igualitário, .
Sendo assim, a escola precisa está preparada para levar até estas crianças, oportunidades que desencadeiem a internalização de tais aprendizagens e para isso, seguem descritas algumas sugestões a serem desenvolvidas com este público.

• Alguns recursos e instrumentos:
- Jogos táteis com letras e/ou palavras
- Alfabetos em braile e em libras
- Letras móveis em braile e em libras
- Pranchas de comunicação
- Receitas com material concreto
- Músicas ilustradas


Cartão letras móveis com velcro

Lótus sílabas gravuras

Estante de leitura

Velcro nas páginas do livro


• Propostas lúdicas:
1. A palavra do dia
- Selecione uma palavra por dia como a “palavra do dia”.
- Escreva esta palavra do dia em um cartão e apresente-a durante a rodinha, depois a coloque em local visível.
- Use a palavra seguidas vezes durante o dia e estimule as crianças a usá-la o máximo de vezes
2. Uma fotografia vale por mil palavras
- Tire fotos das crianças fazendo atividades na sala de aula.
- Desenvolva um arquivo de fotos de revistas com objetos diferentes.
- Deixe as crianças escolherem fotografias e descreverem como os objetos são usados.
3. Álbum de aproveitamento
- A professora contará a história para as crianças
- Cada uma fará o desenho interpretativo da história ouvida
- Este desenho será guardado no álbum, onde a professora registrará por meio da escrita o que produziu cada criança.
4. Pegue um par
- Coloque diversos pares de objetos que rimem entre si numa cesta (gato/rato, boliche/sanduíche).
- Peça para as crianças formarem pares de objetos que rimem.
5. Rimas enlatadas
- Coloque diversos objetos que rimem em uma lata – para, lata e barata
- Oriente as crianças a criar uma história que inclua todos os itens.
6. Que letra está faltando?
- Coloque quatro pranchas alfabéticas consecutivas no chão e peça para as crianças dizerem as letras
- Diga para as crianças taparem os olhos e remova uma das letras.
- A seguir, peça para abrirem e identificarem a letra que falta.
7. Sacos de gel
- Coloque ½ xícara de gel para cabelos em um saco plástico com fecho.
- Oriente as crianças a fazer letras no saco usando o dedo indicador.
8. Letras de massa de modelar
- Oriente as crianças a formar letras e desenhos, cujas escritas iniciam com a mesma letra com massinha.
9. Chegou carta
- Escreva o nome de cada criança em um envelope de cartas e coloque-o em uma caixa de correios.
- Faça um crachá para cada uma e peça para sentarem em círculo segurando-os.
- Deixe as crianças alternarem-se entregando os envelopes retirados da caixa e os entregando aos nomes correspondentes aos crachás.
- Para mais diversão, acrescente presentes-surpresa, como adesivos ou fotografias, aos envelopes.
10. Tirinhas caseiras
- Recorte tirinhas (histórias em quadrinhos) de jornais, internet, etc.
- Leia as tirinhas com as crianças individualmente ou em pequenos grupos.
- Comente a ordem das imagens da esquerda para a direitta à medida que lê.
11. Varal de letras
- Recorte círculos de cartolina, escreva letras nos mesmos e plastifique-os. Faça furos nos círculos usando um furador de papel.
- Distribua cadarços ou cordões.
- Oriente as crianças a amarrar as letras para formar uma palavra.
12. Listas
- Faça listas de atividades de sala de aula com temáticas do cotidiano das crianças ou mesmo, acerca de temáticas estudadas na turma.
- Utilizar cartolinas para registrar as palavras que comporão as listas.
13. Escrevendo um diário
- Pegue um caderno para cada criança, faça a capa com elas ou coloque uma foto da turma.
- Cada dia peça que escrevam ou desenhem em uma página, registrando o pensamentos delas naquele dia.
Proporcione oportunidades para as crianças “lerem”uma página do diário para os colegas, ou crianças de outras turmas.
14. Detetives de histórias
- Após ler uma história para as crianças, faça perguntas de múltipla escolha.
- Elas deverão responder através das pistas ou das opções dadas, de forma correta.
15. Verdadeiro e falso
- Apresente pares de sentenças às crianças – uma verdadeira e uma falsa.
- Peça para selecionarem a afirmação verdadeira.
- Após as crianças terem confiança em como selecionar esse tipo de afirmação categórica, apresente pares de sentenças, nos quais uma sentença é parcialmente verdadeira e a outra é completamente verdadeira.



É importante destacar que, serão as necessidades destas crianças que determinarão os recursos e instrumentos mais úteis para oportunizar novos saberes na sala de aula. Porém, é na diversidade que aprendemos juntos, isso que dizer que, toda a turma deverá acessar os meios facilitadores de forma integrada e desta maneira aprenderão todos juntos envoltos em um processo de hibridização de recursos, o que é muito interessante na escola inclusiva.

Sugestões de leitura:
• Escola Inclusiva – Linguagem e Mediação. Lucia Reily. Papirus Editora.
• Ensinar e Aprender Brincando. Pam Schiller e Joan Rossano. Artmed.
• Inclusão Social - Primeiros Passos. Márcia M. do Nascimento e Ivete Raffa. Editora Giracor.