sábado, 19 de fevereiro de 2011

Aprendendo a brincar e brincando pra aprender



O papel do brincar


As fontes do conhecimento infantil são múltiplas, mas é no ato de brincar que a criança, de forma privilegiada, apropria-se da realidade imediata, atribuindo-lhe significado. As brincadeiras permitem
que a criança desenvolva imaginação, afetos, competências cognitivas e interativas, à medida que tem a oportunidade de vivenciar diferentes papéis.
Outra importante função da atividade lúdica é a elaboração de conflitos e ansiedades, e a criança demonstra ativamente, enquanto brinca, o que sofre passivamente. Brincando, as crianças constroem seu próprio mundo, resignificam e reelaboram os acontecimentos que deram origem a vivências e sentimentos.
A brincadeira, como eixo da proposta educativa, é um conceito bastante utilizado. Friedrich Froebel (Alemanha, 1782-1852), criador do jardim de infância, defendia o uso pedagógico de jogos e brinquedos organizados e sutilmente dirigidos pelo professor. Durante as décadas subseqüentes, vários educadores alertaram para a importância do lúdico na Educação.
Brincar favorece a auto-estima da criança e a interação com seus pares, propiciando situações de aprendizagem que desafiam suas capacidades cognitivas. Por meio do jogo simbólico, elas aprendem a agir, têm a curiosidade estimulada, adquirem iniciativa e exercitam sua autonomia. Os brinquedos são ferramentas e parceiros silenciosos que desafiam a criança, possibilitam descobertas e a compreensão de que o mundo está cheio de possibilidades e de oportunidades para a expansão da criatividade.
A criança deve brincar em todos os espaços da creche/pré-escola, inclusive na brinquedoteca, quando a instituição dispuser de uma. No entanto, é necessária sensibilidade por parte dos professores para acolherem suas iniciativas. Quando despreparados, tendem a interferir demais nas brincadeiras, dirigindo a atividade.

BRINQUEDOTECA
É um espaço preparado para estimular a exploração lúdica, onde a criança brinca livremente, descobre coisas novas, supera desafios, toma decisões, desenvolve e exercita suas capacidades – motoras, emocionais, cognitivas e interativas. Dispostos em cantos temáticos, os brinquedos estimulam a livre expressão da criança, permitindo a concretização do imaginário, o desenvolvimento da linguagem, a interação social e a estruturação da personalidade.
Segundo a Associação Brasileira de Brinquedotecas, as primeiras unidades implantadas no Brasil surgiram no início dos anos 1980.
Atualmente, a Associação reúne cerca de 400 brinquedotecas – a maioria em instituições e creches. Mas, para os especialistas, elas nem sempre cumprem sua finalidade pedagógica. Para tanto, é imprescindível que as crianças tenham acesso à sala dos brinquedos, disponham de tempo e liberdade para escolher com o que brincar.

LIVROS INFANTIS
O reconhecimento da literatura infantil como elemento formador da consciência cultural das sociedades é relativamente recente. Bem antes de aprender a ler, a criança observa e “sente” a história. Enquanto escuta o adulto lendo para ela, vai desenvolvendo um elo emocional com o leitor, com os personagens e o livro, desenvolvendo gosto pela leitura.
Entre 1 e 2 anos de idade, a criança observa mais a entonação e as mímicas faciais do contador de histórias do que propriamente seu conteúdo. As histórias devem ser contadas com vivacidade, ritmo e entonação. Precisam ser curtas, com apenas uma gravura em cada página. Os livros de pano ou plástico são adequados, pois há o impulso de pegar o livro e levá-lo à boca.
Para a faixa etária entre 3 e 6 anos, os livros devem ser muito ilustrados, com textos breves que podem ser lidos ou dramatizados pelos adultos para que as crianças percebam a inter-relação entre o mundo real que a cerca e o mundo da palavra. É a nomeação das coisas que proporciona o convívio inteligente, afetivo e profundo com a realidade circundante. Nessa idade, as crianças gostam de ouvir várias vezes a mesma história. É a fase do “conte outra vez”.

MATERIAIS PEDAGÓGICOS
São o conjunto de objetos e brinquedos que, junto com as condições do ambiente físico e os recursos humanos, constituem os componentes fundamentais para o desenvolvimento de uma Educação Infantil de qualidade.

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