Blog que apresenta diversas reflexões acerca da Educação nas áreas específicas da Educação Infantil, Inclusão Escolar e Alfabetização.
quarta-feira, 15 de setembro de 2010
Pensando no mês das flores...
Pensando na primevera e na importância da criança realizar sua produções, desta forma dando ainda mais signigicado aquilo que é construído, conquistado, proponho a elaboração de uma pintura no muro a partir de carimbo das mãos, de forma que surja um lindo jardim, colorido com diferentes formatos e muitas cores diferentes.
Ou ainda, quem sabe montar um jardim suspenso. Como funciona? É simples, cada criança poderá trazer uma plantinha que será fixada numa parede em suportes de metal ou madeia. E podem ser enfeitados com flores em e.v.a confeccionadas pelos pequeninos. Além da escola ficar ainda mais bonita, com certeza serão contemplados aspectos importantes nesta fase que envolvem cognitivo, social, afetivo e intelectual.
Com certeza, as crianças se divertirão, aprenderão e o mais importante socializarão.
Boa sorte e depois dexe um recadinho pra comentar a experiência.
Mês florido
Setembro chegou com toda força da terra e com o aroma das flores!
O mês da Primavera traz um clima de alegria às salas de aula, especialmente nas da Educação Infantil, então devemos aproveitar a oportunidade para enfeitar os ambientes deste pequeninos que tanto amamos.
Como sugestão, deixo algumas ideias. Espero que sejam úteis e que deixem o seu, o nosso dia a dia mais encantador.
terça-feira, 17 de agosto de 2010
segunda-feira, 2 de agosto de 2010
Saudades
Oi gente,
Saudades de todos que apreciam meu, ou melhor, nosso blog. Que bom retornar e poder contribuir um pouco para a nossa educação.
Estive ausente pois estava auxiliando algumas amigas em trabalhos voltados para o meio escolar. Mas agora estou de volta para aprendermos e buscarmos juntos o caminho sábio da educação de qualidade com que tanto sonhamos.
Espero que nossas parcerias sejam de entrosamento, conquistas e decobertas.
Grande abraço.
Nayara Barrocal
Inclusão começa na Educação Infantil
Inclusão Educacional Deve Ser Trabalhada Ainda Na Educação Infantil
Instituições escolares e educadores de todos os níveis educacionais discutem o processo de Inclusão escolar. Preocupações voltadas para aspectos materiais, são relatadas a todo momento, mas nem só desses aspectos o processo se fará. É necessário que haja um preparo para a inclusão escolar desde a Educação Infantil, quando a criança ainda possui a pureza de seu sorriso durante suas interações com seus colegas e pode ser facilmente incentivada a se manter afastada de todos que
Atualmente o tema "Inclusão" tem permeado palestras, seminários, congressos e diversos encontros educacionais, despertando educadores de todos os níveis para este processo. Preocupações envolvendo o espaço físico, formações dos profissionais, adequações metodológicas, leis e tantos outros assuntos pertinentes ao tema são constantemente abordados. Acontece que um processo inclusivo não depende apenas destas condições. É necessário que se pense também na aceitação das diferenças dos colegas, pelos colegas e pela comunidade escolar. Torna-se evidente um esclarecimento em torno da utilização da palavra "diferente" associada a "deficiente" no contexto desta análise. Um processo verdadeiramente inclusivo contempla as deficiências e as diferenças - sejam elas físicas, sociais, raciais, religiosas, atitudinais, familiares, econômicas, culturais e outras.
O ambiente escolar é rico em relações e desde a mais tenra idade, as crianças se relacionam umas com as outras neste ambiente. Na Educação Infantil - de 3 a 6 anos - elas são mais receptivas, não se importam com diferenças entre colegas, querem brincar, sujar, pular, cantar, gritar, enfim serem crianças. Todavia, algumas famílias - talvez com intenção de proteger seus filhos - acabam transmitindo a eles certos preconceitos que os distanciam das demais crianças. É bastante comum em ambientes escolares, crianças ricas permaneceram distantes das pobres, loiras distantes das negras, magras distantes das gordas, rebeldes distantes das calmas, rotuladas por diferenças religiosas, e também por alguma deficiência física ou mental. É importante ressaltar que nesta fase, a maioria das crianças que age dessa forma, apenas reproduz os ensinamentos familiares e com o passar do tempo passa a agir dessa forma por acreditar ser a melhor maneira de conviver em grupo.
Uma instituição educacional que acredita no verdadeiro processo de inclusão deve promover situações diárias em que seus alunos desde a Educação Infantil, cultivem o respeito, amor, cidadania, o cuidar de si e do outro, aceitação, companheirismo e tantos outros valores necessários a formação de um cidadão justo. Essas situações devem envolver toda a comunidade escolar, num movimento de troca de experiências entre as famílias e possíveis conscientizações em torno do processo de se educar um filho para atuar numa sociedade inclusiva.
PALAVRAS-CHAVE: Inclusão – Aceitação – Respeito – Educação – Cidadania – Valores Humanos – Família.
Instituições escolares e educadores de todos os níveis educacionais discutem o processo de Inclusão escolar. Preocupações voltadas para aspectos materiais, são relatadas a todo momento, mas nem só desses aspectos o processo se fará. É necessário que haja um preparo para a inclusão escolar desde a Educação Infantil, quando a criança ainda possui a pureza de seu sorriso durante suas interações com seus colegas e pode ser facilmente incentivada a se manter afastada de todos que
Atualmente o tema "Inclusão" tem permeado palestras, seminários, congressos e diversos encontros educacionais, despertando educadores de todos os níveis para este processo. Preocupações envolvendo o espaço físico, formações dos profissionais, adequações metodológicas, leis e tantos outros assuntos pertinentes ao tema são constantemente abordados. Acontece que um processo inclusivo não depende apenas destas condições. É necessário que se pense também na aceitação das diferenças dos colegas, pelos colegas e pela comunidade escolar. Torna-se evidente um esclarecimento em torno da utilização da palavra "diferente" associada a "deficiente" no contexto desta análise. Um processo verdadeiramente inclusivo contempla as deficiências e as diferenças - sejam elas físicas, sociais, raciais, religiosas, atitudinais, familiares, econômicas, culturais e outras.
O ambiente escolar é rico em relações e desde a mais tenra idade, as crianças se relacionam umas com as outras neste ambiente. Na Educação Infantil - de 3 a 6 anos - elas são mais receptivas, não se importam com diferenças entre colegas, querem brincar, sujar, pular, cantar, gritar, enfim serem crianças. Todavia, algumas famílias - talvez com intenção de proteger seus filhos - acabam transmitindo a eles certos preconceitos que os distanciam das demais crianças. É bastante comum em ambientes escolares, crianças ricas permaneceram distantes das pobres, loiras distantes das negras, magras distantes das gordas, rebeldes distantes das calmas, rotuladas por diferenças religiosas, e também por alguma deficiência física ou mental. É importante ressaltar que nesta fase, a maioria das crianças que age dessa forma, apenas reproduz os ensinamentos familiares e com o passar do tempo passa a agir dessa forma por acreditar ser a melhor maneira de conviver em grupo.
Uma instituição educacional que acredita no verdadeiro processo de inclusão deve promover situações diárias em que seus alunos desde a Educação Infantil, cultivem o respeito, amor, cidadania, o cuidar de si e do outro, aceitação, companheirismo e tantos outros valores necessários a formação de um cidadão justo. Essas situações devem envolver toda a comunidade escolar, num movimento de troca de experiências entre as famílias e possíveis conscientizações em torno do processo de se educar um filho para atuar numa sociedade inclusiva.
PALAVRAS-CHAVE: Inclusão – Aceitação – Respeito – Educação – Cidadania – Valores Humanos – Família.
quarta-feira, 12 de maio de 2010
segunda-feira, 26 de abril de 2010
Dia das mães sugestões de registros
Receita para a Mamãe
Ingredientes:
1 Kg de Beijos
1 Dúzias de abraços
1 Canção
5 Xicaras de Gratidão
1 Pitada de minhas travessuras
Modo de Fazer
Levante bem cedo, misture todos os ingredientes, polvilhe com admiração e agradeça a Deus por esta que lhe deu a vida, e diga:
Te amo, minha Mãe!!!
Para deixar a escola ainda mais atrativa para a mamãe nos dias que antecedem o seu dia, vejam algumas sugestões de registros que as crianças podem fazer com auxílio da professora.
Mãos a obra!
Ingredientes:
1 Kg de Beijos
1 Dúzias de abraços
1 Canção
5 Xicaras de Gratidão
1 Pitada de minhas travessuras
Modo de Fazer
Levante bem cedo, misture todos os ingredientes, polvilhe com admiração e agradeça a Deus por esta que lhe deu a vida, e diga:
Te amo, minha Mãe!!!
Para deixar a escola ainda mais atrativa para a mamãe nos dias que antecedem o seu dia, vejam algumas sugestões de registros que as crianças podem fazer com auxílio da professora.
Mãos a obra!
Sugestão de leitura
EDUCAÇÃO – A SOLUÇÃO ESTÁ NO AFETO
Nayara Barrocal*
Sempre! Desde que me conheço como educadora que defendo a bandeira de que onde há educação, deverá haver afeto. Só depois, de algum tempo descobri as sábias e únicas palavras de Paulo Freire que estão muito próximas do meu pensamente – “Onde há educação, há amor.”
Recentemente, li o livro – Educação, a solução está no afeto de Gabriel Chalita e como reflexão para nossa prática pedagógica, sugiro que conheçam o enredo deste livro que trata de uma forma muito sensível dos campos sociais que permeiam o mundo da educação brasileira.
O mesmo, ainda apresenta uma proposta de construção de uma nova realidade educacional, lembrando o papel e o poder que cada um de nós, membro da sociedade que compomos, devemos desempenhar.
“A escola prepara para a liberdade. E ajuda a libertar as vítimas das várias formas de escravidão”. (CHALITA, 2001, p. 71)
Apreciem e depois deixe o seu comentário no blog a respeito do que achou.
Nayara Barrocal*
Sempre! Desde que me conheço como educadora que defendo a bandeira de que onde há educação, deverá haver afeto. Só depois, de algum tempo descobri as sábias e únicas palavras de Paulo Freire que estão muito próximas do meu pensamente – “Onde há educação, há amor.”
Recentemente, li o livro – Educação, a solução está no afeto de Gabriel Chalita e como reflexão para nossa prática pedagógica, sugiro que conheçam o enredo deste livro que trata de uma forma muito sensível dos campos sociais que permeiam o mundo da educação brasileira.
O mesmo, ainda apresenta uma proposta de construção de uma nova realidade educacional, lembrando o papel e o poder que cada um de nós, membro da sociedade que compomos, devemos desempenhar.
“A escola prepara para a liberdade. E ajuda a libertar as vítimas das várias formas de escravidão”. (CHALITA, 2001, p. 71)
Apreciem e depois deixe o seu comentário no blog a respeito do que achou.
A EDUCAÇÃO INFANTIL É REALMENTE IMPORTANTE?
Nayara Barrocal*
Não seria possível falar da relevância da Educação Infantil sem mencionar brevemente alguns aspectos marcantes da sua trajetória. Desta maneira, se torna mais compreensível o trajeto percorrido desde quando esta, era vista como obrigação de instituições geralmente de cunho religioso e tinha um caráter assistencialista. Com isso, atendia as crianças de classes populares, onde a pobreza ou a orfandade imperava.
A história da Educação Infantil está intimamente ligada a história da infância, portanto ambas tem sido a história da marginalização social, cultural, econômica e educativa. As crianças eram vistas como seres sem vontades próprias e viviam em um mudo dos adultos, suas particularidades não eram respeitadas. Fazer parte do mundo era algo alcançado após a etapa infantil, só então eram vistas e entendidas como seres dotados de particularidades.
Diante disso, por muito tempo, se levantaram questionamentos quanto ao comportamento das crianças, nos séculos anteriores ao XX, quando a Educação Infantil ainda não era exercida de forma a contribuir na construção da individualidade de cada um, e estas crianças copiavam os comportamentos dos adultos sem saber de fato, o que estavam desempenhando.
Com os avanços na Educação, o segmento da Educação Infantil ganha espaço e surge a proposta de tornar a criança em um ser imerso num mundo simbólico, em um processo social contínuo e compulsivo de dar e criar sentidos. Neste sentido, a criança passa a ser vista pela ciência, pela história e pela consciência pública como ser único, capaz de pensar, refletir, produzir, construir tendo conhecimento de sua importância para o meio do qual faz parte.
De acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil toda criança que frequentar uma turma de Educação Infantil, dificilmente não terá sucesso na etapa seguinte de escolarização, ou seja, no Ensino Fundamental.É um indispensável percurso a ser traçado pelas crianças em idades específicas por se tratar da mais interessante forma de socialização e escolarização que antecede o Ensino Fundamental. Desta forma, registra-se a sua importância diante da inserção das crianças nestes espaços coletivos de cuidado e educação.
Essa criança, e mais tarde esse adulto, inserido nos mais diferentes ambientes, através das interações com parceiros diversos, vai ter um mundo organizado por regras e códigos, diretamente ligados a um determinado momento e contexto sócio-histórico e aos recursos que dispõe.
Desmitificar a idéia que a educação Infantil é apenas uma etapa de brincar e de socializar deve ser urgente para todos os envolvidos no processo pedagógico. É necessário entender que o espaço que segmento conquistou atualmente frente a toda legislação brasileira, que permeia gradativamente as reformulações das instituições, deve justificar ser a Educação Infantil, a primeira etapa da educação básica. Não pretendo dizer, que a mesma deve formalizar o conteudismo, a imagem antiquada de escolarização, ou mesmo de tecnologias avançadas no contexto de sala de aula, pelo contrário, quero registrar, que este período é o mais propenso para fortalecer os vínculos entre o conhecimento e a aprendizagem, como de fato deve ocorrer, e para isso deve-se contar com um ambiente equilibrado, equipe de profissionais constante formação e apoio constante da família.
Concluindo, a Educação Infantil é de fato muito importante, pois é nesta etapa da vida escolar, que a criança torna-se uma pessoa que reflete a época histórica e o grupo social em que vive, nesse processo, constrói suas características únicas e individuais que levará para toda sua vida!
Referências Bibliográficas
BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Conselho Nacional da Educação. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. Parecer CEB n 022/98 aprovado em 17 de dezembro de 1998. Relator – Regina Alcântara de Assis. Brasília, DF, 1998.
CERISARA, A.B. Educar e cuidar – por onde anda a Educação Infantil? Perspectiva, Florianópolis, 1999.
KUHLMANN JR., Educação Infantil e Currículo. Autores Associados. Campinas, 1999.
* Pedagoga com Licenciatura Plena nas Matérias do Magistério (UNEB), Especialista em Educação Infantil (ASSOPESP -UNEB), Pesquisadora na área de Educação Inclusiva e Alfabetização. (www.saberesefazeresnaeducacao.blogspot.com). E-mail nayaraujo2@bol.com.br
Não seria possível falar da relevância da Educação Infantil sem mencionar brevemente alguns aspectos marcantes da sua trajetória. Desta maneira, se torna mais compreensível o trajeto percorrido desde quando esta, era vista como obrigação de instituições geralmente de cunho religioso e tinha um caráter assistencialista. Com isso, atendia as crianças de classes populares, onde a pobreza ou a orfandade imperava.
A história da Educação Infantil está intimamente ligada a história da infância, portanto ambas tem sido a história da marginalização social, cultural, econômica e educativa. As crianças eram vistas como seres sem vontades próprias e viviam em um mudo dos adultos, suas particularidades não eram respeitadas. Fazer parte do mundo era algo alcançado após a etapa infantil, só então eram vistas e entendidas como seres dotados de particularidades.
Diante disso, por muito tempo, se levantaram questionamentos quanto ao comportamento das crianças, nos séculos anteriores ao XX, quando a Educação Infantil ainda não era exercida de forma a contribuir na construção da individualidade de cada um, e estas crianças copiavam os comportamentos dos adultos sem saber de fato, o que estavam desempenhando.
Com os avanços na Educação, o segmento da Educação Infantil ganha espaço e surge a proposta de tornar a criança em um ser imerso num mundo simbólico, em um processo social contínuo e compulsivo de dar e criar sentidos. Neste sentido, a criança passa a ser vista pela ciência, pela história e pela consciência pública como ser único, capaz de pensar, refletir, produzir, construir tendo conhecimento de sua importância para o meio do qual faz parte.
De acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil toda criança que frequentar uma turma de Educação Infantil, dificilmente não terá sucesso na etapa seguinte de escolarização, ou seja, no Ensino Fundamental.É um indispensável percurso a ser traçado pelas crianças em idades específicas por se tratar da mais interessante forma de socialização e escolarização que antecede o Ensino Fundamental. Desta forma, registra-se a sua importância diante da inserção das crianças nestes espaços coletivos de cuidado e educação.
Essa criança, e mais tarde esse adulto, inserido nos mais diferentes ambientes, através das interações com parceiros diversos, vai ter um mundo organizado por regras e códigos, diretamente ligados a um determinado momento e contexto sócio-histórico e aos recursos que dispõe.
Desmitificar a idéia que a educação Infantil é apenas uma etapa de brincar e de socializar deve ser urgente para todos os envolvidos no processo pedagógico. É necessário entender que o espaço que segmento conquistou atualmente frente a toda legislação brasileira, que permeia gradativamente as reformulações das instituições, deve justificar ser a Educação Infantil, a primeira etapa da educação básica. Não pretendo dizer, que a mesma deve formalizar o conteudismo, a imagem antiquada de escolarização, ou mesmo de tecnologias avançadas no contexto de sala de aula, pelo contrário, quero registrar, que este período é o mais propenso para fortalecer os vínculos entre o conhecimento e a aprendizagem, como de fato deve ocorrer, e para isso deve-se contar com um ambiente equilibrado, equipe de profissionais constante formação e apoio constante da família.
Concluindo, a Educação Infantil é de fato muito importante, pois é nesta etapa da vida escolar, que a criança torna-se uma pessoa que reflete a época histórica e o grupo social em que vive, nesse processo, constrói suas características únicas e individuais que levará para toda sua vida!
Referências Bibliográficas
BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Conselho Nacional da Educação. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. Parecer CEB n 022/98 aprovado em 17 de dezembro de 1998. Relator – Regina Alcântara de Assis. Brasília, DF, 1998.
CERISARA, A.B. Educar e cuidar – por onde anda a Educação Infantil? Perspectiva, Florianópolis, 1999.
KUHLMANN JR., Educação Infantil e Currículo. Autores Associados. Campinas, 1999.
* Pedagoga com Licenciatura Plena nas Matérias do Magistério (UNEB), Especialista em Educação Infantil (ASSOPESP -UNEB), Pesquisadora na área de Educação Inclusiva e Alfabetização. (www.saberesefazeresnaeducacao.blogspot.com). E-mail nayaraujo2@bol.com.br
HIPERATIVIDADE - PALAVRA DA MODA
HIPERATIVIDADE - PALAVRA DA MODA
Nayara Barrocal*
“Quem é? Ele não para quieto, não constrói aprendizagens facilmente e é altamente impulsivo?” Se você respondeu que conhece alguém assim, não perca a oportunidade e faça a leitura do texto abaixo até o final e descubra alguns caminhos de desvendar a hiperatividade.
Tornou-se modismo, é a palavra da moda, ouvimos muito no mundo atual, falar em hiperatividade nas salas de aulas, nos parques infantis, praças, clubes, consultórios, etc., mas como conceituá-la com melhores informações? Como evitar o pré julgamento dessas crianças? No que diz respeito a aprendizagem, é imprescindível, antes de qualquer coisa diferenciar dificuldades e distúrbios.
As dificuldades podem ser os problemas que interferem no processo de aprendizagem, decorrentes de alguma situação dentro do ambiente escolar, como por exemplo, proveniente da ação do professor, da proposta pedagógica ou ainda de questões familiares. Podem ser inclusive, situações passageiras na vida do aluno.
Já os distúrbios, podem ser uma interferência no processo de aprendizagem, como uma dificuldade em aprender a ler, no processo de aquisição da escrita, na comunicação ou na linguagem oral, sempre estará relacionado com o sistema neurológico da criança.
Atualmente, o termo distúrbio tem sido substituído por transtorno e abrange as dificuldades específicas do aprendizado escolar. Seguem abaixo alguns elementos que caracterizam o TDAH e devem ser observados constantemente por professores e familiares em torno das crianças com as quais mantêm contato constante.
TDAH – Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade é o transtorno neurocomportamental mais comum na infância. Caracteriza-se por desatenção, impulsividades e hiperatividade. Com base nos sinais que a criança apresenta podem ser classificados em três subtipos – predominantemente hiperativo, predominantemente desatento e tipo combinado.
Estudos e pesquisas comprovam que o transtorno é genético. A criança, ao ser diagnosticada com TDAH, há 40% de chance de um dos pais apresentar o distúrbio. Portanto, atenção também com os seus comportamentos enquanto pais, ou mesmo, antes de serem pais.
Os principais fatores implicados nas causas do TDAH são de natureza genética, biológica e psicossocial, o que desmistifica que o transtorno se manifesta apenas, ou na maioria das vezes, em crianças com famílias desestruturadas.
Os especialistas recomendam o diagnóstico precoce e para isso a família precisa estar atenta durante a realização das tarefas, observando como executam atividades do cotidiano como arrumar os brinquedos, como agem numa rua movimentada – são oportunidades de identificar características do TDAH. Existem avaliações específicas aplicadas por um psicopedagogo que indicam o tipo de intervenção mais adequada.
Tudo o que é desconhecido nos remete ao medo, questionamentos, dúvidas, a sociedade age assim também com aquele que apresenta o TDAH. A falta de conhecimento traz consigo a falta do saber lidar e esse é o passo fundamental de todo educador comprometido como o futuro do seu aluno – buscar conhecer para alertar o meio social a que pertence e dessa forma, colaborar para que a própria criança que tem TDAH não se sinta diferente e que cada uma é capaz de aprender no seu ritmo , no seu tempo.
O educador precisa estar preparado a aprender a aprender, pois ele é a alma da escola.
Referências Bibliográficas
HALLOWELL, Edward M. Tendência a distração – identificação e gardenia do distúrbio do deficit de atenção da infância a vida adulta. Rio de Janeiro – Rocco, 1999.
www.psicoativa.com
*Pedagoga com Licenciatura Plena nas Matérias do Magistério (UNEB), Especialista em Educação Infantil (ASSOPESP -UNEB), Pesquisadora na área de Educação Inclusiva e Alfabetização. (www.saberesefazeresnaeducacao.blogspot.com). E-mail nayaraujo2@bol.com.br
Nayara Barrocal*
“Quem é? Ele não para quieto, não constrói aprendizagens facilmente e é altamente impulsivo?” Se você respondeu que conhece alguém assim, não perca a oportunidade e faça a leitura do texto abaixo até o final e descubra alguns caminhos de desvendar a hiperatividade.
Tornou-se modismo, é a palavra da moda, ouvimos muito no mundo atual, falar em hiperatividade nas salas de aulas, nos parques infantis, praças, clubes, consultórios, etc., mas como conceituá-la com melhores informações? Como evitar o pré julgamento dessas crianças? No que diz respeito a aprendizagem, é imprescindível, antes de qualquer coisa diferenciar dificuldades e distúrbios.
As dificuldades podem ser os problemas que interferem no processo de aprendizagem, decorrentes de alguma situação dentro do ambiente escolar, como por exemplo, proveniente da ação do professor, da proposta pedagógica ou ainda de questões familiares. Podem ser inclusive, situações passageiras na vida do aluno.
Já os distúrbios, podem ser uma interferência no processo de aprendizagem, como uma dificuldade em aprender a ler, no processo de aquisição da escrita, na comunicação ou na linguagem oral, sempre estará relacionado com o sistema neurológico da criança.
Atualmente, o termo distúrbio tem sido substituído por transtorno e abrange as dificuldades específicas do aprendizado escolar. Seguem abaixo alguns elementos que caracterizam o TDAH e devem ser observados constantemente por professores e familiares em torno das crianças com as quais mantêm contato constante.
TDAH – Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade é o transtorno neurocomportamental mais comum na infância. Caracteriza-se por desatenção, impulsividades e hiperatividade. Com base nos sinais que a criança apresenta podem ser classificados em três subtipos – predominantemente hiperativo, predominantemente desatento e tipo combinado.
Estudos e pesquisas comprovam que o transtorno é genético. A criança, ao ser diagnosticada com TDAH, há 40% de chance de um dos pais apresentar o distúrbio. Portanto, atenção também com os seus comportamentos enquanto pais, ou mesmo, antes de serem pais.
Os principais fatores implicados nas causas do TDAH são de natureza genética, biológica e psicossocial, o que desmistifica que o transtorno se manifesta apenas, ou na maioria das vezes, em crianças com famílias desestruturadas.
Os especialistas recomendam o diagnóstico precoce e para isso a família precisa estar atenta durante a realização das tarefas, observando como executam atividades do cotidiano como arrumar os brinquedos, como agem numa rua movimentada – são oportunidades de identificar características do TDAH. Existem avaliações específicas aplicadas por um psicopedagogo que indicam o tipo de intervenção mais adequada.
Tudo o que é desconhecido nos remete ao medo, questionamentos, dúvidas, a sociedade age assim também com aquele que apresenta o TDAH. A falta de conhecimento traz consigo a falta do saber lidar e esse é o passo fundamental de todo educador comprometido como o futuro do seu aluno – buscar conhecer para alertar o meio social a que pertence e dessa forma, colaborar para que a própria criança que tem TDAH não se sinta diferente e que cada uma é capaz de aprender no seu ritmo , no seu tempo.
O educador precisa estar preparado a aprender a aprender, pois ele é a alma da escola.
Referências Bibliográficas
HALLOWELL, Edward M. Tendência a distração – identificação e gardenia do distúrbio do deficit de atenção da infância a vida adulta. Rio de Janeiro – Rocco, 1999.
www.psicoativa.com
*Pedagoga com Licenciatura Plena nas Matérias do Magistério (UNEB), Especialista em Educação Infantil (ASSOPESP -UNEB), Pesquisadora na área de Educação Inclusiva e Alfabetização. (www.saberesefazeresnaeducacao.blogspot.com). E-mail nayaraujo2@bol.com.br
segunda-feira, 19 de abril de 2010
Mensagem para todas as Mães
PARA SEMPRE
Carlos Drummond de Andrade
Por que Deus permite
que as mães vão-se embora?
Mãe não tem limite,
é tempo sem hora,
luz que não apaga
quando sopra o vento
e chuva desaba,
veludo escondido
na pele enrugada,
água pura,
ar puro,
puro pensamento.
Morrer acontece
com o que é breve
e passa sem deixar vestígio.
Mãe, na sua graça,
é eternidade.
Por que Deus se lembra
- mistério profundo -
de tirá-la um dia?
Fosse eu Rei do Mundo,
baixava uma lei:
Mãe não morre nunca,
mãe ficará sempre
junto de seu filho
e ele, velho embora,
será pequenino
feito grão de milho.
domingo, 18 de abril de 2010
Sugestões para o Dia das Mães
Dia das Mães tá chegando e nós, educadores queremos sempre inovar, criar oportunidades e atividades criativas que envolvam as crianças e as famílias.
Neste contexto do Dia das Mães, sugiro que façam da semana que antecede a data, uma semana diferente com propostas divertidas como Painel coletivo em forma de coração, Calçada do amor, Jardim do carinho, Muro do Afeto.
Em cada uma destas atividades haverá a integração entre a criança e a mãe durante o desenvolvimento da proposta em sala de aula com a professora da turma, as crianças e as demais mães.
Sugiro que cada dia da semana seja reservado para uma turma diferente, evitando acúmulo de pessoas nos corredores da instituição.
E ao final da semana, na sextta-feira, poderia acontecer a Festa da Família, quando todos os membros poderiam ser homenageados de igual forma através de apresentações teatrais, danças, músicas, brincadeiras.
Seguem acima as fotos.
quarta-feira, 14 de abril de 2010
58 dias para a Copa do Mundo!
O Brasil é um país altamente apaixonado pelo futebol e por tudo que envolva este esporte. Com as crianças, percebemos que esta paixão nacional não tem idade e sabendo da importância que a mídia exerce sobre toda a população é interessante tirar proveito desta promoção que os meios de comunicação dão ao evento mundial. Além disso, o destaque ao esporte, ao patriotismo e ao espírito de competitividade oportunizarão em nossos meninos e meninas de hoje, os nossos adultos cidadãos conscientes de amanhã.
Portanto, segue abaixo modelo de projeto a ser adaptado conforme realidade de suas comunidades escolares. Espero que seja útil.
Rumo ao Hexa!!!!
Projeto Copa do Mundo (para adaptar)
Tema: União das Nações através da Copa do Mundo.
Maternal A – Itália
Maternal B – França
Justificativa
O futebol é uma das maiores paixões do povo brasileiro. Mesmo ganhando ou perdendo as pessoas continuam com a paixão. Quando se fala de Copa do Mundo todos ficam atentos para torcer por seu país, não importa onde está todas as nações se unem e acompanham este grande evento.
Objetivo Geral
O desenvolvimento deste projeto mostrará para o aluno a diferença entre os países, em relação ao modo de se vestir, alimentação e música.
O desenvolvimento deste projeto tem em vista um trabalho interdisciplinar. É possível desenvolver diversos conhecimentos através deste evento, pois o futebol tem um grande espaço em nossa cultura e é preciso lembrar que um evento como a Copa reúne vários países sem a descriminação das diferenças como: raça, religião, classe social etc.
Objetivos Específicos
- Divulgar, valorizar e conhecer as culturas do Brasil, Itália (Mat. A) e França (Mat. B);
- Visualizar danças, músicas, comidas, roupas e pontos turísticos tradicionais de cada país;
- Identificar os países através da bandeira e cores;
- Compreender e Respeitar o trabalho coletivo.
Período de Realização: Março à Agosto 2010.
Apresentação do Projeto: 28/08
Metodologia
- Será usado o laboratório de informática e data show.
- Exibição de fotos dos países e vídeos de futebol.
Passeio do 2º Bimestre
- Visitar um campo de futebol
Temas transversais
Ética: Abordagem da união dos povos através da copa, respeito entre os alunos e as regras, trabalhar o conceito de que nem sempre se vence. Através das derrotas traçamos novas estratégias.
Meio Ambiente: Observar os lugares e as mudanças por causa da copa (enfeites), localizar pontos positivos (torcida) e negativos (sujeira).
Pluralidade Cultural: Verificar se possui costumes dos outros países que nós herdamos. Pesquisar alguns ídolos e montar um painel dos ídolos do futebol da vários países.
Matemática
- Construção de um campo de futebol para localizar as formas geométricas;
- Quantidade de jogadores no campo de futebol.
Língua Portuguesa
- Hino Nacional (confecção do hino com figuras relacionadas às palavras).
Artes
- Criação de um mascote para a sala;
- Reprodução de uma obra de Candido Portinari – Futebol;
- Música Partida de Futebol do Skank;
- Confecção de 1 jogador de futebol do país trabalhado.
Desenvolvimento do Projeto
1ª Atividade
Em um primeiro momento será realizada a seguinte pergunta:
Qual o significado da copa para a família?
Para iniciar o projeto será apresentado o Globo terrestre para mostrar que existem muitos lugares e que cada parte colorida tem um nome, será identificado o Brasil. Após a identificação será mostrada imagens sobre costumes, músicas, comidas e pontos turísticos.
Os alunos irão confeccionar a bandeira do Brasil que ficará exposta na sala (serão identificadas as cores e formas geométricas).
Material: Globo terrestre, 1 papel cartão branco, guache (verde, azul, amarelo, branco).
2ª Atividade
Será realizada uma roda de conversa perguntando para os alunos “O que é futebol?” Cada resposta será anotada para a confecção de um painel.
Após a roda os alunos irão ver vídeos de crianças, personagens e animais jogando bola.
Material: Cartolina, Data show.
3ª Atividade
Através do Globo terrestre os alunos identificarão onde fica a Itália (Mat. A) e França (Mat. B).
Após a localização será confeccionada a bandeira do país que ficará exposta na sala (serão identificadas as formas geométricas e as cores).
Material: Papel Cartão Branco (2), guache (azul, verde, vermelho, branco).
4ª Atividade
Conhecimento das músicas da Itália (Mat. A) e França (Mat. B), momento de muito aprendizado para o conhecimento de um novo ritmo musical.
Material: Som e música.
5ª Atividade
Conhecendo um pouco da cultura da Itália (Mat. A) e França (Mat. B) como costumes, roupas e pontos turísticos. Através de fotos e vídeos.
Material: Data show.
6ª Atividade
Culinária: os alunos irão conhecer um pouco das comidas típicas
- Itália (Mat. A): irá fazer Polenta
Ingredientes
• 2 litros de água
• 1 colher (sopa) de sal
• 2 colheres (sopa) de manteiga
• 400 g de fubá mimoso
Preparo da Receita
Coloque a água para ferver e acrescente o sal e a manteiga. Assim que iniciar a fervura, comece a acrescentar o fubá aos poucos, mexendo sem parar para que não empelote. Colocado todo o fubá, continue a mexer regularmente. Para um perfeito cozimento, o ideal é que a polenta cozinhe por 30 minutos em fogo baixo. Despeje em um refratário e salpique com parmesão, podendo cobrir com o molho de sua preferência.
- França (Mat. B): irá fazer Pão Frances
Ingredientes
½ quilo de farinha de trigo
15 g de fermento para pão
15 g de sal
20 g de açúcar
1 colher (sopa) se margarina
Modo de Preparo
1.Dilua o fermento em um copo de água morna com o açúcar
2.Misture os outros ingredientes
3.Amassa e levante, empurrando a massa para frente, com a palma da mão e dobrando-a sobre si mesma
4.Se for necessário, coloque mais água e mais farinha
5.A massa não deverá grudar nas mãos
6.Deve ficar com aspecto leve e esponjoso
7.Deixe descansar por duas horas
8.A seguir, amasse novamente e prepare o pão, dando-lhe o formato desejado e coloque no tabuleiro untado
9.Se estiver pegajosa, espalhe mais farinha por cima
10.Deixe que ela descanse mais uma hora
11.Aqueça o forno e pincele o pão com água antes de colocá-lo no forno
12.Assar por 40 minutos mais ou menos
7ª Atividade
Passeio para o Campo de Futebol. Os alunos terão um momento de diversão e conhecimento para conhecer como é um campo e o que te nele: grama, trave, riscos no chão, formas geométricas, arquibancada etc.
8ª Atividade
Confecção do campo de futebol os alunos irão pintar a roupa dos jogadores com tinta plástica em pequenos bonecos de plástico. Em uma caixa de terra será plantada sementes de capim para a reprodução do campo.
Material: Caixa de Madeira, semente de capim, boneco de plástico, tinta plástica.
9ª Atividade
Confecção do jogador da Itália (Mat. A) e França (Mat. B). Será desenhado no papel cartão branco e pintado com tinta, cada aluno pintará uma parte do jogador. Para do desenvolvimento da coordenação motora e o trabalho em grupo.
Material: Papel cartão branco (20), guache (amarelo, azul claro, azul escuro).
10ª Atividade
Confecção da bola de futebol: os alunos pintarão a bola de isopor para reproduzir a bola de futebol. Este será um trabalho em grupo, para o desenvolvimento da coordenação motora e da criatividade.
Material: Bola de isopor (2 Grande), guache (preto, branco).
11ª Atividade
Reprodução da obra “Futebol” de Candido Portinari através da colagem dos personagens que aparece na obra, será realizada em papel colorido. Será realizada a obra por ter nascido no Brasil, seus pais eram imigrantes Italianos e viaja para Paris. Reúne os 3 países trabalhados pelo Maternal.
12ª Atividade
Confecção da lembrança: os alunos irão confeccionar uma mini-taça para levar no dia. Os alunos irão confeccionar a base com biscuit colorida e bolinha de isopor. Os alunos desenvolverão o movimento de amassar e a criatividade.
Material: Biscuit colorida (20), Bolinha de isopor (20 Peq. – Ping-Pong).
13ª Atividade
Pesquisa para os pais realizarem com os filhos: será solicitado para os pais que observem e anotem quais são as mudanças nos locais por causa da copa? Se possível tirar uma foto da família ou do aluno em um momento de jogo ou em algum local que tenha objetos de decoração da copa.
Material: Pesquisa dos pais.
14ª Atividade
Reprodução do ponto turístico:
- Canal de Veneza Itália (Mat. A): Desenvolvendo a criatividade e a montagem de uma maquete.
Material: Placa de Isopor (2 Grossa), gel, argila, paisagem.
- Torre Eiffel França (Mat. B): Desenvolvimento da criatividade e da coordenação motora para a montagem com palitos.
Material: Palito de sorvete amarelo (1.000), gliter dourado.
16ª Atividade
Montagem do jogo da memória com a bandeira dos países trabalhados com caixa de leite e barbante.
Material: Caixa de leite (6), barbante, bandeiras (EVA).
17ª Atividade
Recorte de torcedores da copa. Os pais enviarão diversas figuras de torcedores para a montagem da arquibancada para o campo de futebol. Serão trabalhadas as expressões faciais (feliz, triste, gritando).
18ª Atividade
Confecção do Hino Nacional com figuras. Será desenvolvida a linguagem oral e visual através das imagens.
Material: Hino Nacional, Figuras, cola, papel cartão branco (2).
19ª Atividade
Confecção do mascote, os alunos escolheram um mascote para acompanhar durante todo o projeto.
Material: Opções de mascotes.
12ª Atividade
Confecção da lembrança: os alunos irão confeccionar uma mini-taça para levar no dia. Os alunos irão confeccionar a base com biscuit colorida e bolinha de isopor. Os alunos desenvolverão o movimento de amassar e a criatividade.
Material: Biscuit colorida (20), Bolinha de isopor (20 Peq. – Ping-Pong).
13ª Atividade
Pesquisa para os pais realizarem com os filhos: será solicitado para os pais que observem e anotem quais são as mudanças nos locais por causa da copa? Se possível tirar uma foto da família ou do aluno em um momento de jogo ou em algum local que tenha objetos de decoração da copa.
Material: Pesquisa dos pais.
14ª Atividade
Reprodução do ponto turístico:
- Canal de Veneza Itália (Mat. A): Desenvolvendo a criatividade e a montagem de uma maquete.
Material: Placa de Isopor (2 Grossa), gel, argila, paisagem.
- Torre Eiffel França (Mat. B): Desenvolvimento da criatividade e da coordenação motora para a montagem com palitos.
Material: Palito de sorvete amarelo (1.000), gliter dourado.
16ª Atividade
Montagem do jogo da memória com a bandeira dos países trabalhados com caixa de leite e barbante.
Material: Caixa de leite (6), barbante, bandeiras (EVA).
17ª Atividade
Recorte de torcedores da copa. Os pais enviarão diversas figuras de torcedores para a montagem da arquibancada para o campo de futebol. Serão trabalhadas as expressões faciais (feliz, triste, gritando).
18ª Atividade
Confecção do Hino Nacional com figuras. Será desenvolvida a linguagem oral e visual através das imagens.
Material: Hino Nacional, Figuras, cola, papel cartão branco (2).
19ª Atividade
Confecção do mascote, os alunos escolheram um mascote para acompanhar durante todo o projeto.
Material: Opções de mascotes.
Observação: Esse projeto não é de minha autoria, retirei da Comunidade do Orkut `Projetos para Educação Infantil, tendo como a colaboradora que postou o Projeto
Deborah"
Portanto, segue abaixo modelo de projeto a ser adaptado conforme realidade de suas comunidades escolares. Espero que seja útil.
Rumo ao Hexa!!!!
Projeto Copa do Mundo (para adaptar)
Tema: União das Nações através da Copa do Mundo.
Maternal A – Itália
Maternal B – França
Justificativa
O futebol é uma das maiores paixões do povo brasileiro. Mesmo ganhando ou perdendo as pessoas continuam com a paixão. Quando se fala de Copa do Mundo todos ficam atentos para torcer por seu país, não importa onde está todas as nações se unem e acompanham este grande evento.
Objetivo Geral
O desenvolvimento deste projeto mostrará para o aluno a diferença entre os países, em relação ao modo de se vestir, alimentação e música.
O desenvolvimento deste projeto tem em vista um trabalho interdisciplinar. É possível desenvolver diversos conhecimentos através deste evento, pois o futebol tem um grande espaço em nossa cultura e é preciso lembrar que um evento como a Copa reúne vários países sem a descriminação das diferenças como: raça, religião, classe social etc.
Objetivos Específicos
- Divulgar, valorizar e conhecer as culturas do Brasil, Itália (Mat. A) e França (Mat. B);
- Visualizar danças, músicas, comidas, roupas e pontos turísticos tradicionais de cada país;
- Identificar os países através da bandeira e cores;
- Compreender e Respeitar o trabalho coletivo.
Período de Realização: Março à Agosto 2010.
Apresentação do Projeto: 28/08
Metodologia
- Será usado o laboratório de informática e data show.
- Exibição de fotos dos países e vídeos de futebol.
Passeio do 2º Bimestre
- Visitar um campo de futebol
Temas transversais
Ética: Abordagem da união dos povos através da copa, respeito entre os alunos e as regras, trabalhar o conceito de que nem sempre se vence. Através das derrotas traçamos novas estratégias.
Meio Ambiente: Observar os lugares e as mudanças por causa da copa (enfeites), localizar pontos positivos (torcida) e negativos (sujeira).
Pluralidade Cultural: Verificar se possui costumes dos outros países que nós herdamos. Pesquisar alguns ídolos e montar um painel dos ídolos do futebol da vários países.
Matemática
- Construção de um campo de futebol para localizar as formas geométricas;
- Quantidade de jogadores no campo de futebol.
Língua Portuguesa
- Hino Nacional (confecção do hino com figuras relacionadas às palavras).
Artes
- Criação de um mascote para a sala;
- Reprodução de uma obra de Candido Portinari – Futebol;
- Música Partida de Futebol do Skank;
- Confecção de 1 jogador de futebol do país trabalhado.
Desenvolvimento do Projeto
1ª Atividade
Em um primeiro momento será realizada a seguinte pergunta:
Qual o significado da copa para a família?
Para iniciar o projeto será apresentado o Globo terrestre para mostrar que existem muitos lugares e que cada parte colorida tem um nome, será identificado o Brasil. Após a identificação será mostrada imagens sobre costumes, músicas, comidas e pontos turísticos.
Os alunos irão confeccionar a bandeira do Brasil que ficará exposta na sala (serão identificadas as cores e formas geométricas).
Material: Globo terrestre, 1 papel cartão branco, guache (verde, azul, amarelo, branco).
2ª Atividade
Será realizada uma roda de conversa perguntando para os alunos “O que é futebol?” Cada resposta será anotada para a confecção de um painel.
Após a roda os alunos irão ver vídeos de crianças, personagens e animais jogando bola.
Material: Cartolina, Data show.
3ª Atividade
Através do Globo terrestre os alunos identificarão onde fica a Itália (Mat. A) e França (Mat. B).
Após a localização será confeccionada a bandeira do país que ficará exposta na sala (serão identificadas as formas geométricas e as cores).
Material: Papel Cartão Branco (2), guache (azul, verde, vermelho, branco).
4ª Atividade
Conhecimento das músicas da Itália (Mat. A) e França (Mat. B), momento de muito aprendizado para o conhecimento de um novo ritmo musical.
Material: Som e música.
5ª Atividade
Conhecendo um pouco da cultura da Itália (Mat. A) e França (Mat. B) como costumes, roupas e pontos turísticos. Através de fotos e vídeos.
Material: Data show.
6ª Atividade
Culinária: os alunos irão conhecer um pouco das comidas típicas
- Itália (Mat. A): irá fazer Polenta
Ingredientes
• 2 litros de água
• 1 colher (sopa) de sal
• 2 colheres (sopa) de manteiga
• 400 g de fubá mimoso
Preparo da Receita
Coloque a água para ferver e acrescente o sal e a manteiga. Assim que iniciar a fervura, comece a acrescentar o fubá aos poucos, mexendo sem parar para que não empelote. Colocado todo o fubá, continue a mexer regularmente. Para um perfeito cozimento, o ideal é que a polenta cozinhe por 30 minutos em fogo baixo. Despeje em um refratário e salpique com parmesão, podendo cobrir com o molho de sua preferência.
- França (Mat. B): irá fazer Pão Frances
Ingredientes
½ quilo de farinha de trigo
15 g de fermento para pão
15 g de sal
20 g de açúcar
1 colher (sopa) se margarina
Modo de Preparo
1.Dilua o fermento em um copo de água morna com o açúcar
2.Misture os outros ingredientes
3.Amassa e levante, empurrando a massa para frente, com a palma da mão e dobrando-a sobre si mesma
4.Se for necessário, coloque mais água e mais farinha
5.A massa não deverá grudar nas mãos
6.Deve ficar com aspecto leve e esponjoso
7.Deixe descansar por duas horas
8.A seguir, amasse novamente e prepare o pão, dando-lhe o formato desejado e coloque no tabuleiro untado
9.Se estiver pegajosa, espalhe mais farinha por cima
10.Deixe que ela descanse mais uma hora
11.Aqueça o forno e pincele o pão com água antes de colocá-lo no forno
12.Assar por 40 minutos mais ou menos
7ª Atividade
Passeio para o Campo de Futebol. Os alunos terão um momento de diversão e conhecimento para conhecer como é um campo e o que te nele: grama, trave, riscos no chão, formas geométricas, arquibancada etc.
8ª Atividade
Confecção do campo de futebol os alunos irão pintar a roupa dos jogadores com tinta plástica em pequenos bonecos de plástico. Em uma caixa de terra será plantada sementes de capim para a reprodução do campo.
Material: Caixa de Madeira, semente de capim, boneco de plástico, tinta plástica.
9ª Atividade
Confecção do jogador da Itália (Mat. A) e França (Mat. B). Será desenhado no papel cartão branco e pintado com tinta, cada aluno pintará uma parte do jogador. Para do desenvolvimento da coordenação motora e o trabalho em grupo.
Material: Papel cartão branco (20), guache (amarelo, azul claro, azul escuro).
10ª Atividade
Confecção da bola de futebol: os alunos pintarão a bola de isopor para reproduzir a bola de futebol. Este será um trabalho em grupo, para o desenvolvimento da coordenação motora e da criatividade.
Material: Bola de isopor (2 Grande), guache (preto, branco).
11ª Atividade
Reprodução da obra “Futebol” de Candido Portinari através da colagem dos personagens que aparece na obra, será realizada em papel colorido. Será realizada a obra por ter nascido no Brasil, seus pais eram imigrantes Italianos e viaja para Paris. Reúne os 3 países trabalhados pelo Maternal.
12ª Atividade
Confecção da lembrança: os alunos irão confeccionar uma mini-taça para levar no dia. Os alunos irão confeccionar a base com biscuit colorida e bolinha de isopor. Os alunos desenvolverão o movimento de amassar e a criatividade.
Material: Biscuit colorida (20), Bolinha de isopor (20 Peq. – Ping-Pong).
13ª Atividade
Pesquisa para os pais realizarem com os filhos: será solicitado para os pais que observem e anotem quais são as mudanças nos locais por causa da copa? Se possível tirar uma foto da família ou do aluno em um momento de jogo ou em algum local que tenha objetos de decoração da copa.
Material: Pesquisa dos pais.
14ª Atividade
Reprodução do ponto turístico:
- Canal de Veneza Itália (Mat. A): Desenvolvendo a criatividade e a montagem de uma maquete.
Material: Placa de Isopor (2 Grossa), gel, argila, paisagem.
- Torre Eiffel França (Mat. B): Desenvolvimento da criatividade e da coordenação motora para a montagem com palitos.
Material: Palito de sorvete amarelo (1.000), gliter dourado.
16ª Atividade
Montagem do jogo da memória com a bandeira dos países trabalhados com caixa de leite e barbante.
Material: Caixa de leite (6), barbante, bandeiras (EVA).
17ª Atividade
Recorte de torcedores da copa. Os pais enviarão diversas figuras de torcedores para a montagem da arquibancada para o campo de futebol. Serão trabalhadas as expressões faciais (feliz, triste, gritando).
18ª Atividade
Confecção do Hino Nacional com figuras. Será desenvolvida a linguagem oral e visual através das imagens.
Material: Hino Nacional, Figuras, cola, papel cartão branco (2).
19ª Atividade
Confecção do mascote, os alunos escolheram um mascote para acompanhar durante todo o projeto.
Material: Opções de mascotes.
12ª Atividade
Confecção da lembrança: os alunos irão confeccionar uma mini-taça para levar no dia. Os alunos irão confeccionar a base com biscuit colorida e bolinha de isopor. Os alunos desenvolverão o movimento de amassar e a criatividade.
Material: Biscuit colorida (20), Bolinha de isopor (20 Peq. – Ping-Pong).
13ª Atividade
Pesquisa para os pais realizarem com os filhos: será solicitado para os pais que observem e anotem quais são as mudanças nos locais por causa da copa? Se possível tirar uma foto da família ou do aluno em um momento de jogo ou em algum local que tenha objetos de decoração da copa.
Material: Pesquisa dos pais.
14ª Atividade
Reprodução do ponto turístico:
- Canal de Veneza Itália (Mat. A): Desenvolvendo a criatividade e a montagem de uma maquete.
Material: Placa de Isopor (2 Grossa), gel, argila, paisagem.
- Torre Eiffel França (Mat. B): Desenvolvimento da criatividade e da coordenação motora para a montagem com palitos.
Material: Palito de sorvete amarelo (1.000), gliter dourado.
16ª Atividade
Montagem do jogo da memória com a bandeira dos países trabalhados com caixa de leite e barbante.
Material: Caixa de leite (6), barbante, bandeiras (EVA).
17ª Atividade
Recorte de torcedores da copa. Os pais enviarão diversas figuras de torcedores para a montagem da arquibancada para o campo de futebol. Serão trabalhadas as expressões faciais (feliz, triste, gritando).
18ª Atividade
Confecção do Hino Nacional com figuras. Será desenvolvida a linguagem oral e visual através das imagens.
Material: Hino Nacional, Figuras, cola, papel cartão branco (2).
19ª Atividade
Confecção do mascote, os alunos escolheram um mascote para acompanhar durante todo o projeto.
Material: Opções de mascotes.
Observação: Esse projeto não é de minha autoria, retirei da Comunidade do Orkut `Projetos para Educação Infantil, tendo como a colaboradora que postou o Projeto
Deborah"
Refletir vale a pena !
♥VIDA♥
Mário Quintαnα
A vidα são deveres que nós trouxemos prα fαzer em cαsα.
Quαndo se vê, já são seis horαs!
Quαndo se vê, já é sextα-feirα. . .
Quαndo se vê, já terminou o αno. . .
Quαndo se vê, pαssαrαm-se 50 αnos!
Agorα é tαrde demαis
pαrα ser reprovαdo. . .
Se me fosse dαdo um diα,
outrα oportunidαde,
eu nem olhαvα o relógio.
Seguiriα sempre em frente
e iriα jogαndo, pelo cαminho,
α cαscα dourαdα
e inútil dαs horαs. . .
Dessα formα eu digo,
não deixe de fαzer αlgo que gostα
devido α fαltα de tempo,
α únicα fαltα que terá, será desse
tempo que infelizmente não voltαrá mαis.
Mário Quintαnα
A vidα são deveres que nós trouxemos prα fαzer em cαsα.
Quαndo se vê, já são seis horαs!
Quαndo se vê, já é sextα-feirα. . .
Quαndo se vê, já terminou o αno. . .
Quαndo se vê, pαssαrαm-se 50 αnos!
Agorα é tαrde demαis
pαrα ser reprovαdo. . .
Se me fosse dαdo um diα,
outrα oportunidαde,
eu nem olhαvα o relógio.
Seguiriα sempre em frente
e iriα jogαndo, pelo cαminho,
α cαscα dourαdα
e inútil dαs horαs. . .
Dessα formα eu digo,
não deixe de fαzer αlgo que gostα
devido α fαltα de tempo,
α únicα fαltα que terá, será desse
tempo que infelizmente não voltαrá mαis.
segunda-feira, 5 de abril de 2010
Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil
OS RCNEI’S E SUA CONTRIBUIÇÃO PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL
Nayara Barrocal
Norteia todo o trabalho a ser desenvolvido na Educação Infantil;
Apresenta a Tríade da Educação Infantil: Interligação do Cuidar, Educar e Brincar.
INFÂNCIA AO LONGO DOS TEMPOS
Antigamente a criança não era vista como tal, não tinha particularidades;
Eram consideradas adultas em miniatura;
Atualmente, ainda não possuem os direitos garantidos a não ser nas Leis.
CONCEPÇÃO DE CRIANÇA
Sujeito social e histórico;
Integrante de uma família;
Membro de uma sociedade e de uma determinada cultura.
OS CAMINHOS PERCORRIDOS PELA EDUCAÇÃO INFANTIL
1988 – Constituição Federal;
1990 – ECA;
1996 – LDBEN;
1998 – RCNEI’S.
O QUE MUDOU
ANTES
Assistencialismo;
Espaço seguro.
DEPOIS
Cuidar; Educar;
Brincar;
Proteger;
Compreender.
OBJETIVO DO REFERENCIAL
“Apontar metas de qualidade que contribuam para que as crianças tenham um desenvolvimento integral de suas identidades, capazes de crescerem como cidadãos cujos direitos a infância, são reconhecidos.” (BRASIL, 1998, p.3, v.1)
ORGANIZAÇÃO DO DOCUMENTO
1. Formação Pessoal e Social e conhecimento de Mundo;
2. Identidade e Autonomia;
3. Eixos Temáticos: Matemática, Música, Movimento, Artes Visuais; Linguagem Oral e Escrita; Natureza e Sociedade
OBJETIVOS DA EDUCAÇÃO INFANTIL
Desenvolver imagem positiva de si, atuando de forma mais independente, com confiança em suas capacidades e percepção de suas limitações;
Descobrir e conhecer seu próprio corpo, suas potencialidades e seus limites, desenvolvendo hábitos de cuidados com sua saúde e bem estar;
Estabelecer vínculos afetivos e de troca com adultos e crianças, fortalecendo sua auto-estima e ampliando suas possibilidades de comunicação e interação social;
Observar e explorar o ambiente com atitude de curiosidade, percebendo-se cada vez mais como integrante, dependente, e agente transformador do meio ambiente e valorizando atitudes que contribuam para sua conservação;
Conhecer algumas manifestações culturais, demonstrando atitudes de interesse, respeito e participação frente a elas e valorizando a diversidade;
Proporcionar a criança um ambiente onde ela possa desenvolver em socialização com outras crianças e adultos, contribuindo para reconhecimento do outro e a constatação das diferenças entre as pessoas para o enriquecimento de si próprias;
Conhecer uma educação em direção a autonomia, onde as crianças são consideradas como seres com vontades próprias, capazes e competentes para construir conhecimentos e, dentro de suas possibilidades interiores no meio em que vivem;
Promover o crescimento e desenvolvimento saudável da criança atendendo as necessidades de afeto, alimentação, segurança e integridade corporal e psíquica.
O QUE É IMPORTANTE PARA SER UM PROFISSIONAL DA EDUCAÇÃO INFANTIL?
Afeto pelas crianças;
Formação acadêmica;
Formação continuada;
Olhar atento e curioso;
Professor investigador, pesquisador.
Minha Concepção de Infância
sexta-feira, 26 de março de 2010
Dia do livro - 18 de Abril
Dia 18 de Abril comemoramos o nascimento de Monteiro Lobato, e por conta deste fato, comemoramos também o Dia Nacional do Livro.
Sabendo disso, seria interessante aproveitar a data para mostrar as crianças o quão prazeroso e divertido pode ser o mundo da leitura.
Sugiro que façam um dia diferente com livros presos em árvores, cartazes informativos pelos corredores, personagens do sítio para receber as crianças e em cada sala poderia ser contada uma história do autor com muita ludicidade.
Vejam as fotos, apreciem e desenvolvam a criatividade de cada um.
um cheiro.
ATIVIDADES PARA A PÁSCOA:
Chicotinho queimado com ovos!
Idade: 3 - 12 anos
Material: Mini ovos de chocolate (no mínimo 1 por criança)
Objetivo: Associar palavras. Realizar trabalho em equipe. Compreender o jogo competitivo.
Jogando:
Dividir as crianças em duas ou mais equipes.
Esconder os mini ovos em diversos locais.
Informar às crianças se estão perto ou longe dos ovos.
Quente: perto
Frio: longe.
Os ovos encontrados serão colocados em cestas. A equipe que recolher mais ovos será a vencerdora.
Ao final juntar todos os ovos e distribuir para as crianças.
Corrida da colher com ovos de Páscoa.
Idade: 5 - 12 anos
Material: Ovos pequenos de chocolate (no mínimo 1 por criança), colher (1 por equipe), cones (1 por equipe), cestos (1 por equipe) giz.
Objetivo: Executar habilidades motoras fundamentais de locomoção e estabilização. Realizar trabalho em equipe. Compreender o jogo competitivo.
Jogando:
Dividir as crianças em duas ou mais equipes arrumadas em colunas.
Marcar a linha de saída com giz. Colocar na extremidade oposta os cones.
As colunas devem ficar atrás da linha, um cesto com ovos de chocolate deverá ser colocado ao lado da primeira criança.
A criança que estiver na frente deverá pegar um ovo na cesta, colocar na colher e condizir, o mais rápido possível até dar a volta pelo cone e retornar para sua equipe, entregando a colher para o próximo da coluna. E assim sucessivamente. A equipe que terminar primeiro será vencedora.
Ao final cada criança fica com o ovo que usou na brincadeira.
Mímica de Páscoa
Idade: 7 - 14 anos
Material: Cartões com desenhos/palavras que retratem símbolos da Páscoa (ovos, coelho, cesta, símbolos religiosos, alimentos)
Objetivo: Discutir o significado da Páscoa. Expressar-se gestualmente.
Jogando:
Em uma roda de conversa discutir o significado da Páscoa e de seus símbolos. Esclarecer eventuais dúvidas.
Cada criança deverá retirar um cartão sem que as demais vejam. Um participante por vez realizará mimica que represente seu cartão e as demais tentarão adivinhar o que é.
Pode ser feito em grupo.
As atividades acima foram retiradas do blog:
http://pragentemiuda.blogspot.com
Páscoa chegando! Permita-se renascer!
A Páscoa tá chegando, a gente lembra do chocolate e dos ovos, mas esquece do verdadeiro sentido desta data. Vamos, como educadores, apresentar para nossas crianças, a real história que comemoramos!
Como sugestão, deixo algumas coisinhas, mas lembre-se de trabalhar a morte e ressureição do nosso amado Jesus!
Com carinho.
quarta-feira, 24 de março de 2010
Presente!! Oba!!!
quinta-feira, 18 de março de 2010
Tem marmelada! Tem sim senhor!!!
Não gosto muito de entregar lembranças prontas as crianças, prefiro construir com elas, pois acredito que tem maior significado já que ajudaram a produzir. Além disso, penso que as datas comemorativas são repetitivas, mas como algumas pessoas pediram, seguem minhas sugestões para desenvolver com os pequeninos.
O que um alfabetizador precisa saber...
* Como é feito o diagnóstico e a intervenção psicopedagógica.
* Os níveis conceituais da escrita e da leitura que as crianças trazem ao chegar à escola, ou que alcançaram em um determinado momento.
* Como fazer o diagnóstico dos estágios cognitivos e dos níveis operatórios em que as crianças se encontram e como identificá-los.
* Como diagnosticar os conhecimentos matemáticos que já possuem.
* Que habilidades linguísticas, artísticas e sociais as crianças já alcançaram e as que precisam alcançar.
* Como agrupar ou enturmar os alunos após o diagnóstico.
* Os pressupostos teóricos para uma Intervenção Psicopedagógica.
* Como intervir na Zona de desenvolvimento Proximal de cada criança ou grupo de crianças para que todos os alunos, no final do processo, atinjam patamares comuns de conhecimento.
* Quais são as formas de intervenção psicopedagógica no aprender das crianças.
* Quais são as mudanças, na prática pedagógica e na postura do educador, necessárias para uma intervenção psicopedagógica pelo professor.
Fonte: Coleção Para Casa ou Para Sala de Aula?
* Os níveis conceituais da escrita e da leitura que as crianças trazem ao chegar à escola, ou que alcançaram em um determinado momento.
* Como fazer o diagnóstico dos estágios cognitivos e dos níveis operatórios em que as crianças se encontram e como identificá-los.
* Como diagnosticar os conhecimentos matemáticos que já possuem.
* Que habilidades linguísticas, artísticas e sociais as crianças já alcançaram e as que precisam alcançar.
* Como agrupar ou enturmar os alunos após o diagnóstico.
* Os pressupostos teóricos para uma Intervenção Psicopedagógica.
* Como intervir na Zona de desenvolvimento Proximal de cada criança ou grupo de crianças para que todos os alunos, no final do processo, atinjam patamares comuns de conhecimento.
* Quais são as formas de intervenção psicopedagógica no aprender das crianças.
* Quais são as mudanças, na prática pedagógica e na postura do educador, necessárias para uma intervenção psicopedagógica pelo professor.
Fonte: Coleção Para Casa ou Para Sala de Aula?
A PRESENÇA DO TEXTO NA SALA DE AULA DO 1º ANO
A escola a muito tempo trabalha com situações de leitura e escrita de modo artificial, utilizando cartilhas com “textos” que não existem fora da escola, pois se constituem num amontoado de frases sem sentido. É importante trabalhar com textos ricos, que existem no nosso cotidiano e depois extrapolar essa realidade.
Um texto não se define por sua extensão, não precisa necessariamente ter muita coisa escrita. Para ser um texto basta ter coerência com a situação comunicativa, ter um significado para quem lê e para quem escreve.
É na interação com os textos que os alfabetizandos descobrem muitas e valiosas informações sobre a escrita: o espaço existente entre as palavras, o uso de letras maiúsculas, os sinais de pontuação, as regras do sistema alfabético, ou seja, como combinar as letras e outras unidades da língua para representar histórias, fatos, pensamentos, sentimentos e emoções.
O texto nas suas várias formas, desenhado, cantado, escrito, dramatizado, recitado deverá ser a unidade básica de trabalho. Onde podemos encontrar estes textos?
• No nome de cada um;
• Nas histórias de vida;
• Nos panfletos;
• Nas cartas, telegramas;
• Nas contas de luz, água, telefone;
• Nos out – door;
• Nas receitas culinárias;
• Nas lendas
• Nas listas de compras.
A HETEROGEINEIDADE NA SALA DE AULA
Durante muito tempo a escola insistiu em trabalhar com a idéia que os conhecimentos dos alunos são semelhantes. O mito do ideal da homogeneidade é forte para muitos professores, por isto, ao deparar-se com uma turma heterogênea muitos se assustam. Pensando nisto apresentamos algumas sugestões de atividades:
Exemplo ao trabalhar com o tema MEIO AMBIENTE:
• O grupo A pode usar texto: poesias, notícias, panfletos. Os alunos poderão fazer leitura e produção de textos.
• O grupo B pode utilizar cartazes com nome de alguns seres da natureza. Registrar as palavras, decompô-las, formar novas palavras, identificar entre os alunos quem tem o nome iniciado com a mesma letra.
CLASSIFICAÇÃO DOS TIPOS DE TEXTOS
TEXTOS LITERÁRIOS
• CONTO
• NOVELA
• PEÇA DE TEATRO
• POEMA
TEXTOS JORNALISTICOS
• NOTICIA
• ARTIGO DE OPINIÃO
• REPORTAGEM
• ENTREVISTA
TEXTOS DE INFORMAÇÃO CIENTIFICA
• NOTA DE ENCICLOPÉDIA
• BIGRAFIA
• BERBETE DE DICIONÁRIO
• BULA
TEXTOS INSTRUCIONAIS
• RECEITA
• REGRAS
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TEXTOS PUBLICITÁRIOS
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• FOLHETOS
• PANFLETOS
• CARTAZES
Seguem abaixo algumas sugestões de como trabalhar com o texto:
1. Para os alunos que ainda não fazem relações entre o que se fala e o que se escreve e apresenta a escrita em forma de garatujas, sem presença de letra ou com algumas letras convencionais e outras inventadas por elas o trabalho do educador terá como objetivos:
Fazê-los perceber que se escreve com letras através do manuseio de livros, jornais, cartazes, etc...
Levá-los a escrever com letras através de escritas do nome, registro de textos conhecidos (Exemplo – letras de músicas).
Fazê-los reconhecer nomes de marcas, rótulos de embalagens freqüentes no seu cotidiano.
2. Para os alunos que sabe que há uma relação entre o que se fala e o que se escreve, mas que acreditam, que representamos cada som da fala com apenas uma letra, o trabalho do educador terá como objetivos:
Levar os alunos a perceber que para cada som há uma letra, através da escrita de textos já memorizados, do conhecimento de nomes significativos, etc.
Proporcionar a descoberta da sílaba como agrupamento de consoante e vogal através de atividades como:
a) leitura de textos variados
b) roleta de palavras
c) listagens (meses do ano, profissões, compras, etc.)
d) folhinha de palavras
3. Para os alunos que já adquiriram o entendimento que as palavras são formadas por sílabas e por sua vez são formadas por pequenos agrupamentos de letra, o educador terá como objetivos:
Desenvolver o prazer de escrever.
Compreender os usos sociais da escrita e até mesmo as complexidades que a escrita apresenta.
Para tanto são interessantes atividades como:
a) Escrever cartas;
b) Fazer bilhetes;
c) Fazer poesias;
d) Escrever notícias;
e) Palavras cruzadas;
f) Caça – palavras;
g) Completar textos ou palavras;
h) Trabalhar com textos conhecidos.
ETAPAS PARA A EXPLORAÇÃO DO TEXTO
1ª ETAPA:
a) Exploração do título e formulação de hipóteses sobre o tema geral e os significados prováveis do texto;
b) Leitura natural do texto completo (feito em voz alta pelo professor);
c) Troca de idéias com a turma sobre o que compreenderam da leitura. Busca de relações entre o texto e os conhecimentos e experiências dos alfabetizandos;
d) Identificação do gênero do texto;
e) Leitura didática feita pelo professor que aponta as palavras uma a uma. A turma acompanha e repete;
f) Observação de aspectos formais da escrita como sistema de representação: direção (da esquerda para direita), limites gráficos das frases (onde começam e onde terminam), número de frases, uso de letras maiúsculas e minúsculas, pontuação, espaço entre as letras;
g) Repetição da leitura do texto, ora pela turma toda, ora por um único aluno.
2ª ETAPA:
a) Decomposição do texto
O objetivo desta etapa é reconhecer cada uma das frases que compõem o texto. Abaixo, estão descritos os passos a serem desenvolvidos para esta proposta:
• Escrever as frases em tiras de papel ou cartolina. Pedir que os alunos arrumem na ordem que aparecem no texto;
• Alterar a ordem das frases e levar a turma a verificar o que acontece;
• Dizer uma frase em voz alta e pedir ao aluno que encontre a tira correspondente;
• Esconder uma das tiras e pedir que o aluno descubra a frase ou palavra que está faltando;
• Deixar os alunos trabalharem em grupo com as tiras criando suas próprias atividades.
b) Exercício para análise das palavras
• Distinguir sílabas iguais;
• Contar as sílabas oralmente, batendo palmas;
• Procurar palavras que rime com a palavra-chave;
• Organizar listas de palavras que contém sílabas iguais.
c) Criação coletiva de textos
• Criação de anúncios;
• Invenção de uma pequena história;
• Dar título a uma história;
• Criar um acróstico;
• Fazer lista de compras;
• Escrever um bilhete, uma carta;
• Escrever uma quadrinha, uma poesia.
COMO ORGANIZAR O TEMPO E O ESPAÇO DA SALA DE AULA DO 1º ANO
ORGANIZANDO O ESPAÇO
AMBIENTE ALFABETIZADOR
É importante criar na sala de aula um ambiente alfabetizador, com vários tipos de materiais escritos para despertar no alfabetizando o interesse pela aprendizagem da leitura e da escrita.
Este ambiente vai mostrar a utilidade da escrita, bem como a importância de saber ler no dia-a-dia, para facilitar a vida. O alfabetizando vai assim, situando-se no mundo em que vive. Para isto, é necessário arrumar a sala com material escrito de dois tipos:
1. MATERIAL PERMANENTE:
a) o nome do município onde a escola está localizada;
b) o alfabeto com vários tipos de letras: imprensa e cursiva ( maiúsculas e minúsculas);
c) lista com os nomes completos dos alunos;
d) nome completo do(a) professor(a);
e) calendário anual;
f) mapas do Brasil, da Bahia e do município.
2. MATERIAL ROTATIVO:
a) jornais e revistas;
b) livros variados;
c) dicionário;
d) rótulos ou embalagens de: remédios, alimentos, material de higiene, etc.;
e) bulas de remédios, receitas;
f) listas de: compras, material escolar, etc.;
g) cartas, bilhetes, cartões, propagandas;
h) jornal mural:
• Exposição de produções dos alfabetizandos: desenhos, escritos, recados, mensagens, avisos, etc.;
• Exposição de materiais diversos: tudo que acharem úteis e interessantes ao trabalho e ao estímulo e desenvolvimento do alfabetizando: folhetos, panfletos, propagandas, notícias de jornais, receitas, horóscopo, etc.
Parte deste material rotativo deve ser trazido pelos alfabetizandos. O professor pede que eles procurem em casa ou em outros locais, objetos que tenham coisas escritas. Durante o trabalho, pede-se ao grupo para observar o que há naquela parte, o que existe de novo, quem trouxe, para que serve, fazendo-se comentários e discussões sobre o valor de tudo aquilo. A medida que outros alunos forem trazendo outros objetos, a gente vai substituindo os já vistos e comentados pela turma por aqueles novos, sempre dialogando sobre sua utilidade e a colaboração de quem trouxe.
Finalmente, a sala transformada num ambiente alfabetizador vai estimular mais os alunos, quebrar a rotina, pois cada semana pode ter algo novo e diferente (do material rotativo) para ser trabalhado. Assim o alfabetizando vai situando-se no mundo em que vive através da observação de escritos nos vários objetos e lugares e de diferentes formas. A escrita passa a ser objeto de conhecimento, pois partindo da observação e comparação, o alfabetizando é levado a experimentar a escrever as letras formando palavras, pondo no papel suas hipóteses e idéias. É levado a criar sua própria escrita.
DIÁLOGO, PONTO DE PARTIDA
O diálogo, a discussão são pontos de partida para a ação alfabetizadora. Temos que partir da leitura do mundo, como nos diz Paulo Freire, da discussão sobre os problemas da comunidade sobre os acontecimentos locais ou nacionais, para daí trabalhar a aprendizagem da leitura de textos e da escrita. Como realizar este diálogo?
A discussão mesmo iniciada espontaneamente, tem que ser orientada, coordenada pelo professor e que se tenha objetivo claro do que se quer. Partindo-se daí, segue-se com uma atividade a partir do resultado das discussões organiza-se um texto coletivo, para trabalhar depois, partindo dele, os conhecimentos específicos de Português, Matemática, Ciências, Geografia, História, etc.
O alfabetizador também é membro da comunidade, e como tal, precisa participar da vida dessa comunidade e estar informado do que está acontecendo. Só assim, ele pode puxar a discussão na turma, planejando antes e sabendo onde quer chegar com aquele diálogo e o que vai fazer depois... Pode e deve também aproveitar alguma conversa que surge entre os alfabetizandos, para discutir com toda a turma e prosseguir com as atividades do dia. Se, para isto for necessário a presença de alguém da comunidade ou de pessoas de fora que possam ajudar na discussão, é importante pois valoriza e estimula a participação e o debate.
A discussão na sala pode partir também de algo novo ou de problemas já existentes ou hábitos que precisam ser mudados. Pode-se começar fazendo perguntas, para eles opinem e discutam entre si. Cada um dá sua opinião e o professor coordena o debate, ouvindo e levando aos outros a escutarem o colega, e no caso das crianças, aprenderem a aceitar opiniões e ponto de vista diferente do seu. Os mais tímidos devem ser estimulados a participarem, para isto pode ser desenvolvidas dinâmicas como passa e repassa, batata quente, etc.
ORGANIZANDO O TEMPO
A programação das atividades de sala de aula prevê a construção de uma rotina que dará ao aluno uma visão prévia do que vai acontecer ajudando-o a organizar o seu pensamento e o seu material em função dessas atividades.
Ao organizar o tempo, devem ser observadas as necessidades e ritmo de cada grupo, contudo é interessante que esta rotina garanta:
1. Leitura diária na sala de aula (contos de fadas, poemas, notícias, histórias, adivinhações, trava-língua, parlendas, etc.)
2. Escrita diária na sala de aula (que pode ser dividido em vários momentos).
3. Conversa diária com os alunos que pode ser um comentário de: um passeio feito pela turma, do noticiário, de um filme que a turma assistiu.
4. Exploração do tema gerador que pode ser através de exposição participada, que devem ser introduzidos através de dinâmicas e a partir de conversas e discussões, palestras, pesquisas, passeios, filmes.
5. Atividades complementares – que são de igual importância como:
• Tempo para realização de projetos;
• Atividades lúdicas (dominó, bingo, caça-palavra, forca, materiais como blocos lógicos, tangram, jogos de montar, quebra-cabeça);
• Atividades artísticas: pintura, desenho, modelagem, recorte e colagem.
AMBIENTE ALFABETIZADOR
É importante criar na sala de aula um ambiente alfabetizador, com vários tipos de materiais escritos para despertar no alfabetizando o interesse pela aprendizagem da leitura e da escrita.
Este ambiente vai mostrar a utilidade da escrita, bem como a importância de saber ler no dia-a-dia, para facilitar a vida. O alfabetizando vai assim, situando-se no mundo em que vive. Para isto, é necessário arrumar a sala com material escrito de dois tipos:
1. MATERIAL PERMANENTE:
a) o nome do município onde a escola está localizada;
b) o alfabeto com vários tipos de letras: imprensa e cursiva ( maiúsculas e minúsculas);
c) lista com os nomes completos dos alunos;
d) nome completo do(a) professor(a);
e) calendário anual;
f) mapas do Brasil, da Bahia e do município.
2. MATERIAL ROTATIVO:
a) jornais e revistas;
b) livros variados;
c) dicionário;
d) rótulos ou embalagens de: remédios, alimentos, material de higiene, etc.;
e) bulas de remédios, receitas;
f) listas de: compras, material escolar, etc.;
g) cartas, bilhetes, cartões, propagandas;
h) jornal mural:
• Exposição de produções dos alfabetizandos: desenhos, escritos, recados, mensagens, avisos, etc.;
• Exposição de materiais diversos: tudo que acharem úteis e interessantes ao trabalho e ao estímulo e desenvolvimento do alfabetizando: folhetos, panfletos, propagandas, notícias de jornais, receitas, horóscopo, etc.
Parte deste material rotativo deve ser trazido pelos alfabetizandos. O professor pede que eles procurem em casa ou em outros locais, objetos que tenham coisas escritas. Durante o trabalho, pede-se ao grupo para observar o que há naquela parte, o que existe de novo, quem trouxe, para que serve, fazendo-se comentários e discussões sobre o valor de tudo aquilo. A medida que outros alunos forem trazendo outros objetos, a gente vai substituindo os já vistos e comentados pela turma por aqueles novos, sempre dialogando sobre sua utilidade e a colaboração de quem trouxe.
Finalmente, a sala transformada num ambiente alfabetizador vai estimular mais os alunos, quebrar a rotina, pois cada semana pode ter algo novo e diferente (do material rotativo) para ser trabalhado. Assim o alfabetizando vai situando-se no mundo em que vive através da observação de escritos nos vários objetos e lugares e de diferentes formas. A escrita passa a ser objeto de conhecimento, pois partindo da observação e comparação, o alfabetizando é levado a experimentar a escrever as letras formando palavras, pondo no papel suas hipóteses e idéias. É levado a criar sua própria escrita.
DIÁLOGO, PONTO DE PARTIDA
O diálogo, a discussão são pontos de partida para a ação alfabetizadora. Temos que partir da leitura do mundo, como nos diz Paulo Freire, da discussão sobre os problemas da comunidade sobre os acontecimentos locais ou nacionais, para daí trabalhar a aprendizagem da leitura de textos e da escrita. Como realizar este diálogo?
A discussão mesmo iniciada espontaneamente, tem que ser orientada, coordenada pelo professor e que se tenha objetivo claro do que se quer. Partindo-se daí, segue-se com uma atividade a partir do resultado das discussões organiza-se um texto coletivo, para trabalhar depois, partindo dele, os conhecimentos específicos de Português, Matemática, Ciências, Geografia, História, etc.
O alfabetizador também é membro da comunidade, e como tal, precisa participar da vida dessa comunidade e estar informado do que está acontecendo. Só assim, ele pode puxar a discussão na turma, planejando antes e sabendo onde quer chegar com aquele diálogo e o que vai fazer depois... Pode e deve também aproveitar alguma conversa que surge entre os alfabetizandos, para discutir com toda a turma e prosseguir com as atividades do dia. Se, para isto for necessário a presença de alguém da comunidade ou de pessoas de fora que possam ajudar na discussão, é importante pois valoriza e estimula a participação e o debate.
A discussão na sala pode partir também de algo novo ou de problemas já existentes ou hábitos que precisam ser mudados. Pode-se começar fazendo perguntas, para eles opinem e discutam entre si. Cada um dá sua opinião e o professor coordena o debate, ouvindo e levando aos outros a escutarem o colega, e no caso das crianças, aprenderem a aceitar opiniões e ponto de vista diferente do seu. Os mais tímidos devem ser estimulados a participarem, para isto pode ser desenvolvidas dinâmicas como passa e repassa, batata quente, etc.
ORGANIZANDO O TEMPO
A programação das atividades de sala de aula prevê a construção de uma rotina que dará ao aluno uma visão prévia do que vai acontecer ajudando-o a organizar o seu pensamento e o seu material em função dessas atividades.
Ao organizar o tempo, devem ser observadas as necessidades e ritmo de cada grupo, contudo é interessante que esta rotina garanta:
1. Leitura diária na sala de aula (contos de fadas, poemas, notícias, histórias, adivinhações, trava-língua, parlendas, etc.)
2. Escrita diária na sala de aula (que pode ser dividido em vários momentos).
3. Conversa diária com os alunos que pode ser um comentário de: um passeio feito pela turma, do noticiário, de um filme que a turma assistiu.
4. Exploração do tema gerador que pode ser através de exposição participada, que devem ser introduzidos através de dinâmicas e a partir de conversas e discussões, palestras, pesquisas, passeios, filmes.
5. Atividades complementares – que são de igual importância como:
• Tempo para realização de projetos;
• Atividades lúdicas (dominó, bingo, caça-palavra, forca, materiais como blocos lógicos, tangram, jogos de montar, quebra-cabeça);
• Atividades artísticas: pintura, desenho, modelagem, recorte e colagem.
O PROFESSOR ALFABETIZADOR E A AÇÃO PEDAGÓGICA
A partir dos trabalhos como de Paulo Freire e Emília Ferreiro a atuação do professor alfabetizador deixa de ser meramente de reprodução de métodos e ganha uma dimensão político pedagógica mais crítica e consciente. É um agente de transformação que busca a partir de uma realidade que não condiz com ideal de sociedade que acredita e defende.
Por isto, cada atitude, cada escolha tem que ser consciente e segura. Em primeiro lugar deve ter claro um conceito de Alfabetização que acredita e defende. Quando o alfabetizador considera que alfabetizar é ajudar alguém a dar sons às letras e sílabas, ele coloca a repetição e a memorização no lugar central de suas atividades. Para este alfabetizador, seu papel é ajudar no trabalho de memorização de letras e sílabas. Contudo se compreende alfabetização como o processo que o indivíduo cria hipóteses, estabelece relações e constrói conceitos de como a língua escrita funciona e qual sua função social, que pensa sobre a escrita, irá buscar situações que façam o alfabetizando por em prática suas conclusões, ou seja que produza e que reflita sobre esta ação.
O professor que acredita nesta segunda concepção se tornará um problematizador, ou seja, alguém que propõe desafios, que coloque o alfabetizando na condição de autor. Seu papel é propor atividade onde a escrita apareça como instrumento de interação, pois a aquisição da leitura e escrita ocorre quando é usada de forma real, concreta, não de forma artificial e simulada.
Nesta concepção alfabetizando e alfabetizador compartilham “saberes” e experiências, numa forma conjunta de ensinar e aprender coletivamente.
De que forma pode agir o educador para que isto fique claro e se concretize com o seu grupo de alfabetizandos?
Vejamos algumas sugestões:
1. O alfabetizador cria situações quando por exemplo pede aos alfabetizandos para:
• Ler uma quadra, quando ainda estão aprendendo a ler;
• Descobrir o significado da palavra quadra;
• Encontrar as rimas de uma quadra;
• Criar rimas;
• Escrever uma quadra que conheçam de cor, mas tinham dúvidas sobre como escrevê-la.
Um problema só ajuda a aprender quando, para resolvê-lo, o alfabetizando usa os conhecimento que tem e precisa ir além deles.
2. O alfabetizador dá as informações necessárias para que os alfabetizandos avancem no conhecimento da língua escrita:
• Ler um trecho de história para que eles comparem dois tipos de textos diferentes e descubram as características da quadra;
• Apresentar, por exemplo, as rimas e a divisão em versos como elemento característico de uma quadra;
• Perguntar o significado de palavras, neste caso quadra, para que os alfabetizandos conhecessem o nome deste tipo de poesia, sabendo o porquê dele.
O professor tem a função de levar a informação necessária para que os alunos avancem na construção do conhecimento. Pode fazer isto de maneira direta quando dá uma explicação, faz uma exposição de conteúdo, ou indireta quando lê texto em classe sobre o tema que está sendo estudado, fazendo perguntas, apresentando exemplos que façam pensar.
3. O alfabetizador facilita as discussões sobre os problemas surgidos, permitindo o aparecimento de diferentes pontos de vista:
• Fazer trabalho em dupla ou em grupo, pois o trabalho principalmente em dupla é importante no processo de alfabetização, facilita a troca entre colegas. Na dupla as idéias dos participantes são defendidas com maior facilidade.
• Fazer perguntas sobre o tema, incentiva a participação;
• Saber apresentar e discutir é importante, bem como aprender a conviver com as diferenças.
4. O alfabetizador incentiva as descobertas necessárias ao progresso no domínio da escrita até o alfabetizando chegar a um conhecimento próximo ao que está socialmente estabelecido. Ele cumpre esta função quando:
• Acompanhar o trabalho dos grupos/ dupla/ individual apresentando sugestões;
• Corrigir o texto no quadro junto com toda a turma;
• Estimular a reescrita de um texto, ou a criação de outro.
O alfabetizador tem objetivos a atingir, para tanto tem que planejar adequadamente, com a função de organizar os conhecimentos que vão surgindo durante todo momento. Para alcançar tais objetivos, o professor alfabetizador faz uso de suas ferramentas de trabalho que são:
• Observação – é importante olhar o educando com o propósito de conhecê-lo (quem é meu aluno, o que faz, o que sabe, que sonhos traz, como entende o mundo);
• O planejamento;
• A avaliação;
• O relatório.
Trabalhando com receitas na Páscoa
Trabalhar na Educação Infantil com receitas é sempre muito estimulante e agradável a todos os envolvidos. Na Páscoa, em especial podemos contextualizar a data com todos os eixos temáticos sugeridos pelo RCNEI e desta forma, proporcionaremos uma aprendizagem efetiva de forma prazerosa.
Segue abaixo uma deliciosa receita e um roteiro destacando pontos importantes desta proposta.
Receita
Ovinhos de chocolate
Ingredientes:
1 kg de açúcar
500 g de chocolate em pó
1 garrafa pequena de leite de coco
1 lata de leite em pó
Modo de fazer:
Misturar todos os ingredientes, amassando até obter o ponto de massinha de modelar, desgrudando das mãos. Enrolar os ovinhos e embrulhar no papel alumínio.
Objetivos
Explorar os rótulos dos produtos utilizados na receita, observando a data de validade, a importância do código de barras, o nome do produto, a conservação, com a embalagem aberta e fechada, o peso, o símbolo de reciclagem.
Mostrar que a receita tem uma maneira de escrever que permite visualização, diferente de uma história, um texto poético, uma carta. Ela deve ter, geralmente, os ingredientes escritos na vertical ou em legendas, e o modo de preparo pode ser um texto narrativo.
Perceber que o mais importante da Páscoa não é somente o chocolate mas sim o amor e o respeito ao próximo.
Material a ser utilizado
Encartes de supermercados, livros didáticos e folhas de papel.
Canetinhas, lápis de cor, cola, giz de cera, tesoura, cartolina, fita adesiva, abridor de garrafas, pano de prato e guardanapos.
Vasilha plástica grande, papel alumínio, fitilho, papel celofane ou saquinhos pequenos.
Receita – Ingredientes: 1 kg de açúcar 500 g de chocolate em pó 1 garrafa pequena de leite de coco 1 lata de leite em pó
Procedimentos
Pedir aos alunos que tragam encartes para comparar os preços dos produtos e montar um mural com diversos nomes de supermercados.
Apresentar algumas músicas que estejam no contexto do planejamento ou da receita.
Explorar as letras das músicas oralmente, verificando o número de versos, estrofes, tema, vocabulário etc.
Separar, junto com eles, os produtos a serem utilizados na receita.
Apresentação da receita. Ler a receita, verificar os preços dos produtos, resolver problemas, comparar a estrutura do texto de uma receita com a de outros textos.
Manusear os rótulos a serem utilizados, observando a data de validade, o peso etc.
Desenhar os símbolos da Páscoa e enfeitar para serem colados nas embalagens dos ovinhos. Os alunos podem utilizar canetas hidrográficas, colagem de papéis coloridos... Deixar livre a escolha para a criação.
Preparação do Ovo de Páscoa
Pedir para que lavem bem as mãos e falar da importância da higiene na preparação de uma receita. Forrar a mesa com um papel limpo, pois servirá de apoio para enrolar. Cortar o papel alumínio e distribuir entre eles para, posteriormente, embrulhar os ovinhos. Separar uma vasilha plástica grande e todos os ingredientes para o preparo.
Modo de fazer: Misturar todos os ingredientes, amassando até obter o ponto de massinha de modelar, desgrudando das mãos. Enrolar os ovinhos e embrulhar no papel alumínio.
Colocar nos saquinhos ou no papel celofane e enfeitar com os símbolos desenhados anteriormente.
Integração:
História: Conhecer como se comemora a Páscoa em outros países, sua história, seus símbolos...
Matemática: Trabalhando com as medidas de capacidade, dezena, dúzia, preços etc.
Música: Pode-se associar uma determinada música à receita.
Ciências: Noções básicas de higiene, os riscos que corremos se não lavarmos as mãos para o preparo de uma receita.
O perigo de utilizarmos produtos fora da validade.
Orientações para o professor
É muito bom trabalhar com receitas em sala de aula, pois eles aprendem de um jeito lúdico, divertido e muito gostoso.
Segue abaixo uma deliciosa receita e um roteiro destacando pontos importantes desta proposta.
Receita
Ovinhos de chocolate
Ingredientes:
1 kg de açúcar
500 g de chocolate em pó
1 garrafa pequena de leite de coco
1 lata de leite em pó
Modo de fazer:
Misturar todos os ingredientes, amassando até obter o ponto de massinha de modelar, desgrudando das mãos. Enrolar os ovinhos e embrulhar no papel alumínio.
Objetivos
Explorar os rótulos dos produtos utilizados na receita, observando a data de validade, a importância do código de barras, o nome do produto, a conservação, com a embalagem aberta e fechada, o peso, o símbolo de reciclagem.
Mostrar que a receita tem uma maneira de escrever que permite visualização, diferente de uma história, um texto poético, uma carta. Ela deve ter, geralmente, os ingredientes escritos na vertical ou em legendas, e o modo de preparo pode ser um texto narrativo.
Perceber que o mais importante da Páscoa não é somente o chocolate mas sim o amor e o respeito ao próximo.
Material a ser utilizado
Encartes de supermercados, livros didáticos e folhas de papel.
Canetinhas, lápis de cor, cola, giz de cera, tesoura, cartolina, fita adesiva, abridor de garrafas, pano de prato e guardanapos.
Vasilha plástica grande, papel alumínio, fitilho, papel celofane ou saquinhos pequenos.
Receita – Ingredientes: 1 kg de açúcar 500 g de chocolate em pó 1 garrafa pequena de leite de coco 1 lata de leite em pó
Procedimentos
Pedir aos alunos que tragam encartes para comparar os preços dos produtos e montar um mural com diversos nomes de supermercados.
Apresentar algumas músicas que estejam no contexto do planejamento ou da receita.
Explorar as letras das músicas oralmente, verificando o número de versos, estrofes, tema, vocabulário etc.
Separar, junto com eles, os produtos a serem utilizados na receita.
Apresentação da receita. Ler a receita, verificar os preços dos produtos, resolver problemas, comparar a estrutura do texto de uma receita com a de outros textos.
Manusear os rótulos a serem utilizados, observando a data de validade, o peso etc.
Desenhar os símbolos da Páscoa e enfeitar para serem colados nas embalagens dos ovinhos. Os alunos podem utilizar canetas hidrográficas, colagem de papéis coloridos... Deixar livre a escolha para a criação.
Preparação do Ovo de Páscoa
Pedir para que lavem bem as mãos e falar da importância da higiene na preparação de uma receita. Forrar a mesa com um papel limpo, pois servirá de apoio para enrolar. Cortar o papel alumínio e distribuir entre eles para, posteriormente, embrulhar os ovinhos. Separar uma vasilha plástica grande e todos os ingredientes para o preparo.
Modo de fazer: Misturar todos os ingredientes, amassando até obter o ponto de massinha de modelar, desgrudando das mãos. Enrolar os ovinhos e embrulhar no papel alumínio.
Colocar nos saquinhos ou no papel celofane e enfeitar com os símbolos desenhados anteriormente.
Integração:
História: Conhecer como se comemora a Páscoa em outros países, sua história, seus símbolos...
Matemática: Trabalhando com as medidas de capacidade, dezena, dúzia, preços etc.
Música: Pode-se associar uma determinada música à receita.
Ciências: Noções básicas de higiene, os riscos que corremos se não lavarmos as mãos para o preparo de uma receita.
O perigo de utilizarmos produtos fora da validade.
Orientações para o professor
É muito bom trabalhar com receitas em sala de aula, pois eles aprendem de um jeito lúdico, divertido e muito gostoso.
sábado, 13 de março de 2010
As Cem Linguagens da Criança
A criança é feita de Cem.
A criança tem Cem mãos, Cem pensamentos e modos de pensar, jogar e de falar...
Cem, sempre cem
Cem modos de escutar as maravilhas de amar...
Cem alegrias para cantar e compreender,
Cem mundos para descobrir,
Cem mundos para inventar,
Cem mundos para sonhar...
A criança tem Cem linguagens (e depois Cem, Cem e Cem)
Mas roubaram-lhe noventa e nove!!!
A escola e a cultura lhe separaram a cabeça do corpo.
Dizem lhe: De pensar sem as mãos, de fazer sem a cabeça,
de escutar e de não falar, de compreender sem alegrias,
de amar e maravilhar-se somente na Páscoa e no Natal.
Dizem lhe: que o jogo e o trabalho, a realidade e a fantasia,
a ciência e a imaginação, o céu e a terra,
a razão e o sonhos são coisas que não estão juntas...
Dizem-lhe que as Cem não existem.
A criança diz: o contrário, as Cem existem!!!"
Porque ser criança não é sinonimo de inferioridade...
ABAIXO O ADULTOCENTRISMO!!!"
A criança tem Cem mãos, Cem pensamentos e modos de pensar, jogar e de falar...
Cem, sempre cem
Cem modos de escutar as maravilhas de amar...
Cem alegrias para cantar e compreender,
Cem mundos para descobrir,
Cem mundos para inventar,
Cem mundos para sonhar...
A criança tem Cem linguagens (e depois Cem, Cem e Cem)
Mas roubaram-lhe noventa e nove!!!
A escola e a cultura lhe separaram a cabeça do corpo.
Dizem lhe: De pensar sem as mãos, de fazer sem a cabeça,
de escutar e de não falar, de compreender sem alegrias,
de amar e maravilhar-se somente na Páscoa e no Natal.
Dizem lhe: que o jogo e o trabalho, a realidade e a fantasia,
a ciência e a imaginação, o céu e a terra,
a razão e o sonhos são coisas que não estão juntas...
Dizem-lhe que as Cem não existem.
A criança diz: o contrário, as Cem existem!!!"
Porque ser criança não é sinonimo de inferioridade...
ABAIXO O ADULTOCENTRISMO!!!"
Inclusão Educacional Deve Ser Trabalhada Ainda Na Educação Infantil
Instituições escolares e educadores de todos os níveis educacionais discutem o processo de Inclusão escolar. Preocupações voltadas para aspectos materiais, são relatadas a todo momento, mas nem só desses aspectos o processo se fará. É necessário que haja um preparo para a inclusão escolar desde a Educação Infantil, quando a criança ainda possui a pureza de seu sorriso durante suas interações com seus colegas e pode ser facilmente incentivada a se manter afastada de todos que
Atualmente o tema "Inclusão" tem permeado palestras, seminários, congressos e diversos encontros educacionais, despertando educadores de todos os níveis para este processo. Preocupações envolvendo o espaço físico, formações dos profissionais, adequações metodológicas, leis e tantos outros assuntos pertinentes ao tema são constantemente abordados. Acontece que um processo inclusivo não depende apenas destas condições. É necessário que se pense também na aceitação das diferenças dos colegas, pelos colegas e pela comunidade escolar. Torna-se evidente um esclarecimento em torno da utilização da palavra "diferente" associada a "deficiente" no contexto desta análise. Um processo verdadeiramente inclusivo contempla as deficiências e as diferenças - sejam elas físicas, sociais, raciais, religiosas, atitudinais, familiares, econômicas, culturais e outras.
O ambiente escolar é rico em relações e desde a mais tenra idade, as crianças se relacionam umas com as outras neste ambiente. Na Educação Infantil - de 3 a 6 anos - elas são mais receptivas, não se importam com diferenças entre colegas, querem brincar, sujar, pular, cantar, gritar, enfim serem crianças. Todavia, algumas famílias - talvez com intenção de proteger seus filhos - acabam transmitindo a eles certos preconceitos que os distanciam das demais crianças. É bastante comum em ambientes escolares, crianças ricas permaneceram distantes das pobres, loiras distantes das negras, magras distantes das gordas, rebeldes distantes das calmas, rotuladas por diferenças religiosas, e também por alguma deficiência física ou mental. É importante ressaltar que nesta fase, a maioria das crianças que age dessa forma, apenas reproduz os ensinamentos familiares e com o passar do tempo passa a agir dessa forma por acreditar ser a melhor maneira de conviver em grupo.
Uma instituição educacional que acredita no verdadeiro processo de inclusão deve promover situações diárias em que seus alunos desde a Educação Infantil, cultivem o respeito, amor, cidadania, o cuidar de si e do outro, aceitação, companheirismo e tantos outros valores necessários a formação de um cidadão justo. Essas situações devem envolver toda a comunidade escolar, num movimento de troca de experiências entre as famílias e possíveis conscientizações em torno do processo de se educar um filho para atuar numa sociedade inclusiva.
PALAVRAS-CHAVE: Inclusão – Aceitação – Respeito – Educação – Cidadania – Valores Humanos – Família.
Atualmente o tema "Inclusão" tem permeado palestras, seminários, congressos e diversos encontros educacionais, despertando educadores de todos os níveis para este processo. Preocupações envolvendo o espaço físico, formações dos profissionais, adequações metodológicas, leis e tantos outros assuntos pertinentes ao tema são constantemente abordados. Acontece que um processo inclusivo não depende apenas destas condições. É necessário que se pense também na aceitação das diferenças dos colegas, pelos colegas e pela comunidade escolar. Torna-se evidente um esclarecimento em torno da utilização da palavra "diferente" associada a "deficiente" no contexto desta análise. Um processo verdadeiramente inclusivo contempla as deficiências e as diferenças - sejam elas físicas, sociais, raciais, religiosas, atitudinais, familiares, econômicas, culturais e outras.
O ambiente escolar é rico em relações e desde a mais tenra idade, as crianças se relacionam umas com as outras neste ambiente. Na Educação Infantil - de 3 a 6 anos - elas são mais receptivas, não se importam com diferenças entre colegas, querem brincar, sujar, pular, cantar, gritar, enfim serem crianças. Todavia, algumas famílias - talvez com intenção de proteger seus filhos - acabam transmitindo a eles certos preconceitos que os distanciam das demais crianças. É bastante comum em ambientes escolares, crianças ricas permaneceram distantes das pobres, loiras distantes das negras, magras distantes das gordas, rebeldes distantes das calmas, rotuladas por diferenças religiosas, e também por alguma deficiência física ou mental. É importante ressaltar que nesta fase, a maioria das crianças que age dessa forma, apenas reproduz os ensinamentos familiares e com o passar do tempo passa a agir dessa forma por acreditar ser a melhor maneira de conviver em grupo.
Uma instituição educacional que acredita no verdadeiro processo de inclusão deve promover situações diárias em que seus alunos desde a Educação Infantil, cultivem o respeito, amor, cidadania, o cuidar de si e do outro, aceitação, companheirismo e tantos outros valores necessários a formação de um cidadão justo. Essas situações devem envolver toda a comunidade escolar, num movimento de troca de experiências entre as famílias e possíveis conscientizações em torno do processo de se educar um filho para atuar numa sociedade inclusiva.
PALAVRAS-CHAVE: Inclusão – Aceitação – Respeito – Educação – Cidadania – Valores Humanos – Família.
Um texto sobre rotina escolar
Fonte: REFERENCIAL CURRICULAR NACIONAL PARA A
EDUCAÇÃO INFANTIL Introdução Volume 1
Organização do tempo
A rotina representa, também, a estrutura sobre a qual será organizado o tempo didático, ou seja, o tempo de trabalho educativo realizado com as crianças. A rotina deve envolver os cuidados, as brincadeiras e as situações de aprendizagens orientadas. A apresentação de novos conteúdos às crianças requer sempre as mais diferentes estruturas didáticas, desde contar uma nova história, propor uma técnica diferente de desenho até situações mais elaboradas, como, por exemplo, o desenvolvimento de um projeto, que requer um planejamento cuidadoso com um encadeamento de ações que visam a desenvolver aprendizagens específicas.
Atividades permanentes
São aquelas que respondem às necessidades básicas de cuidados, aprendizagem e de prazer para as crianças, cujos conteúdos necessitam de uma constância.
Seqüência de atividades
São planejadas e orientadas com o objetivo de promover uma aprendizagem específica e definida.
Projetos de trabalho
Os projetos são conjuntos de atividades que trabalham com conhecimentos específicos construídos a partir de um dos eixos de trabalho que se organizam ao redor de um problema para resolver ou um produto final que se quer obter.
ORGANIZAÇÃO DO TEMPO
A rotina na educação infantil pode ser facilitadora ou cerceadora dos processos de desenvolvimento e aprendizagem.
Rotinas rígidas e inflexíveis desconsideram a criança, que precisa adaptar-se a ela e não o contrário, como deveria ser; desconsideram também o adulto, tornando seu trabalho monótono, repetitivo e pouco participativo.
O número de horas que a criança permanece na instituição, a amplitude dos cuidados físicos necessários ao atendimento, os ritmos e diferenças individuais e a especificidade do trabalho pedagógico demandam um planejamento constante da rotina. A organização do tempo deve prever possibilidades diversas e muitas vezes simultâneas de atividades, como atividades mais ou menos movimentadas, individuais ou em grupos, com maior ou menor grau de concentração; de repouso, alimentação e higiene; atividades referentes aos diferentes eixos de trabalho.
Considerada como um instrumento de dinamização da aprendizagem, facilitador
das percepções infantis sobre o tempo e o espaço, uma rotina clara e compreensível para as crianças é fator de segurança. A rotina pode orientar as ações das crianças, aassim como dos professores, possibilitando a antecipação das situações que irão acontecer.
EDUCAÇÃO INFANTIL Introdução Volume 1
Organização do tempo
A rotina representa, também, a estrutura sobre a qual será organizado o tempo didático, ou seja, o tempo de trabalho educativo realizado com as crianças. A rotina deve envolver os cuidados, as brincadeiras e as situações de aprendizagens orientadas. A apresentação de novos conteúdos às crianças requer sempre as mais diferentes estruturas didáticas, desde contar uma nova história, propor uma técnica diferente de desenho até situações mais elaboradas, como, por exemplo, o desenvolvimento de um projeto, que requer um planejamento cuidadoso com um encadeamento de ações que visam a desenvolver aprendizagens específicas.
Atividades permanentes
São aquelas que respondem às necessidades básicas de cuidados, aprendizagem e de prazer para as crianças, cujos conteúdos necessitam de uma constância.
Seqüência de atividades
São planejadas e orientadas com o objetivo de promover uma aprendizagem específica e definida.
Projetos de trabalho
Os projetos são conjuntos de atividades que trabalham com conhecimentos específicos construídos a partir de um dos eixos de trabalho que se organizam ao redor de um problema para resolver ou um produto final que se quer obter.
ORGANIZAÇÃO DO TEMPO
A rotina na educação infantil pode ser facilitadora ou cerceadora dos processos de desenvolvimento e aprendizagem.
Rotinas rígidas e inflexíveis desconsideram a criança, que precisa adaptar-se a ela e não o contrário, como deveria ser; desconsideram também o adulto, tornando seu trabalho monótono, repetitivo e pouco participativo.
O número de horas que a criança permanece na instituição, a amplitude dos cuidados físicos necessários ao atendimento, os ritmos e diferenças individuais e a especificidade do trabalho pedagógico demandam um planejamento constante da rotina. A organização do tempo deve prever possibilidades diversas e muitas vezes simultâneas de atividades, como atividades mais ou menos movimentadas, individuais ou em grupos, com maior ou menor grau de concentração; de repouso, alimentação e higiene; atividades referentes aos diferentes eixos de trabalho.
Considerada como um instrumento de dinamização da aprendizagem, facilitador
das percepções infantis sobre o tempo e o espaço, uma rotina clara e compreensível para as crianças é fator de segurança. A rotina pode orientar as ações das crianças, aassim como dos professores, possibilitando a antecipação das situações que irão acontecer.
quarta-feira, 10 de março de 2010
Um pioneiro no estudo da inteligência infantil
Jean Piaget (1896-1980)
Jean Piaget (1896-1980) foi um renomado psicólogo e filósofo suíço, conhecido por seu trabalho pioneiro no campo da inteligência infantil. Piaget passou grande parte de sua carreira profissional interagindo com crianças e estudando seu processo de raciocínio. Seus estudos tiveram um grande impacto sobre os campos da Psicologia e Pedagogia.
Sua Vida
Jean Piaget nasceu no dia 9 de agosto de 1896, em Neuchâtel, na Suíça. Seu pai, um calvinista convicto, era professor universitário de Literatura medieval.
Piaget foi um menino prodígio. Interessou-se por História Natural ainda em sua infância. Aos 11 anos de idade, publicou seu primeiro trabalho sobre sua observação de um pardal albino. Esse breve estudo é considerado o início de sua brilhante carreira científica. Aos sábados, Piaget trabalhava gratuitamente no Museu de História Natural.
Piaget freqüentou a Universidade de Neuchâtel, onde estudou Biologia e Filosofia. Ele recebeu seu doutorado em Biologia em 1918, aos 22 anos de idade.
Após formar-se, Piaget foi para Zurich, onde trabalhou como psicólogo experimental. Lá ele freqüentou aulas lecionadas por Jung e trabalhou como psiquiatra em uma clínica. Essas experiências influenciaram-no em seu trabalho. Ele passou a combinar a psicologia experimental - que é um estudo formal e sistemático - com métodos informais de psicologia: entrevistas, conversas e análises de pacientes.
Em 1919, Piaget mudou-se para a França, onde foi convidado a trabalhar no laboratório de Alfred Binet, um famoso psicólogo infantil que desenvolveu testes de inteligência padronizados para crianças. Piaget notou que crianças francesas da mesma faixa etária cometiam erros semelhantes nesses testes e concluiu que o pensamento lógico se desenvolve gradualmente.
O ano de 1919 foi um marco em sua vida. Piaget iniciou seus estudos experimentais sobre a mente humana e começou a pesquisar também sobre o desenvolvimento das habilidades cognitivas. Seu conhecimento de Biologia levou-o a enxergar o desenvolvimento cognitivo de uma criança como sendo uma evolução gradativa.
Em 1921, Piaget voltou à Suíça e tornou-se diretor de estudos no Instituto J. J. Rousseau da Universidade de Genebra. Lá ele iniciou o maior trabalho de sua vida, ao observar crianças brincando e registrar meticulosamente as palavras, ações e processos de raciocínio delas.
Em 1923, Piaget casou-se com Valentine Châtenay, com quem teve três filhas: Jacqueline (1925), Lucienne (1927) e Laurent (1931). As teorias de Piaget foram, em grande parte, baseadas em estudos e observações de seus filhos que ele realizou ao lado de sua esposa.
Enquanto prosseguia com suas pesquisas e publicações de trabalhos, Piaget lecionou em diversas universidades européias. Registros revelam que ele foi o único suíço a ser convidado para lecionar na Universidade de Sorbonne (Paris, França), onde permaneceu de 1952 a 1963. Até a data de seu falecimento, Piaget fundou e dirigiu o Centro Internacional para Epistemologia Genética. Ao longo de sua brilhante carreira, Piaget escreveu mais de 75 livros e centenas de trabalhos científicos.
Piaget morreu em Genebra, em 17 de setembro de 1980.
Sua Obra
Piaget desenvolveu diversos campos de estudos científicos: a psicologia do desenvolvimento, a teoria cognitiva e o que veio a ser chamado de epistemologia genética.
A essência do trabalho de Piaget ensina que ao observarmos cuidadosamente a maneira com que o conhecimento se desenvolve nas crianças, podemos entender melhor a natureza do conhecimento humano. Suas pesquisas sobre a psicologia do desenvolvimento e a epistemologia genética tinham o objetivo de entender como o conhecimento evolui.
Piaget formulou sua teoria de que o conhecimento evolui progressivamente por meio de estruturas de raciocínio que substituem umas às outras através de estágios. Isto significa que a lógica e formas de pensar de uma criança são completamente diferentes da lógica dos adultos.
Em seu trabalho, Piaget identifica os quatro estágios de evolução mental de uma criança. Cada estágio é um período onde o pensamento e comportamento infantil é caracterizado por uma forma específica de conhecimento e raciocínio. Esses quatro estágios são: sensório-motor, pré-operatório, operatório concreto e operatório formal.
Fase 1: Sensório-motor
No estágio sensório-motor, que dura do nascimento ao 18º mês de vida, a criança busca adquirir controle motor e aprender sobre os objetos físicos que a rodeiam. Esse estágio se chama sensório-motor, pois o bebê adquire o conhecimento por meio de suas próprias ações que são controladas por informações sensoriais imediatas.
Fase 2: Pré-operatório
No estágio pré-operatório, que dura do 18º mês aos 8 anos de vida, a criança busca adquirir a habilidade verbal. Nesse estágio, ela já consegue nomear objetos e raciocinar intuitivamente, mas ainda não consegue coordenar operações fundamentais.
Fase 3: Operatório concreto
No estágio operatório concreto, que dura dos 8 aos 12 anos de vida, a criança começa a lidar com conceitos abstratos como os números e relacionamentos. Esse estágio é caracterizado por uma lógica interna consistente e pela habilidade de solucionar problemas concretos.
Fase 4: Operatório formal
No estágio operatório formal – desenvolvido entre os 12 e 15 anos de idade – a criança começa a raciocinar lógica e sistematicamente. Esse estágio é definido pela habilidade de engajar-se no raciocínio abstrato. As deduções lógicas podem ser feitas sem o apoio de objetos concretos.
No estágio das operações formais, desenvolvido a partir dos 12 anos de idade, a criança inicia sua transição para o modo adulto de pensar, sendo capaz de pensar sobre idéias abstratas.
Conclusão:
Em seus estudos sobre crianças, Jean Piaget descobriu que elas não raciocinam como os adultos. Esta descoberta levou Piaget a recomendar aos adultos que adotassem uma abordagem educacional diferente ao lidar com crianças. Ele modificou a teoria pedagógica tradicional que, até então, afirmava que a mente de uma criança é vazia, esperando ser preenchida por conhecimento. Na visão de Piaget, as crianças são as próprias construtoras ativas do conhecimento, constantemente criando e testando suas teorias sobre o mundo. Ele forneceu uma percepção sobre as crianças que serve como base de muitas linhas educacionais atuais. De fato, suas contribuições para as áreas da Psicologia e Pedagogia são imensuráveis
Jean Piaget (1896-1980) foi um renomado psicólogo e filósofo suíço, conhecido por seu trabalho pioneiro no campo da inteligência infantil. Piaget passou grande parte de sua carreira profissional interagindo com crianças e estudando seu processo de raciocínio. Seus estudos tiveram um grande impacto sobre os campos da Psicologia e Pedagogia.
Sua Vida
Jean Piaget nasceu no dia 9 de agosto de 1896, em Neuchâtel, na Suíça. Seu pai, um calvinista convicto, era professor universitário de Literatura medieval.
Piaget foi um menino prodígio. Interessou-se por História Natural ainda em sua infância. Aos 11 anos de idade, publicou seu primeiro trabalho sobre sua observação de um pardal albino. Esse breve estudo é considerado o início de sua brilhante carreira científica. Aos sábados, Piaget trabalhava gratuitamente no Museu de História Natural.
Piaget freqüentou a Universidade de Neuchâtel, onde estudou Biologia e Filosofia. Ele recebeu seu doutorado em Biologia em 1918, aos 22 anos de idade.
Após formar-se, Piaget foi para Zurich, onde trabalhou como psicólogo experimental. Lá ele freqüentou aulas lecionadas por Jung e trabalhou como psiquiatra em uma clínica. Essas experiências influenciaram-no em seu trabalho. Ele passou a combinar a psicologia experimental - que é um estudo formal e sistemático - com métodos informais de psicologia: entrevistas, conversas e análises de pacientes.
Em 1919, Piaget mudou-se para a França, onde foi convidado a trabalhar no laboratório de Alfred Binet, um famoso psicólogo infantil que desenvolveu testes de inteligência padronizados para crianças. Piaget notou que crianças francesas da mesma faixa etária cometiam erros semelhantes nesses testes e concluiu que o pensamento lógico se desenvolve gradualmente.
O ano de 1919 foi um marco em sua vida. Piaget iniciou seus estudos experimentais sobre a mente humana e começou a pesquisar também sobre o desenvolvimento das habilidades cognitivas. Seu conhecimento de Biologia levou-o a enxergar o desenvolvimento cognitivo de uma criança como sendo uma evolução gradativa.
Em 1921, Piaget voltou à Suíça e tornou-se diretor de estudos no Instituto J. J. Rousseau da Universidade de Genebra. Lá ele iniciou o maior trabalho de sua vida, ao observar crianças brincando e registrar meticulosamente as palavras, ações e processos de raciocínio delas.
Em 1923, Piaget casou-se com Valentine Châtenay, com quem teve três filhas: Jacqueline (1925), Lucienne (1927) e Laurent (1931). As teorias de Piaget foram, em grande parte, baseadas em estudos e observações de seus filhos que ele realizou ao lado de sua esposa.
Enquanto prosseguia com suas pesquisas e publicações de trabalhos, Piaget lecionou em diversas universidades européias. Registros revelam que ele foi o único suíço a ser convidado para lecionar na Universidade de Sorbonne (Paris, França), onde permaneceu de 1952 a 1963. Até a data de seu falecimento, Piaget fundou e dirigiu o Centro Internacional para Epistemologia Genética. Ao longo de sua brilhante carreira, Piaget escreveu mais de 75 livros e centenas de trabalhos científicos.
Piaget morreu em Genebra, em 17 de setembro de 1980.
Sua Obra
Piaget desenvolveu diversos campos de estudos científicos: a psicologia do desenvolvimento, a teoria cognitiva e o que veio a ser chamado de epistemologia genética.
A essência do trabalho de Piaget ensina que ao observarmos cuidadosamente a maneira com que o conhecimento se desenvolve nas crianças, podemos entender melhor a natureza do conhecimento humano. Suas pesquisas sobre a psicologia do desenvolvimento e a epistemologia genética tinham o objetivo de entender como o conhecimento evolui.
Piaget formulou sua teoria de que o conhecimento evolui progressivamente por meio de estruturas de raciocínio que substituem umas às outras através de estágios. Isto significa que a lógica e formas de pensar de uma criança são completamente diferentes da lógica dos adultos.
Em seu trabalho, Piaget identifica os quatro estágios de evolução mental de uma criança. Cada estágio é um período onde o pensamento e comportamento infantil é caracterizado por uma forma específica de conhecimento e raciocínio. Esses quatro estágios são: sensório-motor, pré-operatório, operatório concreto e operatório formal.
Fase 1: Sensório-motor
No estágio sensório-motor, que dura do nascimento ao 18º mês de vida, a criança busca adquirir controle motor e aprender sobre os objetos físicos que a rodeiam. Esse estágio se chama sensório-motor, pois o bebê adquire o conhecimento por meio de suas próprias ações que são controladas por informações sensoriais imediatas.
Fase 2: Pré-operatório
No estágio pré-operatório, que dura do 18º mês aos 8 anos de vida, a criança busca adquirir a habilidade verbal. Nesse estágio, ela já consegue nomear objetos e raciocinar intuitivamente, mas ainda não consegue coordenar operações fundamentais.
Fase 3: Operatório concreto
No estágio operatório concreto, que dura dos 8 aos 12 anos de vida, a criança começa a lidar com conceitos abstratos como os números e relacionamentos. Esse estágio é caracterizado por uma lógica interna consistente e pela habilidade de solucionar problemas concretos.
Fase 4: Operatório formal
No estágio operatório formal – desenvolvido entre os 12 e 15 anos de idade – a criança começa a raciocinar lógica e sistematicamente. Esse estágio é definido pela habilidade de engajar-se no raciocínio abstrato. As deduções lógicas podem ser feitas sem o apoio de objetos concretos.
No estágio das operações formais, desenvolvido a partir dos 12 anos de idade, a criança inicia sua transição para o modo adulto de pensar, sendo capaz de pensar sobre idéias abstratas.
Conclusão:
Em seus estudos sobre crianças, Jean Piaget descobriu que elas não raciocinam como os adultos. Esta descoberta levou Piaget a recomendar aos adultos que adotassem uma abordagem educacional diferente ao lidar com crianças. Ele modificou a teoria pedagógica tradicional que, até então, afirmava que a mente de uma criança é vazia, esperando ser preenchida por conhecimento. Na visão de Piaget, as crianças são as próprias construtoras ativas do conhecimento, constantemente criando e testando suas teorias sobre o mundo. Ele forneceu uma percepção sobre as crianças que serve como base de muitas linhas educacionais atuais. De fato, suas contribuições para as áreas da Psicologia e Pedagogia são imensuráveis
Muito orgulho em ter feito parte desta trajetória.
Nossa visão limitada dos acontecimentos da vida, às vezes, não nos permite entender os mecanismos divinos na coordenação da Sua obra.
Quando vemos um pequeno ramo verde romper a terra firme e elevar-se na direção do sol, buscando instintivamente a luz, não compreendemos quais são os objetivos divinos para a pequena planta.
Passados alguns dias, voltamos a atenção para o pequeno ramo e nos surpreendemos…
Já não é mais um raminho, está mais forte. Contudo, o vemos agora ser açoitado por rajadas de vento, por chuvas torrenciais ou pelo sol escaldante.
A pequena planta se dobra… É jogada de um lado para o outro. Algumas folhas, ainda frágeis, não resistem, desprendem-se do galho e são levadas…
A chuva castiga, o sol maltrata, mas a pequena árvore não sucumbe.
Dentro de alguns anos o tronco estará mais firme, já não se dobrará tanto com os açoites do vento, e as raízes buscaram sustentação no solo generoso.
E nesse fenômeno da natureza os objetivos do Criador se cumprem…
A semente se converte em planta, que se faz árvore, floresce, frutifica e espalha novas sementes que germinarão e frutificarão.
terça-feira, 9 de março de 2010
EDUCAÇÃO INFANTIL E ALFABETIZAÇÃO
Alfabetização e Educação Infantil: Relações Delicadas
Pode-se dizer que essa questão é um dos grandes dilemas da educação infantil. Entre os que defendem a alfabetização inicial há diferentes posições e entre os que são contra também as opiniões divergem. O professor premido por concepções conflitantes, pela pressão das famílias, pela ação das crianças, sempre que pode quer refletir sobre o assunto.
Isso foi o que aconteceu com um grupo de professoras da rede municipal de Caieiras, que tendo participado de um curso ministrado pela formadora Ana Lucia, trouxe a questão da alfabetização na educação infantil para o centro do debate. Ela recebeu uma pergunta aparentemente simples: O que você acha de alfabetizar na educação infantil?
Por trás dessa legítima demanda dos professores há uma complexa rede de concepções a serem analisadas, que vão desde o que é ser criança hoje, a função social da educação infantil, o ensino e a aprendizagem e evidentemente de que alfabetização falamos. As respostas em geral não dão conta de esgotar todo o assunto. E é sempre importante ampliar o debate.
A criança e a cultura letrada
Para a formadora Ana Lucia, a resposta para essa pergunta está no próprio contexto em que a criança vive: Em nossa sociedade as crianças estão desde cedo em contato com a língua escrita e logo se interessam por ela, pela sua função social e querem saber sobre o seu funcionamento. Quanto mais contato, maior o interesse e a curiosidade. O longo processo de alfabetização se beneficia muito com a aproximação das crianças ao mundo letrado. O papel da escola é fazer valer o direito que todos têm de fazer parte desse universo, inclusive as crianças pequenas. Principalmente as escolas que atendem crianças de baixa renda, precisam planejar com cuidado um contato prazeroso e eficiente com a escrita.
Além dessa perspectiva social,Ana Lucia também se apóia nas contribuições trazidas pelo pensamento de Vigotsky: Concordo com a perspectiva de Vigotsky, quando ele diz que a instrução é válida quando precede ao desenvolvimento, ou seja, não faz sentido a escola esperar o “momento ideal” para começar a ensinar a ler e escrever. Sabemos que esse é um processo contínuo e que nele podem estar incluídos desafios possíveis e prazerosos para a criança e que por meio da superação desses desafios é que ela se desenvolve e pode avançar ainda mais em seus conhecimentos e competências.
É plenamente justificável que a escrita seja objeto da atenção dos educadores: a concepção de escrita de Vigotsky, associada ao sistema simbólico de representação da realidade, está ligada ao próprio núcleo de sua teoria da linguagem, trazendo questões fundamentais como a da mediação
simbólica. Sobre isso, Marta Kohl, estudiosa do pensamento de Vigotsky, afirma: Como a escrita é uma função culturalmente mediadora, a criança que se desenvolve numa cultura letrada está exposta aos diversos usos da linguagem escrita e a seu formato, tendo diferentes concepções a respeito desse objeto cultural ao longo de seu desenvolvimento.A principal condição necessária para que uma criança seja capaz de compreender adequadamente o funcionamento da língua escrita é que descubra que a língua escrita é um sistema designos que não têm significados em si. Os signos representam outra realidade; isto é, o que se escreve tem uma função instrumental, funciona como um suporte para a memória e a transmissão de idéias e conceito.
A criança que vive em uma cultura letrada – pois não estamos tratando aqui das populações indígenas, por exemplo, provenientes de comunidades ágrafas – tem a possibilidade de vivenciar um processo de alfabetização favorecido pelo contato com o meio. E isso não se dá de modo espontâneo e natural mas incentivado por um informante mais experiente, um adulto ou mesmo outra criança. Para tanto, deverá conhecer e se apropriar desde cedo dos usos da língua escrita
presente em seu mundo.
Alfabetizar ou não, uma pergunta mal formulada
Emília Ferreiro, embora tenha sido influenciada por Piaget, traz em sua Psicogênese da Língua Escrita idéias que também se justificam segundo o pensamento de Vigotsky e de Luria.Ambos entendem que a escrita é um sistema de representação da realidade e concordam que a alfabetização é resultado de um domínio progressivo desse sistema, que não se resume à conquista de habilidades meramente mecânicas e/ou visuais. Por isso pode se iniciar muito antes do ingresso na escola de ensino fundamental.As idéias desenvolvidas por Ferreiro também justificam a presença de um ambiente alfabetizador, desde cedo. Para ela a pergunta que envolve sim ou não está muito mal formulada: O que digo é que a pergunta está malfeita, porque pressupõe que a resposta NÃO equivale a deixar essa responsabilidade para o Ensino Fundamental, e a resposta SIM pressupõe introduzir na préescola as más práticas tradicionais do Ensino Fundamental. O que proponho é substituir a pergunta centrada no ensino por outra centrada na aprendizagem: Deve-se permitir ou não que as crianças aprendam sobre a língua escrita na préescola? Nesse caso, a resposta é redondamente afirmativa.
E a justificativa para sua afirmativa, para a defesa da presença da cultura escrita desde cedo, ainda na educação infantil, é bastante esclarecedora: a simples presença do objeto não garante conhecimento, mas a ausência do objeto garante o desconhecimento. Se eu quero que a criança comece a construir conhecimento sobre a língua escrita, esta tem de existir. Se eu a proíbo, garanto que a criança não possa se fazer perguntas sobre esse objeto porque eu o fiz desaparecer dentro da sala de aula.
Se proíbo a língua escrita, crio um ambiente escolar no qual a escrita não tem nenhum lugar, ao passo que no ambiente urbano a escrita tem seu lugar; imponho que as educadoras funcionem como se não fossem pessoas alfabetizadas. Em outras palavras, crio uma situação anômala.
Deve-se, então, permitir que a criança pense sobre a linguagem escrita na escola de educação infantil. E para isso ela tem que estar presente.Trata-se, pois, de pensar de que forma é possível apresentá-la respeitando a cultura da infância, propondo situações onde ler e escrever tenha sentido para as crianças e faça parte da vida cotidiana.
Brincar ou alfabetizar?
Essa é outra pergunta mal formulada e pressupõe imediatamente uma exclusão desnecessária.As posições antagônicas não ajudam a avançar nem a brincadeira nem o conhecimento da língua escrita. Nas sociedades urbanas as crianças brincam incorporando ações dos adultos, que incluem também eventos onde ler e escrever fazem sentido. Quando se proíbe que o educador desenvolva atividades de leitura e escrita em uma concepção que respeita
o processo de construção de conhecimentos da criança, abre-se caminho para que as práticas equivocadas de alfabetização apareçam, ainda que disfarçadas, quando o controle das equipes dirigentes não é efetivo. Crianças pequenas devem brincar muito na educação infantil, mas também precisam ter contatos sistemáticos com leitura e escrita.A isso chamamos alfabetizar em um contexto amplo,muito diferente de fazer exercícios de coordenação motora, aprender letras isoladas, copiar sílabas ou palavras “fáceis”. Essas práticas nefastas persistem e continuarão presentes na educação infantil enquanto a discussão sobre os processos de alfabetização não for levada a efeito com seriedade e concretude.
Alfabetizar para incluir
É curioso notar que a despeito das melhores intenções, muitas vezes a pretexto de proteger a cultura da infância, se nega às crianças o direito de se relacionar na plenitude com a língua materna. Cria-se, na educação infantil, um ambiente estéril de onde a língua escrita é quase banida. E são as crianças de baixa renda as maiores prejudicadas por esse afastamento.
Se para a criança dominar a linguagem escrita, tal como se manifesta no mundo – é preciso percorrer um longo processo de reflexão e reformulação de hipóteses próprias para compreender o que é essa escrita, para que serve e como funciona –, o acesso cotidiano é fundamental.
Temos assim não só um problema pedagógico, mas também ético e político. Podemos negar às crianças de baixa renda o acesso? É sobre isso que a escola de educação infantil deve pensar.
Telma Weisz, doutora em psicologia da educação, dedicando-se há anos à causa da alfabetização, questiona: Será que temos, novamente, mais um argumento para provar sua inferioridade (das crianças pobres)? Vejamos, então, o que se passa.
Para uma criança caminhar em seu processo de alfabetização, ela precisa pensar sobre a escrita. E para isso precisa entrar em contato com esta. Esse contato implica tanto o acesso aos portadores de textos como a atos reais de leitura e de escrita. Uma família de classe média compra livros de história e revistas em quadrinhos para seus filhos ainda não alfabetizados, freqüentemente lê para eles e realiza cotidianamente uma quantidade enorme de atos de leitura e escrita que permitem à criança pensar sobre para que serve a escrita e todas as possibilidades que ela abre.As famílias de classe média ensinam seus filhos pequenos a escrever o próprio nome e o das outras pessoas da casa sem nenhuma preocupação escolar. Apenas porque as crianças se mostram interessadas. E essas se mostram interessadas porque o ato de escrever (ou ler) é visivelmente importante no meio em que elas vivem.
Não é de se estranhar que sejam essas as crianças que têm bom desempenho na escola, elas já entram praticamente alfabetizadas.Não é também de se estranhar que as crianças que vêm de comunidades onde o jornal serve para tudo, menos para ler, onde a leitura e a escrita quase não fazem parte do cotidiano, onde os informantes são raros e inseguros, tenham hipóteses primitivas sobre a escrita. Não é possível pensar sobre um objeto ausente.
Essas considerações, longe de encerrar o debate, abrem caminho para que se compreenda a questão da alfabetização na pré-escola sem preconceitos e com responsabilidade.
:: fonte: Revista Avisa Lá,
Pode-se dizer que essa questão é um dos grandes dilemas da educação infantil. Entre os que defendem a alfabetização inicial há diferentes posições e entre os que são contra também as opiniões divergem. O professor premido por concepções conflitantes, pela pressão das famílias, pela ação das crianças, sempre que pode quer refletir sobre o assunto.
Isso foi o que aconteceu com um grupo de professoras da rede municipal de Caieiras, que tendo participado de um curso ministrado pela formadora Ana Lucia, trouxe a questão da alfabetização na educação infantil para o centro do debate. Ela recebeu uma pergunta aparentemente simples: O que você acha de alfabetizar na educação infantil?
Por trás dessa legítima demanda dos professores há uma complexa rede de concepções a serem analisadas, que vão desde o que é ser criança hoje, a função social da educação infantil, o ensino e a aprendizagem e evidentemente de que alfabetização falamos. As respostas em geral não dão conta de esgotar todo o assunto. E é sempre importante ampliar o debate.
A criança e a cultura letrada
Para a formadora Ana Lucia, a resposta para essa pergunta está no próprio contexto em que a criança vive: Em nossa sociedade as crianças estão desde cedo em contato com a língua escrita e logo se interessam por ela, pela sua função social e querem saber sobre o seu funcionamento. Quanto mais contato, maior o interesse e a curiosidade. O longo processo de alfabetização se beneficia muito com a aproximação das crianças ao mundo letrado. O papel da escola é fazer valer o direito que todos têm de fazer parte desse universo, inclusive as crianças pequenas. Principalmente as escolas que atendem crianças de baixa renda, precisam planejar com cuidado um contato prazeroso e eficiente com a escrita.
Além dessa perspectiva social,Ana Lucia também se apóia nas contribuições trazidas pelo pensamento de Vigotsky: Concordo com a perspectiva de Vigotsky, quando ele diz que a instrução é válida quando precede ao desenvolvimento, ou seja, não faz sentido a escola esperar o “momento ideal” para começar a ensinar a ler e escrever. Sabemos que esse é um processo contínuo e que nele podem estar incluídos desafios possíveis e prazerosos para a criança e que por meio da superação desses desafios é que ela se desenvolve e pode avançar ainda mais em seus conhecimentos e competências.
É plenamente justificável que a escrita seja objeto da atenção dos educadores: a concepção de escrita de Vigotsky, associada ao sistema simbólico de representação da realidade, está ligada ao próprio núcleo de sua teoria da linguagem, trazendo questões fundamentais como a da mediação
simbólica. Sobre isso, Marta Kohl, estudiosa do pensamento de Vigotsky, afirma: Como a escrita é uma função culturalmente mediadora, a criança que se desenvolve numa cultura letrada está exposta aos diversos usos da linguagem escrita e a seu formato, tendo diferentes concepções a respeito desse objeto cultural ao longo de seu desenvolvimento.A principal condição necessária para que uma criança seja capaz de compreender adequadamente o funcionamento da língua escrita é que descubra que a língua escrita é um sistema designos que não têm significados em si. Os signos representam outra realidade; isto é, o que se escreve tem uma função instrumental, funciona como um suporte para a memória e a transmissão de idéias e conceito.
A criança que vive em uma cultura letrada – pois não estamos tratando aqui das populações indígenas, por exemplo, provenientes de comunidades ágrafas – tem a possibilidade de vivenciar um processo de alfabetização favorecido pelo contato com o meio. E isso não se dá de modo espontâneo e natural mas incentivado por um informante mais experiente, um adulto ou mesmo outra criança. Para tanto, deverá conhecer e se apropriar desde cedo dos usos da língua escrita
presente em seu mundo.
Alfabetizar ou não, uma pergunta mal formulada
Emília Ferreiro, embora tenha sido influenciada por Piaget, traz em sua Psicogênese da Língua Escrita idéias que também se justificam segundo o pensamento de Vigotsky e de Luria.Ambos entendem que a escrita é um sistema de representação da realidade e concordam que a alfabetização é resultado de um domínio progressivo desse sistema, que não se resume à conquista de habilidades meramente mecânicas e/ou visuais. Por isso pode se iniciar muito antes do ingresso na escola de ensino fundamental.As idéias desenvolvidas por Ferreiro também justificam a presença de um ambiente alfabetizador, desde cedo. Para ela a pergunta que envolve sim ou não está muito mal formulada: O que digo é que a pergunta está malfeita, porque pressupõe que a resposta NÃO equivale a deixar essa responsabilidade para o Ensino Fundamental, e a resposta SIM pressupõe introduzir na préescola as más práticas tradicionais do Ensino Fundamental. O que proponho é substituir a pergunta centrada no ensino por outra centrada na aprendizagem: Deve-se permitir ou não que as crianças aprendam sobre a língua escrita na préescola? Nesse caso, a resposta é redondamente afirmativa.
E a justificativa para sua afirmativa, para a defesa da presença da cultura escrita desde cedo, ainda na educação infantil, é bastante esclarecedora: a simples presença do objeto não garante conhecimento, mas a ausência do objeto garante o desconhecimento. Se eu quero que a criança comece a construir conhecimento sobre a língua escrita, esta tem de existir. Se eu a proíbo, garanto que a criança não possa se fazer perguntas sobre esse objeto porque eu o fiz desaparecer dentro da sala de aula.
Se proíbo a língua escrita, crio um ambiente escolar no qual a escrita não tem nenhum lugar, ao passo que no ambiente urbano a escrita tem seu lugar; imponho que as educadoras funcionem como se não fossem pessoas alfabetizadas. Em outras palavras, crio uma situação anômala.
Deve-se, então, permitir que a criança pense sobre a linguagem escrita na escola de educação infantil. E para isso ela tem que estar presente.Trata-se, pois, de pensar de que forma é possível apresentá-la respeitando a cultura da infância, propondo situações onde ler e escrever tenha sentido para as crianças e faça parte da vida cotidiana.
Brincar ou alfabetizar?
Essa é outra pergunta mal formulada e pressupõe imediatamente uma exclusão desnecessária.As posições antagônicas não ajudam a avançar nem a brincadeira nem o conhecimento da língua escrita. Nas sociedades urbanas as crianças brincam incorporando ações dos adultos, que incluem também eventos onde ler e escrever fazem sentido. Quando se proíbe que o educador desenvolva atividades de leitura e escrita em uma concepção que respeita
o processo de construção de conhecimentos da criança, abre-se caminho para que as práticas equivocadas de alfabetização apareçam, ainda que disfarçadas, quando o controle das equipes dirigentes não é efetivo. Crianças pequenas devem brincar muito na educação infantil, mas também precisam ter contatos sistemáticos com leitura e escrita.A isso chamamos alfabetizar em um contexto amplo,muito diferente de fazer exercícios de coordenação motora, aprender letras isoladas, copiar sílabas ou palavras “fáceis”. Essas práticas nefastas persistem e continuarão presentes na educação infantil enquanto a discussão sobre os processos de alfabetização não for levada a efeito com seriedade e concretude.
Alfabetizar para incluir
É curioso notar que a despeito das melhores intenções, muitas vezes a pretexto de proteger a cultura da infância, se nega às crianças o direito de se relacionar na plenitude com a língua materna. Cria-se, na educação infantil, um ambiente estéril de onde a língua escrita é quase banida. E são as crianças de baixa renda as maiores prejudicadas por esse afastamento.
Se para a criança dominar a linguagem escrita, tal como se manifesta no mundo – é preciso percorrer um longo processo de reflexão e reformulação de hipóteses próprias para compreender o que é essa escrita, para que serve e como funciona –, o acesso cotidiano é fundamental.
Temos assim não só um problema pedagógico, mas também ético e político. Podemos negar às crianças de baixa renda o acesso? É sobre isso que a escola de educação infantil deve pensar.
Telma Weisz, doutora em psicologia da educação, dedicando-se há anos à causa da alfabetização, questiona: Será que temos, novamente, mais um argumento para provar sua inferioridade (das crianças pobres)? Vejamos, então, o que se passa.
Para uma criança caminhar em seu processo de alfabetização, ela precisa pensar sobre a escrita. E para isso precisa entrar em contato com esta. Esse contato implica tanto o acesso aos portadores de textos como a atos reais de leitura e de escrita. Uma família de classe média compra livros de história e revistas em quadrinhos para seus filhos ainda não alfabetizados, freqüentemente lê para eles e realiza cotidianamente uma quantidade enorme de atos de leitura e escrita que permitem à criança pensar sobre para que serve a escrita e todas as possibilidades que ela abre.As famílias de classe média ensinam seus filhos pequenos a escrever o próprio nome e o das outras pessoas da casa sem nenhuma preocupação escolar. Apenas porque as crianças se mostram interessadas. E essas se mostram interessadas porque o ato de escrever (ou ler) é visivelmente importante no meio em que elas vivem.
Não é de se estranhar que sejam essas as crianças que têm bom desempenho na escola, elas já entram praticamente alfabetizadas.Não é também de se estranhar que as crianças que vêm de comunidades onde o jornal serve para tudo, menos para ler, onde a leitura e a escrita quase não fazem parte do cotidiano, onde os informantes são raros e inseguros, tenham hipóteses primitivas sobre a escrita. Não é possível pensar sobre um objeto ausente.
Essas considerações, longe de encerrar o debate, abrem caminho para que se compreenda a questão da alfabetização na pré-escola sem preconceitos e com responsabilidade.
:: fonte: Revista Avisa Lá,
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